
Segue abaixo. Apreciem sem moderação! Saudações…
POR JOTA CHRISTIANINI
22 de Dezembro de 1974, o Mestre Brandão, conhecedor das coisas do ludopédio,
sentenciou:
— Falaram demais, que vão acabar com os 20 anos de fila, mas na hora que a bola rolar, vai dar verdão, de novo.
Metade do segundo tempo o Mestre mandou Fedato aquecer. Os atacantes entreolharam-se e resolveram aumentar o ritmo.
Jair Gonçalves, médio volante que espertamente o Mestre Brandão mandou entrar na lateral no lugar do Eurico, cruzou, Leivinha arrumou de cabeça e Ronaldo Pé de Coelho mandou a bomba. O argentino Buttice, goleiro deles, tentou, só tentou, defender.
GOL DO PALMEIRAS
Fedato nem esperou a ordem, voltou ao banco.
O dominio palmeirense foi brutal, 1×0 foi uma injustiça sem tamanho. Além de um gol anulado no final o Palmeiras mandou no jogo inteiro, mas sobram algumas
situações que a história desse derby, o mais importante clássico do futebol
paulista e brasileiro, não esquecerá.
O tapinha de Luís Pereira avisando a Rivelino que aquela derrota significa que o mundo desabaria na cabeça dele; ou então a falta que o corintiano chutou na cabeça de Dudu que desmaiou.
Atendido fora de campo, volta no exato instante que outra falta, perto da área ia ser batida. Dudu corre e coloca-se na barreira como desafiando Rivelino; que prefere cruzar ao invés de tentar novo chute.
Foi um Derby, e como a história mostra, Derby, na hora que precisa, o Verdão vence.
Ao final demos a volta olimpica e o adversário amargou mais um ano de fila.
O coro dos palmeirenses é lembrado até hoje: zum, zum, zum é vinte, 21…
PALMEIRAS CAMPEÃO PAULISTA DE 1974.
JOTA CHRISTIANINI
