Fábio Finelli
não é mais novidade para ninguém que o Palmeiras arrasta multidões por
onde passa e viaja. Em Teresina, não foi diferente. Há oito anos sem
jogar na região, a capital piauiense simplesmente ‘parou’ para ver o
Verdão.
Desde a chegada no Aeroporto até a ida ao
reconhecimento do gramado Albertão, durante toda a terça-feira (09),
foram muitas as manifestações de paixão e idolatria para o time que tem
a 3a. maior torcida do país.
Como ‘troca’ e reconhecimento pela receptividade da população local, a
assessoria de imprensa alviverde levou centenas de chaveiros, pins e
revistas, que foram distribuídas na portal do hotel onde o time está
hospedado e guardadas como um troféu pelos torcedores.
“Vou guardar esse chaveiro como se fosse a minha vida”, disse, com
sinceridade e lágrimas nos olhos, o jovem Allan Albuquerque, de apenas
13 anos. Ele deixava a escola quando ganhou o brinde do Verdão e tinha
o desejo de ver o ídolo Marcos. “Queria ao menos poder apertar a mão
dele”, admitiu, sem saber que o goleiro não tinha viajado.
Outra demonstração de amor veio do Cônsul oficial do clube em Teresina,
Rosendo Brígido Júnior. Deficiente visual congênito, ele possui apenas
3% da visão. Não identifica as pessoas. Mas enxerga ‘pelo coração’ os
ídolos que ele raramente pode ver.
“Sou palmeirense desde criança e represento as cores do clube em
Teresina, sempre com muito orgulho e dignidade. Mesmo muito distante,
carrego no peito e na alma o sentimento e a vibração pelo time”, contou
Rosendo, que assistiu o treino desta última terça-feira de dentro do
gramado, à convite da diretoria do clube. “Não reconheço quem é quem,
mas só o fato de saber que estão do meu lado, já é motivo de alegria e
emoção.”
O garçom Paulo Silvano é outro palmeirense que aguardava com ansiedade
pela vinda da equipe. “Achei que esse momento jamais fosse acontecer. É
muito tempo sem ver o Palmeiras. Se eu tivesse condições, já teria ido
a São Paulo. Não estou nem acreditando que vou ver o time do meu
coração nesta noite”, disse, emocionado.
A animada e agora ‘verde’ Teresina respira outros ares. As notícias
sobre o agitado carnaval que começa neste final da semana foram
deixadas de lado. A discussão sobre a política local, também. Nas ruas,
no salão de barbearia ou no bar da esquina, só se fala de Palmeiras.
Crianças, jovens, senhoras de idade só tem olhos para o Gigante que
contagiou a capital do Piauí. Outdoors e faixas estão espalhados por
toda a cidade convocando a massa para a partida.
Não se sabe quando o Palmeiras vai voltar para Teresina. Pode ser em
2011. Pode demorar mais longos oito anos. O tempo, no entanto, não
importa. O dia 10 de fevereiro ficará marcado para sempre entre aqueles
que viram e sentiram de perto o calor e a presença dos seus ídolos. Em
meio a tanta paixão que acompanha um dos maiores clubes do país, só se
tem uma certeza: independente do resultado do jogo desta noite,
Teresina respirou e inspirou o Palmeiras.
2 respostas em “Teresina, a capital piauiense respira e inspira o Palmeiras!”
Perfeita a análise do Cunio, especialmente o item 3! Pensei a mesma coisa. Olha a força do Palmeiras. Não podemos perder isso…
Este texto é a prova de algumas coisas:
1- O amor que esta torcida fanática tem pela instituição Palmeiras.
2- O tamanho que esta torcida tem e a sua importância para o futebol brasileiro.
3- O quanto é a responsabilidade de nossos dirigentes quando são omissos em relação a este clube, que possui torcedores apaixonados em cada rincão deste país e que não o abandonam jamais.
ACORDA, DIRETORIA! OLHA O TAMANHO DA ENCRENCA! RESPEITO É O MÍNIMO!