Redação 3VV
O palmeirense já se acostumou a cada eliminação procurar culpados.
Nós do 3VV não. Os culpados são todos que estão dentro e em volta do Palmeiras.
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Mas chegar ou não chegar nesta final pouco muda o cenário da gestão palmeirense.
Quem acha que tá bom… vai continuar achando.
Quem acha que tá ruim… vai continuar achando também.
E a atual gestão vai continuar achando que está salvando o Palmeiras.
Só que não!
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A verdadeira mudança NÃO está em andamento. Qual? A separação do futebol em relação ao clube social, gestão verdadeiramente profissional do futebol, e fim dos políticos do Palmeiras (inclusive do atual Presidente e seus aliados, todos políticos da SEP sem a menor pretensão em mudar o status quo) “trabalhando” como executivos.
E governança. G-O-V-E-R-N-A-N-Ç-A.
Essa é a bandeira do 3VV. Sempre foi, sempre será, quem quer que seja o dirigente.
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Mas valem os pitados polêmicos de sempre.
Chegar na final contra o Santos – principalmente depois da comemorada eliminação dos nossos rivais – era obrigação. Seria um resgate da nossa já frágil auto-estima. Seria a chance de mostrar que estamos no caminho certo (do ponto de vista esportivo).
Mas estamos no caminho certo (ainda apenas do ponto de vista esportivo)?
A comissão técnica comandada pelo CEO José Carlos Brunoro e pelo Presidente Paulo Nobre, montou um novo time. Mais de 10 jogadores foram contratados. Mas não conseguiu escolher um lateral direito capaz sequer de ser reserva.
O titular (Wendel) é volante improvisado de lateral. Vieram ainda Paulo Henrique e Bruno Oliveira. E jogamos improvisados na lateral. E sentimos saudades do Wendel, que até um ano atrás era oferecido a times da 2a divisão do Brasil.
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Tampouco tínhamos elenco digno do Palmerias na meia e no ataque.
Com a política “a culpa não é minha, é dos meus antecessores e não posso fazer loucuras” o Palmeiras montou um time titular bom. Mas sem elenco. Não tem banco. Bruno Cesar ainda não entrou em ritmo. E no ataque – sem Kardec, esse sim pode usar nossa camisa – somos estéreis.
No final das contas, duas contusões numa partida, Valdívia e Kardec – e foi o que bastaram para o time desmontar.
O que faltou? E-L-E-N-C-O.
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E o preço dos ingressos?
R$ 350 numa cadeira azul.
R$ 220 numa descoberta.
E esses lugares estavam vazios para uma semi-final que não disputávamos há muito tempo.
A única área cheia era aquela com a bocada dos conselheiros (e diretores) que vão de azul na faixa.
Alguém precisa administrar o preço dos ingressos de forma mais eficiente.
E expurgar esses conselheiros desses lugares.
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E prá encerrar: a gestão é bem intencionada. Ninguém duvida disso.
Mas a mesma gestão bem intencionada que advoga o profissionalismo, não vê qualquer problema em o Presidente colocar dinheiro seu no clube. Isso é contra qualquer governança de uma administração profissional e responsável.
Ainda estamos longe. Muito longe.
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E agora?
A Copa do Brasil é nossa próxima estação. Lá há condições de chegarmos. Principalmente se houver um mínimo de ambição para contratarmos.
Ora… mas falta dinheiro…
Faltava dinheiro em 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013. Para o Palmeiras e para todos os times do futebol brasileiro.
Que venha o Vilhena…