Por Marcelo Moreira
Uma partida festiva de inicio de temporada; ou uma disputa que vale taça e vale título? Recopa Sul-americana tem o mesmo peso que a Supercopa da Europa, que é jogada entre os campeões da Liga dos Campeões e da Liga Europa, mas com importância limitada.
Na América do Sul, dependendo de quem a disputa, significa “título importante” como forma de pressão asquerosa e má intencionada. Ao vencedor, não vai passar de um “troféu menor, de começo de temporada e sem o menor peso; ao perdedor, é uma derrota sentida que vai servir aos inimigos que jogam contra para minar trabalhos de diretoria e treinador.
Qual é o valor da Recopa Sul-Americana, afinal? Alguém lembra do vencedor dessa disputa de 2014, ou de 2010, ou de 2005? Alguém ao menos lembra da de 2020, disputada no ano passado entre Palmeiras e um time muito pequeno da Argentina?
Na ânsia de ter algo a noticiar, parte da imprensa está supervalorizando a disputa com o Athletico Paranaense. Ganhando ou perdendo, não muda nada na história de 2022 de quem ganga e de quem perde. Não tem a importância de mudar nada, até porque ainda é começo de temporada de um ano em que, mais uma vez, não se fez pré-temporada digna do nome.
Para um time em ascensão no cenário nacional talvez sirva para alguma coisa. O Athletico ainda busca afirmação, mesmo tendo sido campeão brasileiro uma única vez e vice da Libertadores. Para o Palmeiras, será apenas mais uma taça que talvez nem tenha espaço em nossa galeria lotada de troféus.
Não vamos menosprezar a Recopa, mas também precisamos ter cuidado e cautela na hora de supervalorizar essa taça. É bacana esse clima de decisão, de torcida empolgada.
Provavelmente o Palmeiras jamais tenha vivido uma sequência tão gloriosa e intensa de disputas como nos últimos dois anos, ou quatro. Justamente por isso é que precisamos dar o devido valor às disputas.
O mundo caiu no ano passado quando o Palmeiras perdeu o Paulista para o São Paulo em dois jogos horríveis, um torneio que hoje vale muito pouco e que nada mais acrescenta à sala de troféus dos quatro principais times do Estado. Vale para um Ituano, que ganhou em 2015, um clube sem maiores aspirações, ou para um Bragantino, o segundo campeão interiorano da história.
Infelizmente, o pós-Paulista acaba por dar razão à menor importância do torneio: o campeão lutou contra o rebaixamento no Brasileiro até quase a última rodada, enquanto que o vice disputou o título, terminou em terceiro e eliminou o campeão naquilo que realmente valia, a Libertadores. Vencer o São Paulo pavimentou o título continental verde pela segunda vez consecutiva.
Devemos saborear e curtir o clima de decisão e o próprio jogo, mas tendo em vista a real dimensão do que significa ganhar o perder esse título. É uma disputa simbólica de começo de temporada, e nada mais.
E o que vocês acham a respeito? Vale muito ou vale menos do que todo mundo acha que vale? Deixe sua opinião nos comentários.
Sou da opinião de que quando a SEP entra em campo, que seja sempre para ganhar e conquistar.
Sobre a Recopa, considero acima da Sul Americana mas inferior à Libertadores. Se ganharmos, merece ser comemorada.
Libertadores sempre será a maior conquista continental.
Pois bem, só foi eu falar de ranking de títulos e UOL PALMEIRAS fez um compilado dos brasileiros com mais títulos internacionais.
Não tem o mesmo peso da Libertadores, é fato, mas vale título e é importante, sim. Engraçado que os europeus dizem não levar a sério taças continentais de um jogo só, mas o Barcelona, por exemplo, pra justificar o “més que un club” contabiliza até um torneio continental deles lá que existiu com a alcunha de “Taça Cidade com Feiras”, o Milan contabiliza a outrora Recopa Européia pra justificar o seu “maggiore campione continentale de Italia” Bayern de Munique e assemelhados. Ninguém leva a sério, dizem, mas todos contabilizam cheio de pompa e circunstância pra discutir quem tem mais título ou não.
Aqui no Brasil o negócio é menosprezar, esvaziar ou diminuir a conquista, dependendo, é claro, da cor do clube. Se for clube de cor preta e vermelha, preto e branco ou meio tricolor, validam um Campeonato Brasileiro que a CBF e o STF já deu causa perdida, acham lindo um bi mundial com 1 Libertadores e enaltecem uma tal de Copa Master da Conmebol só para inflar o ego de “maior campeão internacional” de um clube quatrocentão quase falido.
Enquanto aqui, para os nossos lados, torcem o nariz para os nossos 4 títulos brasileiros conquistados na década de 60 e tiram um barato e uma casquinha sobre 1951.
Eu já disse: se o Palmeiras for campeão hoje , ganhará seu 21° título, entre nacionais e internacionais de primeira linha no futebol, assumirá a ponta de conquistas mas ninguém, nem eu nem você vai ver isso na mídia.. a não ser que o campeão fosse o Boticário, os mal cheirosos de Itaquera ou o outrora quatrocentão das três listras.
Vamos valorizar mais nossas conquistas de primeira linha.
Desculpem pelo meu italiano castiço.