Abel Ferreira tem contrato com o Palmeiras. Caso decida sair unilateralmente, que pague a multa rescisória. está no contrato. Portanto, soa fora de propósito o “ultimato”, digamos assim, ao mostrar “indignação” com os recentes casos de violência no futebol brasileiro e no mundo.
O treinador cobrou atitudes dos órgãos de segurança, do Ministério Público e das entidades organizadoras do futebol no país para que atos de violência de torcidas sejam combatidos. Durante sua fala, que não foi provocada por uma pergunta, Abel chegou a dizer que pode deixar o país caso não se sinta seguro.
“É preciso morrer quantas mais?”, questionou o treinador se referindo aos conflitos em Belo Horizonte antes do clássico Cruzeiro e Atlético-MG. “Os organismos, quer sejam os do futebol, quer sejam extrafutebol, têm que assumir, dar as caras, exercer os cargos que têm. Têm que justificar o cargo que tem. Quando eu não ganho, pedem responsabilidades. Isso é o que espero que cada pessoa em seu cargo faça, assuma responsabilidades. Pelo bem do futebol brasileiro. De todos nós. Que se junte a CBF, quem organiza estaduais, o Ministério Público, mas que se tomem medidas.”
Nas últimas duas semanas houve brigas de torcidas e agressão a jogadores em Salvador, Recife, Curitiba, Porto Alegre, São Paulo e Maringá. O goleiro Danilo Fernandes, do Bahia, foi alvo de uma bomba que explodiu no ônibus do Bahia e precisou passar por cirurgia.
É evidente que a violência precisa ser contida e a briga entre corintianos e são-paulinos no sábado (5) deve ter incomodado e preocupado não só o técnico do Palmeiras, mas a todos que gostam de futebol e entendem que a questão extrapola o âmbito esportivo.
No entanto, soa muito ruim para os palmeirenses mais uma vez o treinador falar em sair, como se ele realmente estivesse sendo ameaçado, o que não é o caso neste momento. Juntando a questão da insistência da diretoria em renovar o contrato dele até 2024 – proposta rejeitada -, podemos desconfiar de que Abel prepara o terreno para sair no meio do ano – ou até antes.
“É preciso passar à ação. Palavras, o vento leva. Isso me preocupa muito. A segurança me preocupa muito. Quando entrei aqui e vi as imagens no México e me dizem que se passa a mesma coisa no Brasil, vou ter que pensar muito bem no que quero para minha família, para mim e meus jogadores”, discursou o treinador sem que fosse ´perguntado.
Abel falou a verdade.
Não está preparando terreno algum. Óbvio que se sair antes pagará a multa.
Não deveríamos ficar surpresos com o que ele fala e sim indignados com…por que isso não é cobrado por todos o tempo todo. Exigir que acabe a impunidade.
Alguém já esqueceu que pouquíssimos dias atrás, tinha uma faca em campo no jogo do Palmeiras na Copinha.
Até quando vamos nos indignar com o mensageiro ao invés de entender a mensagem e cobrar atitudes pesadas e definitivas à respeito da violência? Dentro ou fora do futebol.
O Brasil está batendo na trave de acontecer uma tragédia no futebol. Vamos esperar que matem um jogador em campo?
Uma hora a bola entra.
Direito do Abel Ferreira ir embora por não se sentir seguro em país de 3° mundo.
Ele está certíssimo!
Primeiro a integridade física dele e o bem estar da família dele.
Eu se fosse ele iria embora ao final do contrato.
É isso aí!
Ora, meu caro autor do texto…
Abel não falou que sairia da SEP por conta da violência.
Ele estava cobrando providências, algo que é de direito dele.
Por que somente o Abel pode ser cobrado? Ele está certo! Se neste país falta gente com culhões pra cobrar as autoridades, deixa que o Abel resolve e coloca o dedo na cara dos vagabundos.
Se também falta gente coerente pra expor a mediocridade, a imbecilidade, a incompetência e a estupidez daqueles que se dizem “jornalistas esportivos”, não há com o que se preocupar: Abel Ferreira come esses vermes com farinha!