Abel Ferreira concedeu entrevista histórica ao programa Roda Viva, da TV Cultura (FOTO: REPRODUÇÃO/TV CULTURA)
Uma conversa que vai mexer com o futebol brasileiro. Abel Ferreira, treinador do Palmeiras, esteve no programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (21) e colocou o futebol em uma prateleira diferente das discussões cotidianas e triviais sobre o esporte.
O que antes era tido como soberba e pedantismo foi transformado em didatismo e conceitos mais profundos sobre o impacto do futebol na vida das pessoas, inclusive no aspecto econômico.
Nas palavra de Abel, o futebol teve uma abordagem raramente vista entre os protagonistas do esporte brasileiro e fez jornalistas e espectadores verem algo que sempre esteve à nossa frente, diante de nossos olhos, mas que nunca pensamos a respeito: o futebol é muito mais do que aquilo que vemos dentro das quatro linhas durante a partida.
E foi além: o futebol, como esporte mais importante e popular do mundo, vai muito além das tabelas de classificação e dos muros dos clubes e centros de treinamento. É reflexo do mundo e também influencia o mundo, principalmente estimulando a educação e a formação das pessoas para melhorarem como pessoas e cidadãos em si.
O 3VV fará em breve uma análise minuciosa da participação da Abel no programa, que tem muito prestígio, e a impacto que certamente terá no futuro do Palmeiras e nas conversas sobre futebol daqui para a frente no Brasil. Aguardem!
Uma coisa é certa: fazia tempo que o Palmeiras não tinha uma exposição tão positiva na mídia brasileira; com Abel no Roda Viva, o Palmeiras ganhou de goleada.
Abel não é nenhum deus, tampouco é infalível. Entretanto, é um profissional obstinado, que estuda e trabalha, procurando ser cada dia melhor, não só como treinador, mas como ser humano. A entrevista concedida ontem, no programa “Roda Viva”, foi uma aula, não só no âmbito profissional mas também no pessoal. Todos, independente de clube de preferência ou profissão, pudemos tirar valiosas lições generosamente compartilhadas pelo nosso treinador. Uma pena a bancada de entrevistadores ser tão fraca. A entrevista foi excelente muito pelo mérito do Abel do que pela qualidade dos jornalistas presentes. Poderíamos ter – ao invés de PVC e Renata Fan – o Zaidan, o Fragoso, a Alicia Klein, o Helder Bertazzi, que poderiam contribuir de forma construtiva para uma entrevista ainda mais proveitosa.
Eu já escrevi sobre isso: pedante é esse pessoal da imprensa esportiva metida a besta, tipo Mauro Cézar Pereira, Menon e que tais. Como disse certa vez o Renato Gaúcho ao seu amigo Cícero Melo, repórter da ESPN: “Queria ganhar o que vocês ganham sentado no ar condicionado comentando o monte de besteiras que vocês falam”
Abel realmente é diferenciado, dentro e fora de campo. Como técnico e como cidadão de bem.
Que a SEP saiba crescer ainda mais com este momento, em todos os aspectos.
E pensar que aqui mesmo outros pediram insistentemente o Portaluppi…