Abel Ferreira participa do podcast da Conmebol (FOTO: DIVULGAÇÃO/CONMEBOL)
A série de armadilhas jogadas pra minar Abel Ferreira começaram cedo. Ele foi bem na entrevista ao podcast da Conmebol nesta segunda-feira (28), mas já percebeu que terá de ser ligeiro para escapar das flechadas e dos alçapões que vão se abrir nos próximos passos.
Insuflados por parte da imprensa mais afoita e menos cuidadosa, os jornalistas do podcast insistiram com ele sobre a questão da seleção brasileira, que vai trocar de técnico após a Copa do Mundo do Catar.
Em terreno minado, Abel foi curto e sucinto: “Não serei o técnico do Brasil. Vou cumprir meu contrato com o Palmeiras. Não tenho intenção nenhuma a curto prazo de ser treinador de seleção.”
Ele repetiu que pensa em se aposentar mais cedo do que imagina e projeta um ano sabático assim que encerrar seu vínculo com o Palmeiras, em dezembro de 2024.
O treinador do Palmeiras é um caso raro de seguidor das próprias convicções, um profissional que não abre mão do comando da carreira. Isso explica, em parte, os motivos de vir ao Brasil e continuar no Palmeiras.
“Cheguei por convicção própria, contra a vontade de minha família, porque estudei, sabia que era um grande clube que vai me dar chance de brigar por títulos. Assinei e renovei porque queremos continuar a lutar por títulos. Não sei se vamos ganhar, mas a ambição é continuar nas finais. As possibilidades são imensas e muito interessantes”, disse o técnico.