Quando os alto-falantes do Allianz Parque explodirem no dia 30 de abril com as duas frases ditas em inglês e em português – “Vocês querem o melhor? Então vocês terão o melhor!!!!!!!!!!!!!” – infelizmente não será em relação ao time multicampeão do Palmeiras do multicampeão treinador Abel Ferreira.
No dia em que o Palmeiras fará a primeira partida da terceira fase da Copa do Brasil, contra os baianos do Juazeirense, a grande banda de rock norte-americana Kiss (“O Maior Espetáculo da Terra”) fará a sua última apresentação de sua carreira em São Paulo. Na casa do Palmeiras.
É só mais um efeito do acordo em que o clube cede à empresa que construiu o estádio, a WToprre, o direito de fazer shows e ganhar um bom dinheiro para amortizar os custos da construção.
É uma partida importante? É, mas todos sabiam que seria assim por muitos e muitos anos – já era assim nos tempos do Parque Antártica, que foi usado por muitos festivais de rock ao longo do tempo – Iron Maiden, Ozzy Osbourne e Whitesnake foram algumas das bandas gigantes que forçaram o time verde a optar por Pacaembu ou Canindé. Desta vez, até o Pacaembu estará indisponível.
Sete dias antes, em 23 de abril, o Palmeiras enfrentará o Corinthians em outro lugar porque o mesmo Allianz estará alugado para um show gigante com duplas sertanejas. A invencibilidade de oito jogos contra o maior rival terá de ser mantida em outro lugar.
A primeira opção, segundo os bastidores do clube, é a Arena Barueri, atualmente usada somente pelo Oeste, que está na série A-2 do Paulista e na C do Brasileiro.
Já foi um estádio relativamente moderno quando de sua reforma, no começo do século. Antes era pouco maior do que campo de várzea, ainda chamado Doutor Novelli Júnior. É um estádio que traz boas lembranças, como os 2 a 0 sobre o Coritiba na final da Copa do Brasil de 2012. O empate na partida de volta em 1 a 1, em Curitiba, garantiu o título para o Palmeiras.
Menos mal que os jogos não serão decisões mais importantes, mas o assunto vai causar algum estrago, novamente, por conta do acordo feito para que o Palmeiras tivesse um estádio novo sem ter de gastar um dinheiro que não tinha.
É um efeito colateral desagradável do acordo, mas que compensa, e muito, diante das vantagens e da mudança de patamar que a equipe sofreu a partir de 2015, quando venceu a Copa do Brasil em casa, nos pênaltis, contra o Santos.
Portanto, é hora de nos acostumarmos. Com a retomada gradativa dos megasshows e megaeventos, a melhor arena multiuso do Brasil será cada vez mais requisitada, o que vai exigir da gestão Leila Pereira uma dose extra de competência no planejamento e análise das tabelas para evitar maiores prejuízos técnicos á equipe de futebol.
Sem problemas, o jogo mais importante do mês a Leila fez acontecer no Allianz.
A WTorre teve muito prejuízo nesses 2 anos de pandemia, deixa os caras ganharem um troco, pô…
Não vamos nos esquecer que os cofres do Palmeiras também são premiados com as arrecadações dos shows. Faz parte. É a forma como pagaremos pelo estádio, o que realimente foi um negócio excepcional para o clube. Não podemos esquecer dos ganhos intangíveis também, com a exposição da nossa marca. Pena o Pacaembú se encontrar em reforma. Que joguemos em Barueri, Osasco, Carapicuíba mas que não aluguemos, em hipótese alguma, o estádio da vila Sônia
Além disso a WTorre tem que pagar multa pro Palmeiras por ter que jogar fora do Allianz.
Discordo a parte que diz que “… os jogos não serão decisões mais importantes, …”, pois considero cada jogo do Brasileirão, uma decisão. Mas, infelizmente, fa parte do contrato. Agora, a dúvida que paira é: a tabela do Brasileirão 22 foi confeccionada antes ou depois do aluguel do Allianz para um show de bandas sertanejas, (que impede o Palmeiras de enfrentar os gambás em casa)? Alguém sabe? Pelo cheiro da mortadela, tem nove dedos dos marmitas aí.