Análise da arbitragem de Jean Pierre Gonçalves

Por Oiti Cipriani

  • Data: 07/08/2022
  • Jogo: Palmeiras X Goiás
  • Árbitro: Jean Pierre Gonçalves Lima
  • Assistente.1: Jorge Eduardo Bernardi
  • Assistente 2: Leirson Peng Martins
  • Árbitro do VAR: Pablo Ramon Goncalves Pinheiro – Flavio Gomes Barroca – Péricles Bassols Pegado Cortez – SP

Antes de falarmos sobre o jogo, vamos divagar um pouco:

Este protocolo/orientação de checagem compulsória do VAR em todos os gols assinalados tira o clímax da festa do objetivo maior do futebol que é o gol. Com esta regra de milímetros a frente, o jogador está impedido tira todo o entusiasmo dos torcedores em vibrar pelo gol de sua equipe. Esta regra deveria ser diametralmente oposta, ou seja, qualquer parte do corpo do atacante está na mesma linha do penúltimo defensor, segue o jogo aí iremos priorizar o objetivo maior O GOL.

Um ditado antigo dizia que a mulher de Cesar não basta ser honesta, tem que parecer honesta. Esta analogia tem por fundamento a situação criada pelo árbitro do jogo deste domingo. Na rodada anterior, ter tirado “selfies” com a torcida do Corinthians em jogo na Neo Química Arena. Uma situação que não tinha a menor necessidade de criar. No Allianz Parque, qualquer jogada que a torcida achava que prejudicava o time da casa, era saudada pelo chavão “este árbitro é corintiano”. Tenho plena certeza que as fotos foram feitas sem qualquer malicia, por ingenuidade, mas poderia ter sido evitada.

O Jogo

Para quem viu as arbitragens de terça e quarta-feira pela Libertadores, de Patrício Lostau e Facundo Tello, e comparando com a arbitragem desta partida sentiu a diferença abismal que existe entre a qualidade dos árbitros locais.

O Sr. Jean Pierre sob a pretensão de deixar o jogo correr, deixou de marcar faltas claras, faltas grosseiras, fortes, e passaram como jogadas de contato físico. Nesta situação, as duas equipes foram afetadas. A regra permite que exista o contato ombro a ombro, com duas condições: a bola esteja em disputa ou não exista força desproporcional. O árbitro deixou de marcar inúmeros contatos de ombro nas costas do adversário, e o pior, na sua atuação foi que ora marcava, ora deixava seguir a jogada, demonstrando imensa falta de critério.

Não existe nas regras faltinhas que não devem ser marcadas e faltonas, que devem ser marcadas. Falta, dentro das dez situações de Tiro Livre Direto, tem que ser marcada. Não existe a opção de deixar o jogo correr.

Assinalou um tiro penal para o Palmeiras, provocado pelo VAR a rever o lance de mão na bola. Confesso que do meu ponto de observação, aproximadamente 100 metros, achei que o braço estava colado ao corpo, entretanto, na revisão o tiro penal foi assinalado.

Disciplina

Crédito Cesar Greco/Divulgação

Puniu com 2 cartões amarelos o time do Palmeiras e com 3 o time do Goiás, assinalando 12 e 10 faltas respectivamente. Este item da análise merece algumas observações; faltas cometidas pelos dois lados, passíveis de cartões, foram solenemente ignoradas, ao ponto do jogador 14 do Goiás, impedir a progressão do jogador Wesley, em um ataque promissor, agarrando pelo tórax, configurando-se duas situações para amarelo e ignorada pelo árbitro.

Quando o VAR chamou o árbitro para revisão na cabine, para chegar aos monitores, foi questionado, interpelado por quase toda a equipe do time goiano; para justificar a intervenção, deu simpósio, palestra, discurso, e por esta inanição de atitude, levou quase 5 minutos para chegar a cabine. Foi muito econômico nas punições por cartão amarelo …, mas não foi por falta de oportunidades,

Recuperação de tempo

Acresceu 3 minutos no primeiro tempo e 4 no segundo. O pênalti foi marcado aos 43 minutos de jogo, a cobrança foi definida aos 50 e sobre este tempo acrescido mais 3 minutos. Para o segundo tempo, ocorreram 4 paradas para substituições, e entrada de equipe médica, portanto, o tempo acrescido foi muito conservador, poderia ser um pouco maior.

Assistentes

Assinalaram 4 impedimentos durante o jogo. Foi muito fraca a atuação do árbitro assistente número 2. Estava inseguro, além de ter ocorrido uma falta visível (tranco pelas costas do defensor) muito próximo de sua área de ação.

Não auxiliou o árbitro, deixando o jogo correr e ocasionou uma situação de gol e quando questionado, chamou o árbitro central para advertir o jogador Zé Rafael do Palmeiras, por questionar sua falta de ação.

VAR

VAR atuou de forma decisiva na marcação do pênalti contra o Goiás, ocasionando o segundo gol do time paulista. Validou o primeiro gol, que foi um lance relativamente fácil, depois de um longo tempo analisando as linhas de impedimento.

Conclusão

Concluindo, depois das atuações de gala dos árbitros argentinos durante a semana, tivemos uma atuação abaixo de mediana, não atingindo o nível de excelência que o produto chamado futebol exige.

O árbitro para deixar o jogo correr, tem no mínimo que manter o mesmo critério durante todo o transcorrer da partida, e não foi o que ocorreu nesta tarde de domingo no Allianz Parque.

***

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Comments (6)

  1. Esse penalti pro Palmeiras foi uma vergonha tb.

    Parece o do Marcos Rocha contra o SP

  2. Dilce Tiegui Baldo

    Tbm estava lá, e concordo com o Oiti. Os juízes atualmente não tem muito critério e os jogadores não podem reclame de nada e já levam amarelo, principalmente o Abel. Será que técnico tem que ficar calado durante o jogo, como mero expectador?

  3. Palmeiras 3×0 Goiás jogando bem e excelente vitória – 3VV

    […] Análise da arbitragem de Jean Pierre Gonçalves […]

    • Benedito Martinho Correia de Oliveira

      Mais uma vez eu digo, pobre arbitragem brasileira, absurdo o penalti marcado a favor do Palmeiras, vejo de de hoje em diante e a muito tempo, os jogadores, todos, quando entrarem no campo de jogo, devem deixar os seus braços no vestiário, lamentável.

    • Bene o árbitro ontem quis deixar o jogo correr solto e não tem respeito dos jogadores para ter este tipo de arbitragem. Se perdeu no personagem. Arbitragem brasileira só não está no fundo do poço pq este poço não tem fundo.

      • Pinho – Bauru, SP

        É isso Oiti! é muita ruindade junto! Aparentemente há problemas nas orientações repassadas pela CBF – Comissão de Arbitragem….. árbitros ruins….. outros são tendenciosos/parciais….. ruim de mais da conta!

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