A arbitragem de Ramon Abatti em SEP 2×0 Vasco da Gama

Por Oiti Cipriani

Palmeiras 2×0 Vasco da Gama

13/06/2024

Campeonato Brasileiro 2024 R08

  • Árbitro: Ramon Abatti Abel (FIFA-SC)
  • Árbitro Assistente 1: Fabricio Vilarinho da Silva (FIFA-GO)
  • Árbitro Assistente 2: Eduardo Gonçalves da Cruz (MS)
  • Quarto Árbitro: Sávio Pereira Sampaio (DF)
  • Árbitro de Vídeo: Wagner Reway (VAR-FIFA-ES)
  • AVAR: Johnny Barros de Oliveira (SC)

Árbitro

Árbitro de Santa Catarina, nascido em 18/09/1989, idade de 34 anos. Com o jogo da noite desta quinta-feira no Allianz Parque, foi o sexto arbitrado por ele neste Campeonato.

Nestes jogos mostrou 28 cartões amarelos e um vermelho, assinalando um tiro penal.

Análise técnica  

Vamos iniciar com a afirmação de que não teve a mínima participação no resultado do jogo.

Todavia teve uma péssima atuação na parte técnica!

Confuso, sem critérios, para o mesmo tipo de jogadas, ora punia, ora deixava o jogo correr. Foi corrigido duas vezes pelo VAR, que falaremos mais abaixo.

Disciplina

Assinalou 24 faltas durante o jogo, e mostrou 3 cartões, um para o jogador Rony do Palmeiras, e dois para jogadores do Vasco, Juan Sforza e Victor Luiz.

Ocorreram várias outras situações para apresentação de cartão, para ambas equipes, e se limitou a fazer mais gestos que balizador de aeroporto, e de ação efetiva, nada foi feito. Nestas confusas marcações, mostrou cartão para Abel Ferreira e Victor Castanheira da Comissão técnica do Palmeiras.

Causa espanto a falta de sensibilidade da Comissão de Arbitragem, em escalar o Sr. Savio Pereira Sampaio como quarto árbitro, para cuidar dos bancos. Em uma pesquisa recente, este senhor e seu irmão, Wilton P. Sampaio, foram os árbitros que mais mostraram cartões para o técnico do Palmeiras, com diversos entreveros entre eles. Uma situação que poderia ter sido evitada como fizeram com o Assistente Bruno Boschila, depois da confusão com Abel, na qual falou com o técnico em castelhano e não foi mais escalado em jogos do Palmeiras.

Esta situação deveria ter sido evitada.

Controle de tempo

Acresceu cinco minutos no primeiro tempo;

No segundo tempo foram acrescidos seis minutos que se prolongaram até sete.

No primeiro tempo foi muito econômico. Somente o atendimento a Zé Rafael e Rojas, em choque de cabeça, foi consumido este tempo. O goleiro e os defensores do Vasco, em cada tiro de meta e lateral demoravam entre 30/35 segundo para repor a bola em disputa (eu cronometro) e nada do árbitro tomar uma ação efetiva contra este abuso de retardamento ou acrescer no final do tempo.

Este tipo de ação continuou, mesmo depois do primeiro gol do Palmeiras. Só foram agilizar a reposição de bola após o segundo gol.

Tempo de bola rolando: 26’22 no primeiro tempo e 24’23 no segundo tempo (vide fotos), totalizando 50’46”; bem abaixo do instruído pela FIFA de 60 minutos de bola em jogo.

Assistentes

Ambos tiveram um trabalho protocolar, assinalando 2 impedimentos. O assistente 1 proporcionou uma situação hilária. Em um ataque do Palmeiras, assinalou um escanteio, até aí tudo normal, porém, estava ligeiramente atrasado no acompanhamento da jogada, para indicar o escanteio, fez uma performance digna de mestre sala de escola de samba. Mas não complicaram a atuação do árbitro.

VAR

Neste item, merece um capítulo à parte. Vamos divulgar abaixo a letra do protocolo de atuação do VAR e depois comentaremos.

Princípios

A utilização do VAR em jogos de futebol se baseia em uma série de princípios, que devem ser aplicados em sua totalidade a todos os jogos em que houver um VAR.

1) O árbitro assistente de vídeo (VAR) é um membro da equipe de arbitragem que tem acesso independente às imagens do jogo e pode auxiliar o árbitro somente na eventualidade de um “erro claro e manifesto” ou de um “incidente grave despercebido” relativo: A uma situação de gol/não gol;

2) A decisão original tomada pelo árbitro não será mudada, a não ser que a revisão das imagens mostre claramente que a decisão foi um “erro claro e manifesto”.

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Pois bem. Agora vamos aos nossos comentários.

  • No gol anulado do Vasco, a bola foi alçada da esquerda para o centro da área de defesa. O árbitro, pela mecânica de arbitragem, estava acompanhando o trajeto da bola. Quando ela chegou na cabeça do atacante, já havia ocorrido o lance de empurrão sobre o zagueiro, e o gol foi assinalado. Neste caso foi um erro claro, que o árbitro realmente não observou. Atuação correta do VAR.
  • No gol anulado do Palmeiras, o árbitro estava próximo ao desenvolvimento da jogada, inclusive teve sua interpretação no lance, pelo gesto característico de apontar para a bola, indicando que ela foi tocada antes do choque. Portanto, LANCE INTERPRETATIVO, que o VAR excedeu em suas funções, visto não ter sido um “erro claro e manifesto”.

Conclusão

Conforme relatamos acima, foi uma atuação para ser esquecida, mas seguiu a média da atuação dos árbitros FIFAs brasileiros: Altos, elegantes, gel no cabelo, parecem modelos desfilando em Fashion Week, mas de arbitragem deixam muito a desejar; infelizmente…

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