Análise da arbitragem R4: cheia de polêmicas
Ao contrário da 3ª rodada, onde tudo correu de maneira relativamente tranqüila, a 4ª rodada do Brasileirão foi cheia de polêmicas… Comecemos pelo jogo do Palmeiras.
A vitória contra o Atlético-PR elevou o Verdão ao bloco da frente. O jogo, no entanto, teve seus lances polêmicos. O auxiliar Marrubson Melo Freitas anulou gol legítimo dos paranaenses quando o jogo ainda estava 0x0. Vale lembrar o seguinte: o Sr. Marrubson M. Freitas é o mesmo que no ano passado marcou impedimento inexistente num gol de Valdívia no jogo Paraná 1×0 Palmeiras.
No final da partida deste domingo o atacante Kléber foi expulso – ao contrário da opinião de muitos palestrinos penso que a expulsão foi justa. Assim como a expulsão do jogador atleticano anteriormente a jogada foi classificada pelo árbitro como carrinho [com uso desproporcional da força], por mais que o jogador tenha visado a bola.
O próprio Luxemburgo disse na coletiva pós-jogo que a orientação da CBF é punir com mais rigor os carrinhos e as jogadas mais bruscas. Aparentemente a comissão técnica alertou os jogadores “na palestra”, como mencionou o nosso treinador.
Só espero que Kléber não fique marcado pela arbitragem como o Valdívia, pois parte da mídia vem fazendo um esforço danado em aproveitar as brechas que o jogador tem dado para taxá-lo como “bad boy”. Isso só não pode ser levado pra dentro de campo.
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Já o Coritiba, foi novamente alijado de uma vitória. Na R03 no jogo contra o SPFW teve um pênalti clamoroso não marcado a seu favor, quando o jogo estava 1×1. Neste último domingo frente ao Cruzeiro teve um gol legal anulado pelo auxiliar José Javel Silveira, num lance similar ao do Atlético contra o Palmeiras, quando o jogo ainda estava 0x0, além de um pênalti do estabanado Espinosa em cima do atacante coxa-branca, não assinalado pelo árbitro Carlos Eugenio Simon.
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E em Recife vimos um espetáculo dantesco. O Vicente já havia postado aqui uma análise do que o Palmeiras sofrera quando da partida contra o Sport. O que fizeram com o Botafogo foi gravíssimo, muita gente poderia ter se machucado.
É verdade que o destemperado zagueiro André Luís errou. Não interessa se a expulsão foi justa ou não, o jogador – por mais que esteja de cabeça quente – não pode fazer o que fez.
Assim como não pode fazer o que fez a Polícia de Recife… Mostrou truculência, arrogância e despreparo.
Assim como despreparado é o estádio do Náutico e os homens da Federação local, que trancaram a porta do vestiário e ajudaram a turbinar o já tenso ambiente. Tal atitude irresponsável fez com que tanto o jogador expulso quanto o presidente Bebeto de Freitas tivessem que se expor à fúria da massa nas arquibancadas para serem levados à delegacia do estádio.
Enquanto isso a CBF se cala.
No final das contas, nenhum dirigente do Náutico intercedeu na tentativa de amainar os ânimos e solucionar a situação, dando um apoio aos dirigentes do Botafogo.
A falta de pulso do árbitro, o teatro de Rui, o destempero de André Luis, a truculência da polícia, a molecagem de quem trancou o vestiário, enfim, um cenário muito distante do futebol profissional que gostaríamos de ver por aqui…
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* Danilo Cersosimo escreve às 4as feiras neste blog
sobre a análise da arbitragem