Ué, chegamos no Corinthians?

Por Luís Fernando Tredinnick

Financeiros AlviVerdes, esta semana daremos início a uma série de análises financeiras sobre os clubes Brasileiros e, em especial, sobre os clubes de São Paulo.

É aquela tecla que sempre batemos por aqui: a pujança econômica acaba se traduzindo em desempenho esportivo – ainda que essa relação dificilmente seja direta.

Os números dos últimos balanços dos clubes paulistas estão bem distorcidos vamos precisar olhar logo os números das receitas sem a venda de jogadores.

Se vocês olharam o gráfico que abre este artigo a primeira coisa que deve chamar a atenção é o fato que os nossos três adversários veem perdendo receitas desde 2012. E nós, ao contrário, aumentamos as nossas receitas.

Antes que alguém pergunte se as receitas se traduziram em lucro para algum clube, a reposta é: NÃO! E nós perdemos muito dinheiro, mas isso é assunto para outro post.

Abrimos uma diferença considerável do Santos, diminuímos a diferença para o São Paulo e praticamente empatamos com o Corinthians em termos de receitas.

Existe uma pegadinha em relação às receitas do Corinthians. As receitas de bilheteria do estádio deles vai para um fundo que precisa pagar os empréstimos. Pelo que eu pesquisei foram R$ 25 milhões de receita de bilheteria, o que levaria o Corinthians a uma receita total de R$ 212,9 milhões.

No fim das contas, temos R$ 30 milhões de diferença para tirar para os nossos dois adversários. Olha só que coincidência: não é o valor de um patrocínio master na camisa?

Com as dificuldades dos nossos adversários, seria bastante razoável estimar que em 2015 nós teremos receitas maiores do que os nossos adversários. Vamos ver.

O nosso desafio este ano é transformar receitas em títulos!

Semana que vem discutiremos o prejuízo que todos os clubes tiveram, endividamento e coisas do gênero…. é, é bem melhor ficar preocupado apenas com a vitória do próximo domingo!!!

Saudações AlviVerdes

* Luís Fernando Tredinnick escreve às sextas-feiras no 3VV explicando, a quem conhece e a quem não conhece, os números do futebol

Comments (25)

  1. Palmeirense Sem Esperança

    Como todos sabem, não existe pesquisa porta-a-porta do IBOPE. A medição do IBOPE é ELETRONICA E FEITA EM TEMPO REAL, com aparelhos colocados em residências da Grande São Paulo. Se a maioria desses aparelhos estiver em casas de torcedores do time do itaquerão, é evidente que os índices de audiência tendem a ser sempre maiores nos jogos do time do itaquerão. O sistema de medição do IBOPE é inconsistente, é fraco, é enganoso, na min há forma de entender.

  2. Marcelo Arena

    Vejam a análise deste colunista do Globo.com sobre a divisão de verbas televisivas no Brasil. Em clara tentativa de defender seu empregador e mentir descaradamente, o colunista “esqueceu-se” que o ano de 2016 será aquele que vai sacramentar a espanholização do futebol brasileiro, com SCCP e CRF recebendo quase o dobro dos terceiro e quarto colocados (170 MI X 110 MI).
    http://globoesporte.globo.com/blogs/especial-blog/dinheiro-em-jogo/post/espanholizacao-como-receitas-com-tv-sao-divididas-nas-maiores-ligas-do-mundo.html

  3. Como o são Paulo pode ter tanta receita? Nem patrocínio eles tem.

  4. Fábio Pereira

    Não tenha dúvida que já em 2015 passamos Bambis e Gambás em receitas, aliás, vamos abrir LARGA VANTAGEM, algo em torno de 60 á 80 milhões de reais. AVANTI PALESTRA!!!!!!!!!!!!!!!

  5. Moderação Mode On…

  6. Esse futebol brasileiro se tornou uma grande piada há muito tempo. Atualmente, tudo é decidido nos bastidores, desde os campeões até os rebaixados de um campeonato. Quem tem poder político e grana se dá bem nessa bagaça que o esporte bretão se tornou.

    TJD-SP, VOCÊS SÃO UMA VERGONHA!!!!!

  7. leandro almeida do coxa aqui do parana, mais um meia boca levou um vareio do meia rui do campeão operario que por coicidencia contratado pelo coxa jogando muito.

  8. Ingresso baratinho não, mas plano Ouro a $109 é exagero sim.

    • Lucas Ferraroni

      Tb acho abusivo e fizesse um aumento gradual. Aumentasse sei lá, 20-25% agora e mais isto pra set ou out, com o Palmeiras brigando por título (se estiver).
      Mas pra quem vai a todos os jogos, como é meu caso, de fato não sai tão caro comparando com os outros: menos de R$ 30 por partida.
      Mas a discussão tem q levar em conta o absurdo q é o preço de ingresso avulso e para os visitantes. É uma afronta, uma lástima e faz perder dinheiro.

  9. Engraçado para chegarmos no Corinthians tivemos que aumentar os preços.
    Esse ano vamos passar pq estamos lucrando com a arena.
    Agora não da pra entender esse site.
    A quatro dias atrás tivemos uma postagem reclamando de preços e a elitização e agora estamos comemorando o lucro e ultrapassando o Corinthians.
    Como entender isso?

    • Danilo Peressim

      João, longe de querer defender o site mas o que você disse não faz sentido, o site apenas aponta duas verdades, a primeira refere-se ao preço abusivo praticado por nossa diretoria, quem frequenta o estádio e paga o avanti sabe disso, a segunda verdade são os aumentos da receita, como não capitalizar mais dinheiro com esses valores praticados ? Acho válido a discussão do primeiro item, o segundo é consequência deste …

      • Ué.
        Mais existe um contradição.
        Se for discutir o primeiro nem tem pq comemorar o segundo!

    • João, acho que você está se esquecendo de algo fundamental nesta história toda. Os números acima são do ano de 2014, antes do advento da Arena e antes do aumento dos ingressos. Para 2015, se não houvesse o aumento dos ingressos e contássemos apenas com o aumento de público na nova Arena E com o patrocínio da camisa já teríamos – muito provavelmente – uma receita maior do que a dos adversários em SP (receita sem a venda de jogadores). Ah, só o Vice Paulista rendeu R$ 1 milhão em receita.
      A discussão é essa mesma, agora que temos receitas, como vamos transformar isso em títulos? Quando ao aumentos dos ingressos, minha teoria é simples, por mais abusivo que tenha sido o aumento dos ingressos, para este ano teremos público para a Arena, o que não deve acontecer no ano que vem, onde, ou baixamos os preços ou teremos uma redução drástica no público e na renda de bilheteria. Mas sobre isso teremos outros posts. abs, Tredinnick

      • Cara.
        Como você pode prever que próximo ano não teremos público?
        Sabe o que vocês esquecem, é que em 2016 a diferença de cota de televisão será de 70 milhões de reais.
        Para chegarmos no nosso rival temos que ter renda de R$ 1.500.000,00 por jogo.
        Como faremos isso com preço de Pacaembú?
        Estamos vendo ai nosso rival quebrado pq não tem a renda do jogo deles, se tivesse eles estariam nadando de braçada na nossa frente ainda!
        É o que já disse quer preço de Pacaembú, vai ter time de Pacaembú, quer ter time de ponta é preço de Allianz Parque.
        Muitos estão reclamando dos preços mas querem time pra brigar por títulos.
        Não se esqueçam que nossas dividas não sumiram elas ainda existem.
        Nosso torcedor é mtoo chorão, não ganhamos nada ainda, estamos nessa fase a cinco meses só, e já querem milhões de beneficios.
        Melhor beneficio pra mim é o Palmeiras campeão, para ser campeão precisa de dinheiro, após ganhar títulos entrara dinheiro ai é mais fácil de abaixar ingresso.
        Sem dinheiro teremos times medíocres iguais os últimos 5 anos.
        Ultimo time bom que tivemos foi com Belluzo mais para isso precisamos antecipar receita de 5 paulistão, o que hoje não ocorre.
        Quer títulos só com grana e mta?
        Veja o Internacional, a um bom tempo não ganha nada, mas sempre está com times mto bom recheados de caras, sabe pq, lá eles tem 136 mil sócios, é maior que a cota de televisão deles, e mesmo não ganhando nada ultimamente eles são lideres de sócios a muito tempo.
        Como disse esse projeto tem cinco meses, e já queremos colher louros e há mtooo reclamação.

        • Luís Fernando Tredinnick

          João, estamos tratando de assuntos distintos aqui. Primeiro assunto. O Internacional tem um modelo de negócios em que as “contas fecham” somente se houver a venda de jogadores da ordem de dezenas de milhões de Reais (algo como 30-40 milhões/ano) caso contrário o prejuízo é monstruoso. Isso acontece porque o Inter é, no fim das contas, um clube de alcance regional, sem o apelo nacional que outros grandes possuem. Segundo assunto. Como eu posso prever? Simples. A queda de receita de clubes que tiveram um aumento significativo de preço dos ingressos aconteceu no segundo ano. Que clubes? Bom, Corinthians, Cruzeiro e São Paulo (neste caso o aumento não foi tão significativo). o Atlético-MG está passando por algo parecido este ano, onde o ingresso está caro, mas diferente do ano passado os jogos têm ocorrido com o um grande número de assentos vazios. Pode ocorrer conosco? Pode. Pode ser diferente? Pode. É provável que seja diferente? Eu não acho. Terceiro assunto: em 2014 já tínhamos um dos ingressos mais caros do país. Agora temos o mais caro e ainda não temos o melhor elenco. Precisamos aumentar outras receitas para compensar um déficit em relação a outros clubes? Precisamos. Ter o ingresso mais caro do país é a solução? Não pode ser a única. Explorar outras fontes de receitas? É possível. Explorar as dezenas de ideias que já discutimos aqui? É possível. Brigar corretamente para termos uma divisão do pay-per-view que faça sentido ao invés do que ocorre hoje é uma solução. O Inter tem o melhor sistema de licenciamento da marca do país. Fazemos algo parecido? Quarto assunto. Como assim o projeto tem cinco meses? O presidente nos últimos dois anos foi outro? Quinto assunto. A nossa preocupação é e sempre foi de perenidade. Sempre teremos que buscar algum tipo de equilíbrio financeiro e esportivo. Acho que na linha esportiva estamos no caminho certo, financeiramente ainda temos muito trabalho. E temos que diversificar as receitas, independente da discussão do preço dos ingressos. abs,

  10. Reynaldo Zanon

    Em 2015 estaremos com certeza à frente do SCCP e muito à frente do SPFC. Quanto ao Santos, nem vou comentar. Essa grande vantagem competitiva tem de se materializar em grandes times e conquistas de títulos. É o que a torcida espera.

  11. SERGIO RICARDO FONTOURA MARIN

    Cristaldo também era ótimo.

    • Danilo Peressim

      O Barrios salvo engano deitou e rolou numa partida contra nós pela libertadores no parque antarctica em 2009, se transferiu para alemanha (salvo engano ²) e foi mto bem também, hoje, não conheço suas reais condições, mas até onde lembro dele, coloca banana, cristaldo e marques no bolso!

  12. SERGIO RICARDO FONTOURA MARIN

    Com toda essa receita e estão atrás de centroavante paraguaio.

    • Fabio Oliveira

      Ótimo centroavante paraguaio….
      O Curintia tem um peruano e é exaltado por aí.. que venha o Paraguaio…

  13. Se esses balanços fossem padronizados as análises poderiam ser melhor apuradas. Entretanto, acho interessante esse trabalho que o Tredinnick faz, pois há muito mito por aí, principalmente na imprensa esportiva que carece de “Tredinnicks” para informar melhor o leitor a respeito da realidade patrimonial e financeira dos clubes.
    Abs.

  14. os cubes praticam aquelo que se chama de “contabilidade criativa”, ou seja, alocam as contas de acordo com seus interesses. O próprio balanço do Palmeiras foi vítima disto ao longo dos últimos anos. Até no quesito receita esse efeito acontece, ou seja, enquanto não houver uma auditoria nos balanços dos clubes estes irão continuar a nos mostrar apenas uma vaga ideia da real situação econômico-financeira dos mesmos.

  15. Thiago Amorim

    Que isto se reverta em títulos. Avanti.

  16. A conta a partir de agora deve ser bem simples: estádio cheio e grandes arrecadações = grandes contratações de jogadores decisivos. Que vai gerar mais arrecadações e títulos. E isso deve ser cobrado constantemente do presidente. ……………………Querer isso e ao mesmo tempo ingresso baratinho nunca vai dar certo. A lei da oferta e procura é bem clara e o Palmeiras deve sim aproveitar esse fato.

  17. Estes balanços devem apresentar várias vertentes da “pedalada fiscal” que nem me atrevo a tentar entender, mas o que está evidente é que a receita da Sociedade Esportiva Palmeiras apresenta crescimento desde 2010 e a dos outros clubes vem decaindo a partir de 2012. O importante é que essa receita apresenta ainda um grande potencial de crescimento.

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