Perseguição noturna a jogadores só tumultua o ambiente
Os casos de Lucas Lima e Patrick de Pala são escandalosos porque estamos em plena pandemia de covid-19, com mais de 500 mil mortos em 15 meses, o que é uma tragédia monstruosa. Participar de qualquer aglomeração e de festa clandestina n atualidade é um crime gigantesco contra a saúde pública e contra a inteligência.
Dito isso, precisamos analisar com muita preocupação a tal da “blitz verde” e sua inspiração autoritária e fascista empreendida por agrupamentos que se dizem integrantes de torcidas organizadas. Não é a primeira vez que isso acontece no Palmeiras e em outros clubes. Olheiros ficam espiando por aí e não perdem a chance de “denunciar” jogadores em baladas, como se isso fosse um crime em tempos normais.
O que cada jogador faz sem sua vida privada não é da conta de ninguém. Se quiser ficar acordado a noite inteira enchendo a cara em casa ou na padaria da esquina é problema dele. Tem de ser cobrado é no treinamento e no jogo. Valdívia e João Vitor, em outras eras, eram vítimas preferenciais destes torcedores com pinta de policiais e os resultados das perseguições foram claros, já que não ajudaram a resolver os “problemas”.
Sair correndo atrás de jogador baladeiro não é função de torcedor, organizado ou não. Agir como polícia não ajuda – ao contrário, piora o ambiente no clube e instaura um clima de medo desnecessário. Se isso desse certo, nenhum time grande seria rebaixado para a série B. Esse clima de fascismo velado é prejudicial.