Futebol de Veiga cresce na ponta, mas Dudu deve ganhar a vaga
Em busca de uma formação mais equilibrada e tendo de lidar com inúmeras lesões e convocações, Abel Ferreira deverá insistir na dupla de meias Scarpa e Veiga, em uma espécie de 4-2-3-1, sistema até então pouco usado pelo treinador. Deu certo nos dois últimos jogos, mas trouxe problemas de marcação no meio em outras partidas.
Veiga tem declarado que está sentido à vontade em jogar aberto pela direita, enquanto Scarpa parece render mais quando joga pelo meio encostando nos volantes e armando as jogadas. Por que então Veiga passa muito tempo dos jogos sumido e pegando pouco na bola? Por que ele embola com Scarpa e acaba não se tornando a opção de velocidade pela direita?
Uma formação a ser testada e que busque acelerar o jogo terá Dudu pela direita e Rony na esquerda, com Luiz Adriano ou Deyverson centralizado. Quem sairia para a chegada do “reforço”? Com o extremo desgaste da temporada e as mudanças constantes, Veiga pode ser o escolhido para deixar o time, até porque Dudu, mais veloz e driblador, também atua como um atacante recuado, oferecendo-se como meia pra realizar lançamentos e passes no meio de campo.
Scarpa, Veiga e Dudu podem jogar juntos? Até podem, mas aí Veiga teria de ser deslocado para a esquerda, ou empurrar Scarpa para o lado esquerdo e fazer a função de meia armador principal, coisa que ele realmente não é – e Rony ficaria fora, como opção.
Scarpa como volante para ter um quarteto Veiga-Dudu-Rony-Luiz Adriano? Serviria como teste ou como alternativa a um jogo complicado no segundo tempo, já que Scarpa não é um grande marcador e ficaria mais longe dos atacantes. O time seria mais vulnerável e exigiria que os laterais ficassem mais presos,
De qualquer forma, contra equipes mais frágeis e com defesas pesadas, a dupla Scarpa e Veiga tem funcionado em boa parte do tempo nos jogos e precisa de sequência para que ganhem ritmo e entrosamento. Com a chegada de Dudu, no entanto, isso não deve acontecer e Veiga deve ir para o banco de reservas.