A ‘solução interna’ e a volta da confiança no bom momento de Scarpa

Crédito: Cesar Greco

Paz de espírito e o encontro em si mesmo para voltar a jogar bem. Gustavo Scarpa é a personificação da alegria com a ótima fase que vive no Palmeiras. Jogando finalmente em sua posição, o meia revelou, em entrevista ao canal TNT Sports, que teve de dar passos atrás na carreira, respirar fundo e se reinventar para buscar melhores atuações.

Ele quase saiu do Palmeiras no começo de 2020, quando esteve perto de acertar com o Almería, da segunda divisão da Espanha. Durante as negociações, analisou a sua carreira e optou po permanecer no Brasil à espera de uma proposta de time de primeira divisão da Europa e, ao mesmo tempo, recuperar o bom futebol e mostrar que podia ser titular no Palmeiras.

“Todo mundo sonha em jogar em um grande clube europeu. Os anos estão passando. Não estou ficando mais novo. Claro que se aparecesse uma proposta da primeira divisão da Espanha, eu iria preferir, mas apareceu da segunda divisão. Qual foi meu pensamento? Quantos jogadores não deram um passo para trás, pisaram na Europa, em um clube de menor expressão? E eu queria pisar na Europa. Aí, apareceu o Almería, eu pesquisei, cidade legal. Queria realizar o sonho de jogar na Europa, queria sair um pouco do Brasil, estou de saco cheio dessa cultura nossa. Não deu certo”, disse o jogador.

Sua principal meta era parar de jogar improvisado na lateral-esquerda ou como volante. Conseguiu convencer Abel Ferreira de que era mais útil jogando mais avançado, perto dos atacantes, e usou o Campeonato Paulista para mostrar seu futebol. “Como eu não era titular, não ia jogar de meia na Libertadores, pensei em fazer o meu máximo no Paulista, ir para cima, tentar fazer coisas novas, já não tinha nada. Contra o Santos, por exemplo, no Paulista, eu dei um chapéu para trás. Eu nunca fiz isso. E tinha gente que falava: ‘Você é habilidoso, você precisa se soltar, dar elástico, caneta, chapéu’.”

Para ele, a confiança voltou e passou arriscar mais, a jopgar mais solto. “Quando você acerta uma coisa dessas, você ganha um duelo do adversário e isso te dá uma confiança inexplicável. Eu não era titular, entrava com receio de errar e mesmo assim saía do time, não tinha sequência, então tentei inovar, fazer o que não estava fazendo para ver se dava resultado. É uma batalha ‘sinistra’ na mente.”