Gabriel Jesus, de ótimo atacante no Palmeiras a volante esforçado na seleção
Quem foi que disse que Gabriel Jesus tinha de jogar de volante? Tite? Marcelo Oliveira? Cuca? Ou o mestre Pep Guardiola?
Que ele é um jogador raçudo e útil na marcação, isso todos sabem. O que é estranho é ver um atacante mais empenhado em destruir – a jogada e o adversário – do que em fazer gol. E faz tempo que Gabriel Jesus não faz um gol pela seleção. Passou em branco na Copa do Mundo de 2018 e vaoi passar em branco nesta Copa América.
A expulsão infantil, bisonha e bizarra contra o Chile quase colocou a perder a vitória que se desenhava tranquila no segundo tempo. É inacreditável e inexplicável a entrada que deu no chileno, com chuteira na cara, a ponto de ele mesmo perceber o erro imediatamente e não contestar a expulsão.
O jogador habilidoso, inteligente e matador que surgiu no Palmeiras e que teve ascensão fulminante a partir de 2016 nos profissionais desapareceu. Além de artilheiro, servir bem como pivô e tinha habilidade para jogar pelos lados. Foi muito importante para o título brasileiro do Verdão em 2016.
Depois que virou peça-chave de Tite na seleção e um reserva de luxo de Aguero no Manchester City, encanou de ser o jogador tático, aquele raçudo que marca até na bandeira de escanteio, mas que perdeu a magia e a inteligência de atacar e fazer gols. Decidiu virar um volante avançado que marca zagueiros e laterais, deixando de ser decisivo onde importa. Gabriel Jesus que jogou no Palmeiras era um aspirante a craque e um jogador bem melhor, pois pensava, arriscava e tomava decisões por conta própria.