Presidente do Flamengo é denunciado por gestão fraudulenta

A “nova” administração da CBF, determinada pela Justiça, já começa mal. O Ministério Público Federal (MPF) denunciou Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, por gestão fraudulenta e envio indevido de recursos. Nelson José Guitti Guimarães, Demian Fiocca, Geoffrey David Cleaver e Gustavo Henrique Lins Peixoto também foram denunciados na Operação Greenfield, de acordo com o portal UOL.

Landim e o presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Barros, foram indicados interventores na CBF depois que a Justiça anulou a eleição de 2018, na qual foi eleito Rogério Caboclo. Este, por sua vez, foi afastado da presidência da entidade há dois meses pelo Conselho de Ética da entidade por conta de denúncias de assédio sexual e moral feitos por funcionárias da CBF.

O presidente do Flamengo e os demais envolvidos, representantes das empresas Mare e Mantiq, são acusados de terem lesado os fundos de pensão Funcef, Petros e Previ. A denúncia aponta que o FIP Brasil Petróleo 1, fundo gerido pelos executivos, remeteu dinheiro para o exterior, algo proibido pelo regulamento do FIP.

O MPF afirma que a empresa americana Deepflex foi usada na operação. O dinheiro foi irregularmente remetido para o exterior e a companhia faliu, fazendo sumir todo o dinheiro que havia recebido.

A manobra que viabilizou a suposta irregularidade consistiu na criação das empresas Brasil Petróleo e Participações SA e Deepflex do Brasil. As mesmas foram usadas como fachada, com o objetivo de aplicar na Deepflex.

O recurso era enviado para as empresas brasileiras, que enviavam para o exterior. O MPF estima o rombo em mais de R$ 100 milhões e pede que os denunciados paguem o triplo deste montante, que teria de ser corrigido a partir da taxa Selic.