Um silêncio presidencial que incomoda

Em um momento crucial na temporada, em que o time perde o prumo e as cobranças sobre o treinador ficam mais intensas, a liderança silencia. Tem sido assim ao longo dos anos de administração de Mauricio Galiotte.

Os títulos vieram, mas foram suficientes para que apaziguassem uma agremiação que vive uma polêmica época de processo de escolha do(a) novo(a) presidente, e de forma melancólica, com chapa única.

Com as vitórias na Libertadores e na Copa do Brasil 2020, esperava-se um protagonismo incontestável na temporada seguinte, com um domínio que colocasse a equipe em patamar bem superior aos rivais.

Não foi o que aconteceu e o presidente, segundo a maioria dos críticos, se omitiu em momentos importantes e se aproveita dos erros do treinador em uma temporada relativamente decepcionante para se eximir da responsabilidade. Até agora, o presidente se mantém em silêncio sobre as críticas.

Um dos mais fortes questionamento partiu do comentarista JG Falcade, que escreve uma coluna no site Nosso Palestra. “Abel é quem responde pelo sucesso e pelo fracasso, pela instituição, pelos atletas, pelas apelações junto à arbitragem, por tudo. Como se o Palmeiras não tivesse presidente. Chego a me perguntar se ainda tem, inclusive”, alfinetou o autor do texto “E nada do presidente aparecer”.

O presidente não fala, e a candidata Leila Pereira se sente à vontade para ocupar o espaço enquanto o time perde forças, equilíbrio e confiança.

“Há uma inércia profunda no Palmeiras. Abel, que já toma os pés pelas mãos, vai se colocando mais e mais vezes na linha de tiro, é o escudo perfeito”, escreve Falcade. “Se o time vai mal, críticas ao treinador e a direção fica protegida, esquecida em sua insignificância atual. Eu sequer entendo o porque ainda ostentarem esses cargos que seguem sem querer exercer.”

JG Falcade pegou muito pesado com o presidente e atual diretoria? O que você acha sobre as críticas ao presidente?

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