O preço do sucesso: 9 jogos em 30 dias
Abel Ferreira conversa com o elenco no Centro de Treinamento (FOTO: CESAR GRECO/PALMEIRAS)
O sucesso tem o seu ônus, e ele é pesado, como já reclamou Abel Ferreira recentemente. Por conta do sucesso nos campos e no número de taças levantadas, o Palmeiras está sendo punido pelo excesso de jogos e por “falta de dias” no calendário.
Até o fim de março, o time jogará nove jogos em 30 dias, algo parecido com o que aconteceu em 2021, quando emendou dez partidas em um mês entre janeiro e fevereiro, culminado com a disputa do Mundial de Clubes e a final da Copa do Brasil.
O que fazer quando o sucesso, em vez de benefícios, pune? Os dois últimos anos foram de pandemia de covid-19, o que desorganizou a vida de forma geral, mas geralmente é assim como os mais vencedores da temporada.
Quem não se lembra do Palmeiras da Parmalat, em 1999? O time de Felipão disputou uma semifinal de Copa do Brasil na sexta-feira contra o Botafogo (derrota do time misto nos pênaltis fora de casa), a primeira final do Campeonato Paulista no domingo (derrota do time reserva por 3 a 0 para o Corinthians), segundo jogo da final da Libertadores na quarta (vitória por 2 a 1 e título nos pênaltis contra o Deportivo Cali) e segundo jogo da final do Paulista no domino seguinte (empate em 2 a 2 com o Corinthians e perda de título).
A maratona começa no próximo sábado (19), quando volta a campo para enfrentar o Santo André no Allianz Parque. É a abertura da série de nove jogos em 30 dias.
Além do adversário do ABC, estarão no caminho palmeirense pelo torneio estadual Inter de Limeira, Guarani, Santos, Corinthians, São Paulo e Red Bull Bragantino. Os confrontos que valerão a taça da Recopa Sul-Americana serão contra o Athletico Paranaense.
Por causa da viagem a Abu Dhabi para a disputa do Mundial de Clubes, o Palmeiras teve os clássicos contra São Paulo (quarta rodada) e Corinthians (sexta rodada) adiados. As duas partidas foram remarcadas para março, justamente no período que o Verdão também terá o Santos pela frente.
Comments (1)
Gustavo Aroni
Isso chama-se paulistinha, estorvo na temporada dos clubes grandes. Tomara que em breve tenham 20, 25 jogos em 30 dias, para ver se os clubes pensam menos no dinheiro, e mais na qualidade do futebol que praticam, que é macabra!