Abel Ferreira minimiza má atuação contra a Inter de Limeira

Abel Ferreira elencou uma série de ‘obstáculos’ no jogo em Limeira (FOTO: CESAR GRECO/PALMEIRAS)

Uma tarde sem futebol, mas parece que o treinador do Palmeiras viu outro jogo. Não admitiu a péssima atuação, por mais desentrosado que o time reserva estivesse contra a Inter de Limeira e por mais que o calor fosse muito forte.

A cabeça está na decisão da Recopa Sul-Americana? Será que isso é desculpa para a pobreza técnica e tática contra um dos piores times do Campeonato Paulista?

Na entrevista após o jogo, Abel Ferreira tentou justificar o mau futebol. “Não há outra forma de ser competitivo sem rodar a equipe. Foi o que aprendi no futebol brasileiro. Do Paulista, acho que somos a única equipe que está sempre a jogar de dois em dois dias, ou três em três dias. Parabéns aos meus jogadores, sabemos que podemos fazer melhor, mas as condições hoje estavam muito difíceis.”

Tentou defender Rafael Navarro, que novamente foi muito mal. “Eu tenho paciência, como tivemos com Zé Rafael, Luan e muitos outros, que às vezes temos a tendência de criticar. É um jogador de qualidade e em quem confio, e estamos falando diretamente do Navarro. Tenham paciência, futebol não se faz em dois dias.”

Revelou até mesmo, para desviar um pouco o foco das críticas, que Navarro recebeu propostas ara sair do Palmeiras recentemente. “Para que vocês saibam temos uma proposta para vendê-lo se quisermos. É sinal de que tem qualidade. A camisa de centroavante do Palmeiras pesa muito, mas vamos torná-la mais leve.”

O calendário apertado foi novamente usado como desculpa para rodar o elenco e “dosar as energias”. “Tivemos jogo há três dias, e não há outra forma. O futebol brasileiro tem a particularidade de ter muitos jogos seguidos. Já tivemos lesões físicas do Scarpa e do Luan, fruto desta intensidade. A equipe que quer jogar no limite com esta densidade vai ter lesões, é normal. Iniciamos quase que desde o primeiro dia fazendo a gestão de energia para jogar na máxima força.”

Por fim, minimizou o fato de o Palmeiras ter criado poucas chances de gol. “O calor, jogando às quatro da tarde, com 35º, é duro. Jogar com o gramado de um palmo de altura é duro, deixa o jogo lento, requer um esforço extra, a bola precisa ser jogada mais rápida, o pé quase enterra embaixo da grama. Com mais calma, mais fluidez, com o calor, o campo, não temos calma para tomar as melhores decisões. Não foi um jogo de grandes oportunidades, o adversário teve uma e nós tivemos duas. Temos 27 atletas e até aqui apenas um não foi usado, o Vinicius, todos os outros jogaram mais de um jogo. O caminho é esse.”