Raphael Klaus SPFC 1×0 Palmeiras CB’22 8as de final

Por Oiti Cipriani

  • Jogo: SPFC 1×0 Palmeiras – CB’22                                     
  • Data: 23/06/2022
  • Árbitro­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­:  Raphael Klaus
  • Árbitro Assistente 1: Danilo Ricardo Simon Manis
  • Árbitro Assistente 2: Rodrigo Figueiredo Correa
  • Árbitro do VAR: Wagner Reway

Esta coluna analisa tecnicamente a arbitragem da partida, e busca não opinar nos aspectos técnicos do jogo em si, afinal, o 3VV possui colunistas e leitores mais preparados para falar sobre o assunto. Porém, não tem como iniciar de outra maneira sobre a partida de ontem.

O Palmeiras fez um jogo muito abaixo do que está habituado a fazer e a derrota foi merecida, visto que durante todo o jogo não chutou uma bola em gol e o goleiro Jandrei foi um mero expectador privilegiado do jogo.

Agora vamos ao trabalho de Raphael Klaus.

A arbitragem e os lances polêmicos

Crédito Cesar Greco/Divulgação

No geral fez uma boa arbitragem, calcada no respeito que Raphael Klaus granjeou em sua já longa carreira, inclusive sendo um dos dois árbitros indicados, com todo o mérito, para a Copa do Mundo no Catar (o outro indicado foi indicação política, pois é muito fraco técnica e disciplinarmente).

Neste jogo tivemos algumas situações, digamos, “sui generis”. O jogo foi interrompido sem que a bola estivesse saído dos limites do campo de jogo ou por alguma infração às regras (Regra X).

A primeira interrupção ocorreu quando Dudu foi empurrado, caiu e foi atropelado pelo defensor. Neste ato levou a mão à bola e o jogo foi interrompido sem qualquer motivo, uma vez que o árbitro não entendeu como falta a ação do jogador do São Paulo, Reinaldo.

Assim sendo, Klaus deveria ter marcado a mão na bola do Dudu. Não marcou nem uma coisa e nem outra e reiniciou o jogo com bola ao chão. E desta desobediência às regras, saiu o único gol do jogo.

A segunda interrupção ocorreu com o jogador do Palmeiras Verón, em um choque com um defensor do São Paulo, e a bola em jogo. A partida igualmente foi interrompida sem que houvesse qualquer infração às regras, e também reiniciada com bola ao chão.

A única explicação razoável é que Klaus talvez tenha julgado que ocorreram, em ambas situações, uma contusão mais séria nas disputas de bola. O árbitro tem o poder discricionário de interromper o jogo sempre que achar necessário, e esta prerrogativa foi usada dos dois casos (regra V).

Portanto agiu rigorosamente dentro das regras.

Faltas e disciplina

Outro detalhe que não foi observado foram as interrupções de ataque do Palmeiras com pequenas faltas. Limitou-se apenas a marcá-las e punir tecnicamente.

Observamos que houve um rodizio de faltas em dois jogadores chave do Palmeiras, Dudu e Scarpa, que tocavam na bola, e eram sistematicamente interrompidos com faltas.

Nenhuma violenta, mas, segundo a regra, persistir e reincidir em burlas deve ser punida com advertência formal (cartão amarelo).

Outro caso nesse jogo, entre Scarpa e Calleri.

Antes, vamos relembrar uma decisão de Raphael Klaus em 2017, em um jogo de Corinthians x Palmeiras: o goleiro Jailson do Palmeiras disputou uma bola com o volante do Corinthians Rene Junior e Klaus marcou escanteio. Posteriormente foi exibido a ele o joelho do jogador corintiano com uma ferida sangrenta (na época não existia ainda o recurso do VAR).

A assinalação de escanteio foi anulada e marcado pênalti contra o Palmeiras, e expulsão do goleiro. Inclusive na época eu comentei nas redes sociais, dizendo que haviam colocado nas regras “punição por exame de corpo de delito”.

No jogo desta quinta feira aconteceu um caso semelhante entre Scarpa e Calleri (onde aparentemente não houve maldade) em que o palmeirense levou uma cotovelada e como consequência teve o supercilio aberto. Nada foi marcado!

No jogo foram assinaladas 13 faltas contra o São Paulo e 4 contra o Palmeiras. O número de cartões foi maior para o Palmeiras: três cartões cotra dois do SPFC. Aqui cabe novamente que não houve a punição disciplinar nos jogadores do SPFC por interrupções persistentes com falta em rodizio nos jogadores palmeirenses.

Assistentes e VAR

Os assistentes fizeram um bom trabalho, assinalando 6 impedimentos no total (2+4) e não foram contestados. Entretanto o assistente número 2 deixou de assinalar um escanteio para o Palmeiras dentro de seu campo de visão e ação, omitindo-se descaradamente.

O VAR não foi acionado em nenhuma oportunidade.

***

Concluindo, foi realizado um trabalho “aceitável”, dado o alto nível de Raphael Klaus. Porém sem ter interferência no resultado.

Comments (2)

  1. Benedito Martinho Correia de Oliveira

    Meu caro amigo, infelizmente sendo o kaus hoje o melhor árbitro que tem no Brasil, um problema que todos tem eles se esquecem daquilo que acontecem e outros jogos e preferem cometer os mesmos erros, é assim vai, por este motivo que eu falo com toda certeza, esse é o nível da atual arbitragem do Brasil, ou seja, uma merda

  2. Drops 24-06-2022: cabeça fria coração quente – 3VV

    […] no gol. O adversário também não criou muito. Tivemos um momento de desconcentração porque todos viram a falta que foi, só o árbitro que se lembrou de não ver a falta. Sabíamos que seria um jogo agressivo (…) O adversário foi mais forte, essa é a realidade […]

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