Análise da Arbitragem R08: Palmeiras 1×1 Santos

POR DANILO CERSOSIMO

Após um final de semana turbulento o jogo contra o Santos até que foi sereno – especialmente por se tratar do reencontro entre Diego Souza e Domingos.

O árbitro Leonardo Gaciba mais uma vez teve uma atuação tecnicamente irregular, invertendo faltas, demorando para assinalá-las e apitando à distância em muitos lances.
 
No aspecto disciplinar foi grave a não expulsão de Róbson do Santos – o carrinho dado em Pierre seria punido com cartão vermelho por qualquer árbitro de bom senso e não apenas com um amarelo. 

O erro do árbitro foi duplamente grave pois o mesmo Róbson viria a empatar o jogo mais tarde. No link abaixo do globoesporte.com podemos acompanhar o lance da falta em questão:

http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Futebol/Brasileirao/Serie_A/0,,MUL1211080-9827,00.html

O Palmeiras reclama ainda dois pênaltis – ambos com razão.

No primeiro, o jovem Felipe invade a área e além de ser puxado pela camisa toma uma rasteira de Domingos, aquele. O outro, ocorreu sobre Obina, ainda mais claro e Gaciba nada fez.

Não se trata de choro de torcedor – a imprensa esportiva em coro, bem como os analistas de arbitragem, compartilham da mesma visão.

É incrível como um árbitro possa ignorar esse tipo de lance – espero que se explique pelo fato de acompanhar os lances sempre de longe, possivelmente por eventual falta de preparo físico. Ainda que seja isso, precisa se reciclar e rever seus conceitos.

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Nas últimas semanas discutimos aqui a necessidade de utilização do recurso eletrônico e da tecnologia nos lances polêmicos do futebol.

Ontem, no jogo do Brasil, mais uma vez tal recurso se fez necessário – em cabeçada de Kaká a bola foi tirada pelo goleiro de dentro do gol e o auxiliar nada assinalou. O lance poderia ter prejudicado a definição do vencedor da Copa das Confederações.

Por que a FIFA resiste tanto a esse tipo de inovação no futebol? Na minha opinião é de uma pobreza espiritual extrema achar que são os erros de arbitragem que movem o futebol – eles na verdade só servem para desvalorizá-lo e alimentar um determinado tipo de gente que nada contribui para o desenvolvimento do esporte.

O que move o futebol é a emoção: é a virada de jogo na final, como o Brasil fez ontem. É o gol do Clayton Xavier aos 43 minutos do 2º tempo, ou as defesas de São Marcos.

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Fugindo um pouco do tema da coluna: a administração Belluzzo começou no último sábado. Ainda que tardia, parabéns pela decisão tomada.

Crédito da imagem: foto montagem do vídeo
http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Futebol/Brasileirao/Serie_A/0,,MUL1211080-9827,00.html

Comments (6)

  1. Alberto Cunio

    Rocha, não esqueça que ganhamos 4 pontos no apito também. Elas por elas… Isso é que é uma merda.

  2. Rogerio Rocha

    estamos sendo muito prejudicados neste Brasileirão, contra os Bambis, Atletico Paranaense e Santos. Cada dia ta mais complicado estas arbitragens

  3. Administrator

    Danilo,
    Reforço o pedido para que você faça uma tabela com os erros de arbritagem. Já são muitos e, a maioria contra o Palmeiras.
    Eu sugiro uma tabela, com o jogo, tipo de erro, gravidade do erro (penalti claro é uma coisa, impedimento por 2cm é outra), se a favor ou contra e quanto isso custou em pontos para o Palmeiras.
    O que vc acha?
    Abs e nos vemos hoje na pizzada!

  4. João Gomes Yzquierdo Neto

    A arbitragem no Brasil é muito ruim mesmo!!! Não se trata de esquema para favorecer este ou aquele time, é muito juiz ruim no certame.

  5. Rogerio Rocha

    Olha já fomos roubados demais neste Brasileiro, acorda diretoria vcs tem que ver isto estamos sendo muito prejudicados

  6. Marcio Zambon

    Danilo,
    Concordo que a arbitragem do Gaciba foi, mais uma vez, confusa. Mas acho que não houve pênalti no Obina – o Domingos tocou 1o. na bola – e houve no Felipe, mas como o Domingos tocou a bola ao mesmo tempo em que agarrava a camisa do menino, dificilmente algum juiz marcaria. E sobre a falta que levaria o Robson à expulsão, como não foi um carrinho por trás e com a sola dos pés – ele dobrou as pertas e acertou o Pierre com as canelas – acho que o cartão amarelo foi justo. O que foi injusto foi o Robson não ter tomado o 2o. amarelo quando fez a falta por trás no Cleiton Xavier (ou no Felipe, não me lembro ao certo), próximo aos 40 minutos do 2o. tempo – falta que o Cleiton bateu e o goleiro lambari espalmou para escanteio.
    Agora, pelo histórico desse juiz, se algum desses lances fosse contra nós, não sei, não, se o cidadão não teria tomado outra decisão…

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