Valdemar Fiume: carreira e conquistas do Pai da Bola

Por Jota Christianini; colaborou Erika Gim

Valdemar Fiume nasceu em São Paulo, em 1922, e morreu em 1996, aos 74 anos. Começou a jogar futebol na várzea do Glicério e, em 1941, com 19 anos, integrou-se ao Palestra Italia, onde ficou dezessete anos e jogou 601 partidas.

Participou da célebre partida de 42 e em 44, quando o Palmeiras viu-se privado de Dacunto, foi Valdemar Fiume quem deu conta do recado e ajudou o time a conquistar mais um campeonato paulista. Chamado de Pai da Bola pela classe e técnica com que tratava a redonda, foi, ainda, campeão brasileiro pela seleção paulista.

Encerrou a carreira em 1958, sendo homenageado com um busto na sede do já então Palmeiras. Ao pendurar as chuteiras, Fiume declarou que deixava o futebol para dirigir a tipografia que já era do pai dele antes de Valdemar começar a atuar profissionalmente como futebolista, e que com o futebol ganhara uma casa em construção e um terreno.

Aqui, comparemos: há jogadores brasileiros que ganham, nos dias de hoje, uma casa por dia. O Pai da Bola conquistou o mesmo em dezessete anos de brilhante carreira. Como curiosidade, lembramos que Oberdan – que praticamente jogou o mesmo tempo de Fiume no Palmeiras – ao final da carreira declarou ter conseguido no futebol o suficiente para comprar duas casas e dois carros de praça – como eram conhecidos os táxis. Na mesma ocasião, Jubaldo, um jogador menos conhecido que jogara por quase vinte anos em times cariocas, deu-se por satisfeito já que encerrava a carreira com o suficiente para montar uma salão de cabelereira para sua esposa.

Valdemar Fiume 18 anos de Palmeiras, de 1941 a 1958; 601 partidas; Mundial de Clubes-Copa Rio: 1951;
Torneio Rio-São Paulo: 1951; Campeonato Paulista: 1942, 1944, 1947 e 1950; Taça Cidade de São Paulo: 1945, 1946, 1950, 1951; Torneio Início Paulista: 1942, 1946; Taça dos Campeões Estaduais Rio–São Paulo: 1942, 1947.

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