Arbitragem de Fernando Rapallini Palmeiras 2×1 Cerro

Por Oiti Cipriani

  • Palmeiras 2×1 Cerro Porteño
  • Data: 20/04/2023
  • Árbitro: Fernando Rapallini (ARG)
  • Assistente 1: Juan Belatti (ARG)  
  • Assistente 2: Diego Bonfa (ARG)
  • Quarto árbitro: Pablo Echavarria (ARG)
  • VAR: Murilo Vigliano (ARG)

Fernando Andrés Rapallini (La Plata, 28 de abril de 1978) é um árbitro de futebol argentino que atua na Primeira Divisão Argentina. Ele é árbitro da FIFA  desde 2014.

Carreira

Sua primeira partida como árbitro foi em 19 de junho de 2011, entre Godoy Cruz e All Boys, na Primeira Divisão Argentina. 

Em 2014, foi incluído na lista de árbitros da FIFA. Ele oficiou sua primeira partida internacional em 5 de junho de 2015 entre Chile e El Salvador.

Rapallini apitou várias finais na Argentina, incluindo a Supercopa Argentina 2013, Final da Copa Argentina de 2017, Supercopa Argentina 2018 e Troféu de Campeões de Superliga Argentina 2019. 

Foi escolhido pela CONMEBOL como o quarto árbitro para a segunda partida da Recopa Sudamericana 2015, entre San Lorenzo e River Plate, e dirigiu também a segunda partida  da Recopa Sudamericana 2020 entre Flamengo e Independiente del Valle, do Equador. 

Trabalhou ainda como um dos árbitros assistentes de vídeo da final da Copa Libertadores 2020 entre Palmeiras e Santos. Apitou a Copa do Mundo Sub-20 da FIFA em 2019 na Polônia e na Copa América de 2019 no Brasil. 

Como parte de um programa de intercâmbio entre a CONMEBOL e a UEFA, Rapallini foi selecionado em 21 de abril de 2021 como árbitro para o UEFA Euro 2020, realizado em em junho e julho de 2021. Foi a primeira vez que um árbitro sul-americano foi escolhido para apitar o Campeonato da Europa na fase de grupos.

Já havia apitado a vitória do Palmeiras sobre o Cerro em agosto de 2018 – por 2×0 – e também o empate de 1×1 em dezembro 2020 contra o Libertad.

Crédito Divulgação SEP; foto de Cesar Greco, by Canon

Análise do trabalho do árbitro

No primeiro tempo, o Palmeiras não se encontrou em campo, com inúmeros passes errados. Isto propiciou muitas jogadas com contato físico, e o árbitro não assinalou qualquer destas ações, deixando o jogo correr.

Se colocarmos algum senão neste critério, seria uma carga pelas costas em jogador do Palmeiras não marcada, e posteriormente assinalou uma jogada ombro a ombro, com a bola em disputa. 

No segundo tempo, com as substituições, o Palmeiras se acertou em campo e isto facilitou o trabalho da arbitragem. 

Entretanto ocorreram lances capitais e polêmicos. Vamos a eles.

1) Gol do Cerro Porteño: a torcida reclamou de impedimento no lance. Foi mais desespero de ver o time sair perdendo um jogo. Não houve impedimento no lance, e os três envolvidos, assistente, árbitro e VAR atuaram corretamente, validando o gol.

2) Primeiro gol do Palmeiras: houve reclamação dos paraguaios em relação à posição do Arthur. Para mim, após o chute de Artur ser defendido pelo goleiro, ficou em posição de impedimento. Porém, em momento algum atrapalhou a ação do goleiro. Estava na diagonal em relação ao chute de Gustavo Gomes. Gol legal.

3) Pênalti reclamado sobre Endrick: se observarem o desenvolvimento da jogada o defensor estava com a perna apoiada no chão e o atacante, na disputa de bola, chuta sua perna, já posicionada sobre o solo. O árbitro acertou em nada marcar, o que foi corroborado pelo VAR.

Disciplina

Mesmo com o critério de não anotar qualquer contato físico como infração, foram assinaladas 29 faltas, com 15 do Palmeiras e 14 do Cerro. 

Apresentou 5 cartões amarelos, com 2 para o time brasileiro e 3 para o time paraguaio. Foi criterioso nos cartões. no primeiro tempo, apresentou cartão amarelo para Churin, por atingir Gomez com a sola da chuteira. No segundo tempo, apresentou cartão para Marcos Rocha, por jogada idêntica.

Recuperação de tempo

Acresceu 4 minutos no primeiro tempo, que foi um acréscimo muito baixo, pois somente para revisão do gol do Cerro levou este tempo. 

No segundo tempo foram acrescidos 7 minutos. Tivemos também a revisão do primeiro gol do Palmeiras. Tivemos ainda substituições, ganho de tempo do Weverton, para aguardar o retorno do Navarro quando este teve que trocar o calção. Portanto, se fosse dado mais que os 7 minutos, estaria correto. 

Se tivermos alguma crítica à arbitragem será pelas vistas grossas ao retardamento de jogo proporcionado pelo goleiro do time paraguaio, sem qualquer advertência, e este recurso foi usado e abusado. 

Também não agilizou as reposições de bola do time paraguaio e posteriormente, também não se importou com a demora dos jogadores do Palmeiras, quando este ficou em vantagem.

Assistentes

O assistente número 1 foi exigido nos dois primeiros gols de cada time, e em ambos correu para o meio de campo, validando-os e posteriormente corroborado pelo VAR. O assistente número 2 foi menos exigido.

Ambos tiveram um bom trabalho,

VAR

Trabalhou nos três gols ocorridos no jogo. Impedimento nos dois primeiros e no segundo gol do Palmeiras, foi consultado a respeito da bola ter tocado no braço no Navarro e validou os três gols. 

Conclusão

Em que pese a gritaria da torcida em cada falta marcada contra ou não marcada a favor, seu trabalho correspondeu em suas decisões. Principalmente, com critério, assinalando ou deixando de assinalar, jogadas semelhantes para os dois lados. 

Uma nota 8,5 reflete bem o trabalho executado.

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