A arbitragem de Bráulio da Silva Machado: SEP 4×1 GRE

Por Oiti Cipriani

  • PALMEIRAS 4×1 GRÊMIO
  • Data: 10/05/2023 
  • Árbitro: Bráulio da Silva Machado (Fifa/SC)
  • Assistente 1: Bruno Raphael Pires (Fifa/GO) 
  • Assistente 2 : Alex dos Santos
  • Quarto árbitro: João Vitor Gobi (SP)
  • VAR: Wagner Reway (Fifa/PB)

Árbitro

Árbitro originário de Santa Catarina, com 43 anos de idade. Árbitro FIFA. Com o jogo da noite de 4a feira no Allianz Parque, foi o oitavo jogo em que trabalhou neste brasileiro.

Análise do trabalho do árbitro

Crédito Divulgação SEP; foto de Cesar Greco, by Canon

A característica mais marcante deste árbitro é ser confuso e fraco técnica e disciplinarmente.

Neste jogo cometeu inúmeros equívocos, tanto na parte técnica, como na parte disciplinar. Não teve critério para assinalar infrações. No mesmo tipo de jogada, ora punia, ora deixava passar, sem nada marcar. Em uma destas marcações sem sentido, o Grêmio, nos acréscimos, fez seu gol, que naquele momento era o gol de empate.

Cada marcação contra a equipe gaúcho, o árbitro parecia doce de padaria, com as moscas voando em volta. Em cada marcação, juntavam-se os jogadores em torno dele, e explicava, falava, fazia conferência, querendo justificar o que marcou.

Acertou na marcação do tiro penal no segundo tempo, como também acertou em não marcar tiro penal reclamado pelos palmeirenses no primeiro tempo.

Outro detalhe que chamou a atenção foi a insistência do árbitro em querer que a bola, em reposição, estivesse 30 cm diferente do local onde o jogador cobrador colocou.

Pura filigrana e perda de tempo.

Disciplina

Assinalou um total de 23 faltas, com 10 contra o Palmeiras e 13 contra o Grêmio.

Se tivesse um critério único, ou o número seria maior ou menor, dependendo do caminho que iria seguir, ou punindo tudo ou deixando o jogo correr.

Mostrou seis cartões durante o jogo, dois para jogadores do Palmeiras, e quatro para jogadores do Grêmio. Os cartões merecem um capítulo a parte!

Os dois cartões para os jogadores do Palmeiras não teve qualquer sentido! Quando aplicou cartão ao jogador Zé Rafael, foi uma falta comum, que não iria nem ser marcada. Entretanto, depois de alguns segundos, resolveu marcar e puniu com cartão amarelo.

No cartão para o Piquerez, aplicou por simulação… mas o que menos existiu no lance foi simulação!

O jogador estava em velocidade e já vinha desequilibrado quando caiu. Nada foi marcado e não houve reclamação do atleta. Foi nesse momento que sua senhoria resolveu mostrar autoridade, e puniu com falta técnica a equipe e com cartão o jogador.

Nos quatro cartões para os jogadores do Grêmio, dois foram corretos: para Kanneman, por entrada mais forte no jogador do Palmeira, e para o goleiro, por retardar o reinício do jogo.

Para Villasanti e Uvini, foram aplicações exageradas. Para o primeiro, uma obstrução normal, e para o segundo, na marcação do pênalti.

A pergunta é: se este toque de mão na bola fosse no meio de campo, ele teria punido disciplinarmente? A resposta é NÃO. Então, porque que na área ele puniu? Sem necessidade. 

Recuperação de tempo

Acresceu quatro minutos no primeiro tempo e sete minutos no segundo.

No primeiro tempo foi muito pouco, visto ter duas paralisações para atendimento médico e o goleiro do Grêmio retardou demais o jogo. Fiz três amostras de demora de reposição de bola e cada uma levou de 28 a 35 segundos.

Só melhorou a dinâmica do primeiro tempo quando o time visitante ficou inferiorizado no marcador. Após o empate nos acréscimos, o time gaúcho veio para a segunda etapa com a mesma prática da “cera”, onde o goleiro foi punido com cartão amarelo. Continuaram nessa prática até o Palmeiras fazer o segundo gol.

No segundo tempo foram acrescidos sete minutos. Em tese, está correto o tempo, visto ter havido seis interrupções para substituições e muito tempo perdido em comemoração de gols. Mas com o marcador elástico, um tempo de acréscimo tao extenso poderia causar problemas de ordem disciplinar. Felizmente isto não ocorreu.

A Comissao de Arbitragem se preocupou em querer aumentar o tempo de jogo, com os acréscimos, instruiu os árbitros a agilizar as comemorações de gols, mas não se preocupou em orientar os árbitros em serem mais enérgico com o retardamento de reposição de bola em jogo, tanto em tiros de meta quanto em escanteios e laterais.

Os árbitros por sua vez, para se eximir de qualquer crítica, viram as costas para as ocorrências, como a dizer: “estão retardando, mas não estou vendo e nem percebendo”.

Posição muito cômoda.

Assistentes

Foram assinalados dois impedimentos durante o jogo. O Assistente Número 2, com o jogo marcando 2×1 para o Palmeiras, assinalou um impedimento que a bola estava em poder do time gaúcho, em posição de ataque, e assim com a corroboração do árbitro perdeu uma grande vantagem. 

VAR

Foi acionado em dois gols do Palmeiras e os validou.  

Conclusão

Conforme relatamos acima, suas decisões foram confusas e sem critério. Teve mais sorte que talento para a arbitragem de futebol. Uma nota 6,0 reflete bem o trabalho executado.

***

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Comments (1)

  1. Donato, o Lúcido

    Aqui no 3VV é assim: o leitor “paga” por uma matéria e ganha duas!!!!!
    Agira, vamos à análise de Donato, o Lúcido, sobre o mal intencionado larápio, que compareceu ontem no Allianz, com o claro intuito de nos operar.
    O vagabundo em questão parecia alcoolizado. Marcava falta para um lado e apontava para o outro. Deveria ter expulsado o goleiro do Grêmio no início do jogo, por cera e ter marcado um pênalti escandaloso no primeiro tempo a nosso favor, mesmo que não tenha sido pênalti.
    Um lance que me chamou atenção, aconteceu no início do primeiro tempo, quando o Palmeiras foi sair jogando e o técnico gremista, Sr. Renight, agarrou acintosamente o Dudu na linha lateral do campo, impedindo ataque promissor. Deveria ter um vermelhinho pra ele também.
    Uma nota 0,32 reflete bem o trabalho do marginal.

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