A arbitragem de Jonathan B. Pinheiro em SEP 2×0 BAH

Por Oiti Cipriani

Palmeiras 2×0 Bahia

07/07/2024

Campeonato Brasileiro – R15

  • Árbitro: Jonathan Benkenstein Pinheiro (RS)
  • Árbitro Assistente 1: Lucio Beiersdorf Flor (RS)
  • Árbitro Assistente 2: Michael Stanislau (RS)
  • Quarto árbitro: Jefferson Ferreira de Moraes (GO)
  • Árbitro de Vídeo: Rodrigo Nunes de Sa (VAR-FIFA) (RJ)

Árbitro

Crédito: Cesar Greco/Palmeiras/Canon

Árbitro gaúcho de Novo Hamburgo, nascido em 17/04/1986, portanto idade de 38 anos.

Foi promovido a árbitro nacional em 02/06/2016. Faz parte do projeto de renovação dos árbitros. É o quinto jogo que trabalha este ano na série A do Brasileiro. Nestes jogos mostrou 12 cartões amarelos e nenhum vermelho.

Dada a idade avançada, para os padrões de arbitragem nacional e internacional, suas chances de chegar à FIFA são muito remotas, mas isto não o impede de ser uma lufada de ar fresco na arbitragem brasileira, que anda de mal a pior, com árbitros fracos, promovidos em ações políticas, forjadas nos subterrâneos do prédio da CBF.

Estas ações nefastas, anteriores à administração atual, sucateou a arbitragem brasileira. O que vemos são árbitros sem critérios definidos de decisões, sem uniformidade ou padrão de decisões e interpretação.

Como costuma dizer a exaustão, meu amigo, ex árbitro Paulo de Souza Arruda: “O padrinho consegue levar seu protegido até a linha lateral do campo. Depois fica por sua conta!”.

E o que temos visto é que esta situação está trazendo muitos problemas para o bom andamento dos campeonatos nacionais, pois vemos, semana após semana, reclamações contra a arbitragem em quase 100% dos jogos.

Análise técnica  

O árbitro, pelo noviciado em série A, (como dizíamos em nossas aulas de arbitragem, experiência não se transmite, se adquire), fez uma ótima arbitragem. Não teve a mínima interferência no resultado final do jogo. Teve alguns pequenos erros de critério, assinalando faltas que pelo caminho escolhido, não deveriam ser assinaladas.

Suas sinalizações são muito espalhafatosas, principalmente em jogadas onde os atletas reclamavam de falta, ele levantava os dois braços, indicando que nada seria marcado. Este tipo de sinalização é desnecessário: somente a ausência do trilar do apito deixa claro que na sua visão, nada ocorreu.

São pequenas arestas facilmente corrigidas. Mostrou boa velocidade e acompanhamento das jogadas, tanto que em várias vezes, teve que sair da linha da bola, para não ser tocado por ela.

Disciplina

Assinalou 25 faltas durante o jogo, 15 contra o Palmeiras e 10 contra o Bahia. Se mantivesse o mesmo critério, seria menor o número de faltas, visto ter deixado o jogo correr, sem interrompê-lo seguidamente.

Mostrou dois cartões amarelos durante o jogo, um para o jogador do Palmeiras – Rony por comemorar o gol colocando uma máscara no rosto, que por orientação do IFAB, deve ser punido com advertência – e um para o jogador Kanu do Bahia, por ação temerária.

Controle de tempo

Acresceu 2 minutos no primeiro tempo, muito abaixo do tempo perdido durante o jogo, com o time baiano retardando reposição de bola, goleiro simulando lesão ou parando o jogo para amarrar a chuteira.

No segundo tempo foram acrescidos quatro minutos, também exíguo pelas paradas para substituições, contusões, etc.

Tempo de Bola Rolando: 58’21”! Quase atingiu o tempo padrão de 60 minutos de bola rolando exigido pela FIFA. Excelente tempo de jogo para os padrões brasileiros, que raramente chega a 50 minutos.

Assistentes

Ambos tiveram um bom trabalho, assinalando 8 impedimentos e percebeu-se que o árbitro deu autonomia para assinalarem faltas em seu campo de ação e assim o fizeram. O Assistente 2 anulou um gol do Palmeiras, corroborado pelo VAR.

VAR

Foi acionado conforme protocolo nos dois gols e validou o segundo gol do Palmeiras e anulou gol da mesma equipe por impedimento assinalado no campo.

Conclusão

Conforme relatamos acima, é um arbitro para ser observado, mesmo tendo grandes probabilidades de não alçar voos mais altos na arbitragem. Foi muito boa surpresa..

***

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Comments (2)

  1. Donato, o Lúcido

    Apitou direito.

    Diferentemente daquele cafajeste que apitou o jogo contra o Grêmio.

  2. Ronaldo Ramires

    esse árbitro Jonathan Benkenstein não conhecia e nem vi falar, me surpreendeu muito achei muito boa sua atuação poderia dar uma nota 8,8 facilmente para ele;

    também chamo a atenção para o VAR que resolveu em poucos segundos uma linha de impedimento do Rony mas não mostrou ao público.

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