Pós Jogo Palmeiras 0x1 Botafogo: dois Palmeiras
Indicadores Footstats
Palmeiras 0x1 Botafogo.
Não ia ter pós jogo. Assim é o futebol: sem emoção não há diversão.
Mas
vamos lá, depois que a poeira começa a baixar e você começa a enxergar
os destroços, a obrigação fala mais alto e o pós jogo tem que ter o
mínimo de racionalidade por parte do 3VV. A emoção fica por conta da
audiência…
Mas retire a ira e releia o que escrevi logo ao final do jogo, e agora, uma hora e meia depois de gelo na testa:
Perdi
a conta de quantas vezes o Botafogo apareceu na cara de Marcos.
Percebeu quantas vezes você viu um botafoguense na pequena área com a
bola perto?
O
número de finalizações do Palmeiras foi muito baixo para o nível de
qualidade dos jogadores. O Palmeiras finalizou 7 vezes ao gol do
Botafogo; os cariocas 18 vezes!
Um surpreendente medo de ir prá cima do Botafogo, que não é um time prá assustar o Palmeiras.
Veja nos quadros do Footstats do 1o e do 2o tempo: o Palmeiras ficou com a bola no ataque 18% do tempo na primeira etapa. Na segunda etapa teve uma atitude mais ofensiva, ficou 31% da posse de bola no campo de jogo do Botafogo.
Pergunto: por que não começamos indo prá cima?
Um momento no segundo tempo que faltou um jogador palmeirense dar de bico, fazer o gol e sair do Engenhão vice-líder.
Aqui
não tem o que fazer: Alex Mineiro chegou na cara do gol. Kléber, na
primeira etapa estava dentro da pequena área e quis passar de
calcanhar. Evandro entrou no 2o tempo na área e podia ter arrebentado.
Deu um toque errado [ ok, acontece ] e não chutou a gol.Assim não se chuta a gol; assim não se faz gol.
Um gol tomado a partir de uma bola perdida na linha de fundo; ah, e mais uma vez de cabeça.
A
bola era perdida, estava na linha de fundo. O jogador botafoguense
conseguiu virar sobre o marcador e cruzar. Não se trata aqui de
crucificar A ou B. Trata-se de constatar que novamente a defesa
permitiu cabeçadas perigosas. Em uma delas, gol!
Uma
aparente máscara de alguns jogadores, que preferiam driblar e cair – na
frente de um juiz que não dá falta nem na mãe – a tocar com
objetividade.
Bola
de calcanhar. Excesso de dribles desnecessários. E uma bola
emblemática: o excelente jogador Sandro Silva recebe uma bola num
contra-ataque, quando estava já estava 0x1. Sandro Silva tinha Alex
Mineiro livre para receber e marcar. Chutou direto, fraco. Não viu?
Pode ser…
Pode ser que o Palmeiras seja campeão. Pode – e acho – que vai ser! Mas não é desempenhando dessa forma.
No
início do campeonato podíamos dizer que estávamos ainda entrosando e
havia tempo para crescer. Metade do campeonato passou. Estamos em
terceiro. Se fôsse em 2007 estaríamos comemorando. Em 2008, ficamos
frustrados, e com razão.
INDICADORES FOOTSTATS
(clique no quadro para ampliar)
Veja a diferença do primeiro para o segundo tempo. Mas principalmente veja a diferença dos cruzamentos entre os dois times.
Cruzamentos do Palmeiras:
1o tempo: 1 certo, 7 errados;
2o tempo: 2 certos, 10 errados.
Cruzamentos do Botafogo:
1o tempo: 3 certos, 9 errados;
2o tempo: 4 certos (??), 2 errados.
Será
que os alas do Botafogo são tão mais efetivos do que os nossos para
cruzarem? Ou efetivamente temos um problema na bola aérea!
CONCLUSÃO! CONCLUSÃO?
Mas
dá prá buscar. O Grêmio ainda não passou por um período de
instabilidade no campeonato. Deve passar (todos passam). E com isso,
perdendo duas seguidas, vai desmanchar sua vantagem. E ainda temos um
confronto direto no Palestra.
Mas ainda acho que o adversário mais perigoso é o Cruzeiro, que não está brilhando, mas é regular. E nós vamos jogar lá!
A
frustração de hoje é natural e temos que ruminá-la e esquecer amanhã.
Fosse um jogo mais disputado, não estaríamos tão frustrados com a
derrota, já que o Botafogo vem crescendo.
O que incomoda é que parece haver dois Palmeiras: o que joga em casa, vibrante, intenso, matador, e o Palmeiras visitante, que joga como time pequeno fora de casa.
Esperamos que este Palmeiras (o segundo) mude e seja mais como aquele que vemos jogar em casa.
Saudações, vamos esfriar a cabeça!