A arbitragem de Facundo Tello em SEP 2×2 BOT

Por Oiti Cipriani

Palmeiras 2×2 Botafogo

22/08/2024

Copa Libertadores 2024 – 8as de final, partida 2

  • Árbitro: Facundo Tello (ARG)
  • Assistente 1: Juan P. Belatti (ARG)
  • Assistente 2: Cristian Navarro (ARG)
  • 4º Árbitro: Sebastian Zunino (ARG)
  • VAR: Silvio Trucco (ARG)

Árbitro

Nascido em 4 de maio de 1982, portanto com 42 anos de idade, natural de Bahia Blanca, é árbitro FIFA desde 2019.

Foi o terceiro jogo do Palmeiras arbitrado por este profissional na Taça Libertadores da América. Havia trabalhado no 4×0 contra o Deportivo Pereira em 2023 e no 2×2 contra o Atlético Mineiro em 2022.

Na Libertadores de 2024, este foi o seu 6º jogo, mostrando 31 cartões amarelos e um vermelho, e assinalando três penalidades máxima.

Análise técnica do trabalho do árbitro

Excelente trabalho do árbitro neste jogo. A desclassificação do Palmeiras não passou nem perto da atuação do árbitro. Se alguém tiver alguma restrição, seria com a benevolência que tratou a demora do goleiro do Botafogo em repor a bola em disputa nos tiros de meta.

Um item que cobramos dos árbitros brasileiros, utilizar o mesmo critério em suas decisões, foi feito por Facundo Tello. Assinalava ou deixava de assinalar os mesmos tipos de ações. No único lance polêmico do jogo, o gol anulado de Gustavo Gómez, do local não é possível ter certeza se houve o toque, mesmo com a imagem do VAR.

Como foi revisto pelo arbitro, a pedido do VAR, e foi marcado o toque, vamos entender que realmente ocorreu. Mas como a bola bateu na mão do atacante e ele mesmo fez o gol, este deve ser anulado, conforme orientações da FIFA.

Esta situação está detalhada no post 3vv.com.br/novo/mao-na-bola-ou-bola-na-mao/

de 14/02/2022; mas fazendo um “spoiller”, se a bola toca na mão, involuntariamente, vai para um companheiro que faz o gol, este deve ser validado, que efetivamente não ocorreu nesta situação.

AVALIAÇÃO: 9,0

Disciplina

Foram assinaladas 29 faltas durante o jogo, 12 contra o Palmeiras e 17 contra o Botafogo.

Mostrou seis cartões durante o jogo, um para o jogador do Palmeiras Richard Ríos, e cinco para a equipe do Botafogo. Discreto na manutenção da disciplina do jogo. Puniu com acerto.

AVALIAÇÃO: 9,0

Controle de tempo

Acresceu três minutos no primeiro tempo.

No segundo tempo foram acrescidos cinco minutos. Neste item, o tempo de acréscimo poderia ser bem maior, em face ao retardamento de reposição de bola dos jogadores visitantes. Corroborando esta observação, vejam o tempo de bola rolando.

Tempo de Bola Rolando: 47’05” em 103’00” de tempo corrido

AVALIAÇÃO: 7,0

Assistentes

Ambos tiveram um bom trabalho, e assinalaram somente dois impedimentos e auxiliando o árbitro em marcações de faltas ocorridas em seu raio de ação.

VAR

A ação mais efetiva do VAR ocorreu no gol anulado do Palmeiras.

Conclusão

Conforme relatamos acima, foi um trabalho para nortear os árbitros brasileiros em como arbitrar um jogo, não querendo ser mais importante que o próprio, fazendo entender que os protagonistas do evento são os jogadores, não a arbitragem, que deve passar desapercebida.

Importante destacar como Facundo Tello usa do mesmo critério nas decisões durante o jogo, detalhe que estamos muito carentes no futebol brasileiro.

MÉDIA FINAL: 8,6

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