A Arbitragem de Leandro Pedro Vuaden

• 14/07/2022
• Palmeiras 2X1 São Paulo
• Árbitro­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­:  Leandro Pedro Vuaden
• Assitente 1: Rafael da Silva Alves
• Assistente 2: Michael Stanislau
• Árbitro VAR: Emerson de Almeida Ferreira

Leandro Vuaden.

Árbitro de 47 anos. Começou a apitar profissionalmente em 2001 e foi incluído no rol de árbitro internacional FIFA em 2009. Apareceu no cenário futebolístico nacional como um furacão, arbitrando no estilo europeu, deixando o jogo correr até o limite de falta ser cometida e com este estilo chamou atenção e foi incluído no quadro internacional.

Depois desta promoção, estagnou na carreira e seus trabalhos começaram a entrar em declínio, até perder o escudo máximo. Com o rebaixamento a árbitro local, aparentemente desleixou de vez na carreira e fez inúmeros trabalhos bem medíocres.

Neste ano já apitou 21 jogos, incluindo desta quarta-feira, aplicando 93 cartões amarelos e 3 vermelhos. No campeonato brasileiro apitou o jogo Coritiba 0 x 2 Palmeiras, com muito boa atuação. Para quem não lembra, foi o jogo do gás de pimenta.

JOGO

Infelizmente todos os temores que a torcida do Palmeiras tinha em relação ao trabalho do árbitro se confirmaram. Vou tentar passar aqui as sensações que tive, assistindo ao jogo no Allianz Parque, que se resume a alguns lances capitais, que acabaram determinando o resultado final da partida e consequente desclassificação do time.

• Pênalti em Dudu. O árbitro estava muito próximo do lance, com toda visão para tomar uma decisão correta. Na minha visão, o defensor do São Paulo levantou sua perna, fazendo uma alavanca, impedindo a passagem do jogador do Palmeiras. Pênalti claro não marcado.
• Pênalti marcado a favor do Palmeiras, e desperdiçado. Não consegui entender a não marcação imediata do tiro penal. O árbitro estava com a visão totalmente aberta, próximo ao lance irregular, visto ter ocorrido após um escanteio.
• Pênalti a favor do São Paulo. A impressão que tive, foi de uma disputa por espaço, com a bola próxima. Se houve alguma infração, foi do atacante, agarrando a bola com as mãos, sem que o árbitro houvesse interrompido o jogo.

INTERPRETAÇÃO DE FALTAS

Feito este adendo, vamos voltar ao árbitro. EExcetuando-se os lances acima detalhados, o árbitro, ao menos, não podemos negar, manteve um critério de deixar o jogo correr e não punir todo e qualquer contato físico, não dando a mínima atenção às reclamações dos jogadores. Manteve o critério durante todo o jogo

ACOMPANHAMENTO DAS JOGADAS

Apesar de estar em fase final da carreira, com 47 anos, acompanhou o jogo com boa proximidade. Árbitro experiente, usou os atalhos do campo para ficar próximo.

DISCIPLINA

Apresentou 3 cartões amarelos para o Palmeiras e 5 para o time do São Paulo e assinalou 16 e 12 faltas respectivamente.

RECUPERAÇÃO DE TEMPO

Foi acrescido 3 minutos no primeiro tempo, com bom discernimento. Porém, no segundo tempo, com as substituições, retardamento do jogo do São Paulo, querendo, claramente, levar o jogo para decisão por tiros penais, deu somente 5 minutos, não acrescentado nada a esta decisão inicial, visto ter o jogador do São Paulo se contundido, requerendo a entrada da equipe médica.

Outro detalhe: além de não acrescer o tempo de atendimento ao jogador do São Paulo, terminou o jogo em um contra-ataque promissor do Palmeiras, de maneira muito estranha, dando a impressão que queria, com todas suas forças levar o jogo para os penais.

ASSISTENTES

Os assistentes não marcaram nenhum impedimento durante o jogo, e se limitaram a “carimbar” as decisões do árbitro. Traduzindo, levantavam seu instrumento de trabalho somente depois que o árbitro interrompia o jogo e sinalizava sua decisão.

VAR

Vamos dar ênfase a atuação do VAR.

O atual presidente da Comissão de arbitragem da CBF, logo em sua posse, disse que iria modificar a atuação do VAR, que se intrometia demais no andamento do jogo, querendo apitar o jogo da cabine.

Orientação mais que louvável, pois os árbitros estavam usando o VAR como muleta para sua falta de capacidade.

Porém, neste jogo, o VAR usou de dois pesos e duas medidas, pois no pênalti ocorrido sobre o atacante Dudu, ele, “VAR”, ficou como um vaso enfeitando a paisagem, seguindo a orientação superior, e não sugeriu ao árbitro a revisão do lance.

Todavia, no lance do atacante do São Paulo, que foi muito mais sutil, foi rápido em sugerir a revisão e consequentemente a penalidade foi marcada.

Ou seja, dois pesos e duas medidas, com interferência direta no resultado do jogo.

CONCLUINDO

Foi uma arbitragem desastrosa e danosa para o Palmeiras, que levou o time à eliminação.

Este tipo de arbitragem mina e inutiliza todo o custo de um trabalho feito com seriedade e planejamento de um clube e infelizmente vemos estas arbitragens tendenciosas, medíocres e sem qualidade ocorrendo em diversos jogos nos campeonatos no Brasil.

É necessário, e urgentemente, rever os conceitos e filosofia de orientação e formação dos árbitros sob tutela da Confederação Brasileira de Futebol e assim termos jogos arbitrados com mais justiça, qualificação e seriedade, respeitando o sacrifício e investimento dos clubes, para ter espetáculos mais atraentes para o público e desta maneira aumentar a frequência de torcedores nos estádios.