A Corneta do Cunio – Panetones em setembro
Fanáticos alviverdes, parece às vezes que a minha humilde CORNETA soa
como um apitinho de língua-de-sogra. Se eu pudesse fazer o alcance dela ser em
dolby estéreo na orelha de quem merece, ficaria muito mais feliz, com certeza.
Há poucas semanas desci a lenha aqui naqueles torcedores, que se dizem
torcedores, e na verdade vão ao Palestra ou para ficar xingando jogador já no
hino nacional, ou para arrumar confusão. Porém, infelizmente, em minha última
andança pelo nosso querido estádio, tive a oportunidade de me deparar com um
outro tipo de cidadão que lá está frequentando, o qual eu preferiria
sinceramente que ficasse em casa, para não dizer que fosse para outro lugar.
Desde o advento do chamado SETOR VISA, o qual tomou o mais nobre pedaço
da arquibancada, antes destinado aos chamados “uniformizados”, mas que na
verdade contemplava a maior parte da “massa” palmeirense, este local se tornou
o cantinho da discórdia. Por ser um setor destinado a ações promocionais dos
patrocinadores e exclusivamente para compras via cartão de crédito e pela
internet, por mais populares que estes dois instrumentos tenham se
transformado, ainda assim este abriga uma considerável “elite” de nossa
torcida, se comparada com a média dos torcedores comuns. Não vou nem comentar o
preço aqui, que é bem salgado até para o bolso de um bom assalariado.
Até aí, nada de ruim. Graças a Deus nossa torcida congrega como poucas
todas as classes sociais, raças e credos. O que me indignou e espantou nesta
minha última visita a este setor, bem no último jogo contra o Patético-PR, foi
o surgimento de uma nova estirpe de torcedor. Tão difícil de qualificá-lo, mais
ainda de criar algum pseudônimo. Mas vou relembrar meus tempos de faculdade e
denominá-los simplesmente de COXINHAS.
Não me perguntem a origem do apelido. A única coisa que sei é que ele se
encaixa bem com a descrição deste torcedor que está poluindo nossas
arquibancadas. Em geral, é metido. Acha que por estar no lugar mais caro do
estádio, pode tudo. Falar o que quiser, xingar quem quer que seja, entrar e
sair a hora que bem entende. Para piorar, carregam uma renca de crianças junto
com eles, dando a estas pequenas vítimas o péssimo exemplo de como se portar em
locais públicos.
Mas o que mais me chamou a atenção, além das reclamações tradicionais já
ouvidas até aqui no 3VV de que é um setor que não canta, não vibra e não
empurra o time, simplesmente protagonizou uma DEBANDADA aos 40 minutos do
segundo tempo, quando estávamos tomando uma pressão adversária incrível e quase
cedendo o empate. Olhei para os lados e me deparei com uma evasão. Perguntei
aos que me acompanhavam: “Será que o jogo terminou e eu não percebi?”. Não.
Aqueles cidadãos, que ocupam o lugar mais nobre de nossa torcida, estavam ABANDONANDO
o nosso time em campo, no momento em que mais precisávamos deles. Podem me
chamar de romântico, sentimentalista, mas levantar e ir embora nos momentos
cruciais de um jogo importantíssimo para nós, no mínimo é falta de vergonha na
cara. São estes os palmeirenses que nós defendemos aqui? São estes aqueles que
fazem exigências? São para estes que vamos empenhar milhões na Arena? Ou
estamos falando do roto e criando um torcedor rasgadamente igual ao do nosso
vizinho de muro?
Sinceramente, se fosse para ser assim, prefereria deixar este setor
embaixo do placar eletrônico. Ou melhor: na sala de casa, assistindo
pay-per-view. Que soem as CORNETAS nas orelhas dos que criaram este modelo
nefasto de torcedor. E uma CORNETA “off-topic” para aqueles que vendem panetone
em setembro. Ambos, execráveis.
Comments (22)
Alberto Cunio
Caraca, Barretta, EU coxinha? Essa não entendi…hehehe. Um abraço!
Marco Túlio de Vasconcelos Dias
Pow no Visa a gnt nao pode cantar….
giuseppe barretta
Cunio, acho que vc está muito amargo, está até parecendo um “torcedor coxinha”.Eu sou frequentador assiduo do Setor Visa e acho ótimo.Posso comprar o ingresso com antecedência,escolher o lugar e te-lo à minha disposição sem ter que brigar com niguem que ocupou o lugar indevidamente, pagar com c/credito, etc. e tal. Quanto ao “torcedor coxinha” ele não é privilegio do Setor Visa, parece que está se tornando uma caracteristica do torcedor palmeirense,Eu tenho vários amigos tpalmeirenses e eles reclamam até das vitorias.Talves essa caracteristica seja reflexo do tratamento que a imprenssa dá ao Palmeiras,a maioria dos torcedores são meros repetidores do que ouvem ou leem pela imprenssa.Os gambás nada mais fazem doque assumir o comportamento que lhe é atribuido pela imprenssa, e lá vão eles todos “fieis”.Jpa que a imprenssa convencional não colara mesmo, talvez as mídias palestrina devessem assumir esse papel e exortar ,sistematicamente, o palmeirense a se tornar um torcedor mais apaixonado e vibramente e menos pasteurizado e critico.
Rodrigo Bucciolli Pereira
Valeu Cunio, parabéns pela coluna e ao 3vv também por dar espaço para colocarmos nossas opiniões.
E tem gente vendendo panetone o ano inteiro! hehe
Marco Túlio de Vasconcelos Dias
Esse tipo ‘novo’ de torcedor deveria ser misturado junto com o tradicional ‘amendoim’ e com o ‘castanha-de-caju’ e ser expulso do Palestra. Os caras vão ao PALESTRA pra tudo, menos pra torcer !!
Alberto Cunio
Bucciolli, antes de mais nada o espaço aqui é livre e você pode se alongar o quanto quiser. Aqui é Palmeiras, meu amigo e vocë É Palmeiras.
Entendo bem sua posição e concordo que o Setor VISA é extremamente importante no quesito arrecadação, promoções, etc. Não acredita que haja possibilidade da Arena se transformar num imenso SETOR VISA, até mesmo porque isso seria burro e inviável. O perfil de torcedores é heterogêneo e nós não torcemos para o Dallas Cowboys, como mostrou o Claudio hoje no seu excelente post. Ou seja, este risco é pequeno. Apenas acho que deveriam na nova Arena dar um lugar menos relavante (não menos nobre) para estes torcedores, deixando os lugares onde a pressão sobre o adversário se faz maior com a torcida que empurra o time. Dá para fazer isso sim.
Um abraço e obrigado pelo comentário!
Rodrigo Bucciolli Pereira
Acho que a criação do setor Visa foi uma idéia inteligente, importante tanto para gerar uma receita de bilheteria maior, como para dar uma opção para o torcedor ter mais comodidade, desde que esteja disposto a pagar por este conforto. Quem não gosta de assistir o jogo sentado, e não tem paciência com os corneteiros insuportáveis tem a arquibancada como opção, com um preço mais acessível e sem tanta chatice como no Visa. Quem preferir (e puder) pagar para comprar o ingresso sem pegar fila na bilheteria e ter seu lugar numerado e reservado que o faça.
Pelo menos deveria ser assim, mas acho que não é essa a intenção da diretoria do Palmeiras. Parece que estão somente preocupados com a arrecadação e estão se esquecendo da importância da torcida para que o fator campo seja um diferencial. 40 reais já não é um preço popular, e a tendência é aumentar ainda mais. Se hoje está nesse preço, quanto vai custar um lugar mais barato quando a Arena estiver pronta?
Com o ingresso cada vez mais caro, esse novo público estilo Visa será cada vez mais frequente no estádio. Temo até que seja a totalidade da torcida no futuro, pois se o Palmeiras se preocupar apenas com a arrecadação, e não tiver uma parcela de ingressos vendidos a um preço mais razoável, teremos um “setor Visa” no estádio inteiro. Já pensaram? O estádio inteiro assistindo ao jogo, e se manifestando apenas para xingar, e só quando (e se) o time fizer gol? Se esse público sai do estádio aos 40 minutos num jogo como aquele contra o Patético PR, só para pegarem seus carros primeiro que todo mundo no estacionamento e chegar em casa mais rápido, sem se importar se o Palmeiras vai segurar a vitória ou não, imaginem então se por ventura o time vai mal num campeonato, brigando por posições intermediárias. Esses torcedores vão dar a cara no estádio? Acho que vão procurar cinema, shopping, qualquer coisa que seja um simples passatempo mais interessante do que ver um time que não está na sua melhor fase.
Claro que hoje em dia um time da grandeza do Palmeiras tem que buscar formas de arrecadar o máximo possível de dinheiro. A bilheteria é importante nas receitas do clube. Mas acho que a coisa tem que ser pensada não só do ponto de vista financeiro, e sim que sejam considerados outros aspectos importantes, como o ambiente do estádio quando se joga em casa por exemplo.
Desculpem por ter me alongado tanto no comentário.
Jobert Leite
No inicio achava interessante o setor, hoje tenho muitas duvidas. Receio ter sido um tiro no pé. O lugar é caro, eletista ( so quem tem visa pode ir), ocupa o melhor lugar do estadio, nunca fica cheio, não canta nem vibra e tambem receio nao fazer nossa torcida crescer. O que faz de verdade a gente torcer é ir ao estadio e esta dificil levar nossos filhos, sobrinhos ao estadio que tem o ticket mais caro dos times de Sao Paulo
Tenho muitas duvidas sobre essa estrategia.
Olhem para o estadio e vejam o espaço dos melhores lugares, qual a porcentagem que ocupam e quanto custa.
Raul Ricardi
Cunio,
Acho que muito da vibração dos torcedores passa pelo time.Se na época em que a Arena for inaugurada nosso time for bom, com jogadores do tipo de um Alex ou Valdivia, penso que teremos uma grande caldeirão, mas se o time for mais ou menos, sem grandes jogadores a tendência é um estádio frio e sem vibração.
Nossa cultura futebolística é diferente dos argentinos, por exemplo que cantam o tempo inteiro, sem saber se o time esta jogando bem ou não, lá eles vibram o tempo todo.
Já aqui é diferente, é o time que faz a torcida cantar e vibrar e não o contrário. Sinceramente prefiro aqui, não sou daqueles que vão ao estádio para gritar o tempo todo, vou sim para assistir o jogo, ver a performance do time e por isso entendo aqueles que se irritam com torcedors que querem ver os jogos de pé.
Sou do tempo em que se via o jogo sentado e somente no intervalo se levantava,os tempos mudaram bastante…
Alberto Cunio
Pois é, grande parte dos comentários falam que com a Arena a tendência é piorar. Só que apesar do sensacional aumento esperado de receita, não podemos fazer um local de mando de jogo que se torne neutro. Isso seria o fim da picada. A Arena DEVE ser um local que ajude o Palmeiras a ganhar títulos. Senão estamos desmontando o Palestra para fazer uma igreja. Concordo que todos tem o direito de ir ao jogo e torcer como quiserem. Mas detestaria que o preço pago por isso fosse um estádio sem força e brio.
Eduardo Forastiero
Poooxa mas que insensibilidade. A rapaziada só queria garantir uma boa mesa no Outback para a criançada. Tem que impressionar os sobrinhos e os amiguinhos dos filhos né?!
A sua descrição de coxinha me pareceu mto semelhante a descrição da torcida de um certo time por aí que ganhou um jogaço, de forma sensacional mas por nao ter assumido a liderança, nao conseguiu q seus torcedores saissem as ruas demonstrando seu orgulho (eu nao vi nenhum bambi nas ruas desde a vitoria deles com 2 a menos)
Lucélia Batista de Almeida
É…setor Visa e o seu lado feio do marketing.
JOSELITO LUIZ GONÇALVES
Será que ele não é bambi????? Coxinha?
João Gomes Yzquierdo Neto
Acho que este tipo de torcedor está presente nas torcidas de todos os clubes, com variação no percentual. Só espero que no caso da nossa torcida, eles nunca se tornem maioria.
Felipe Ciol
Pra mim, no começo, o Setor Visa havia caido do céu. Eu moro em Americana e preferia pagar mais caro no Visa do que jogar dinheiro na mãos dos malditos cambistas. Sem contar a comodidade de poder chegar em cima da hora e ainda ter o lugar reservado.
Porem, depois de vários jogos la, realmente, prefiro ver em um bar com amigos do que no Visa.
Enquanto voce ta torcendo pro seu time, tem um monte de babacas pedindo pra voce sentar. São os que sentam e levantam a cada lance. A bola no campo de ataque, eles levantam. A bola no campo de defesa, eles sentam. Chingam! Chingam o jogo todo, todos os jogadores, e não batem palma. “vamos sentar, vamos sentar…” as vezes acho que é o novo grito de guerra pra empurrar o nosso Palestra…
Infelizmente, o setor visa traz uma torcida meio que lembrando a torcida dos bambis…
Marco Freitas
Cunio, o campeonato brasileiro está cada vez mais competitivo e equilibrado, e o apoio incondicional da torcida num cenário como esse pode sim fazer a diferença. Com essa tendência, que me parece irreversível, de trazer cada vez mais esse público para o Palestra, com o tempo vamos perder essa força e isso me preocupa.
Alvaro G Mucida
Eu concordo com o Arthur, temos que nos acostumar com essa nova realidade. É natural que aqueles mais fanáticos fiquem meio irritados e inconformados com aqueles que não vibram, que abandonam um jogo dramático antes do final, que não percebem que o Danilo estava jogando até 20min do 2o tempo (como escreveu o parmerista), que não querem se levantar num momento de emoção e por aí vai. Por outro lado, o Palmeiras não pode se dar ao luxo de abrir mão das receitas que esses torcedores trazem e com a Arena nao ha como evitar que esses torcedores estejam presentes em numero consideravel.
Alguns palmeirenses se comportam como bambis? Claro, isso acontece em qualquer torcida. A diferenca eh que a nossa torcida, na media, eh muito mais apaixonada.
Eu acho justo que quanto mais “fanatico” o torcedor, mais prioridade ele tenha para adquirir seu ingresso (o socio-torcedor, por exemplo, ajudara a fazer justica nesse sentido).
Por outro lado, o cara que nao eh tao fanatico assim mas que quer ir no jogo apenas como um passatempo tambem tem direito, afinal, o cara pagou o ingresso e deu o seu quinhao para contribuir com o time. As vezes irrita? Verdade. Mas nao acho que tenhamos que aliena-lo. Quem sabe seu filho nao sentira aquela faisca de paixao ao ver o time no estadio e nao se tornara um grande torcedor no futuro?
Arthur Azevedo Ribeiro
Depois daquele jogo contra o Grêmio ano passado, nunca mais vou nesse Visa… Primeiro, porque eu que odeio ver o jogo sentado e lá num tem jeito, por causa disso nesse dia quase arrumei briga. Fui obrigado a ir no Visa pois vinha um colega Palmeirense meu que mora fora, por isso comprei o ingresso bem antes pra garantir. Verdade seja dita a maneira de compra do ingresso no setor Visa já é de Primeiro Mundo.
Nesse jogo, a quase briga saiu porque na hora que o Marcos saiu da área com 28 minutos do segundo tempo, eu num aguentava mais, tamanha era a tensão, estavamos perdendo o jogo e a chance do titulo…e olhando o povo ao redor parecia que eu estava em um cinema a céu aberto, todos sentados, confortaveis, vendo um drama ao vivo… foi lamentável, lamentável mesmo, mais fazer o q..?
Não são fanáticos como eu, mas são Palmeirenses também… Discordo mais uma vez das críticas do Cunio… Não é o Setor Visa, nem são eles que fazem o Palmeiras perder, ganhar jogos ou títulos etc… Ao contrário, eles ajudam a enriquecer o Palmeiras, só lamento o fato de não se entregarem ao jogo, e não terem as emoções tão afloradas pelo Palestra como a maioria daqui… e o q se pode fazer..? nada..!
Vamos nos acostumar e é bom se acostumar mesmo Cunio, pois na Arena, estaremos mais pra um estadio de setor Visa gigante do que de uma arquibancada que canta e vibra…
É a realidade, a Arena vai ser maravilhosa em termos de receita, comodidade, segurança etc… Mas iremos perder a força da arquibancada… Como já perdemos 50% depois da inauguração desse setor. Pois essa sim tem papel importante nos 90 minutos… a arquibancada faz alguma diferença sim…
Abs
Diego Caio Terense Peressinotto
Que todos ajudem… independente do setor que fique ou da classe social. Palmeiras Campeão Brasileiro 15 anos depois.
O verdadeiro campeão voltou.
Forza Palestra!!!
Alberto Cunio
Zambon, prefiro também acreditar que há salvação para o Setor Visa. Talvez a história da música unificada para empurrar o time ajude. Mas, como disse o Raul acima, infelizmente temos que conviver com duas torcidas em uma. E que todas ajudem o Verdão.
Marcio Zambon
Sei que pode parecer meio babaca, mas como esses neo-torcedores são meio nerds em matéria de futebol, por que a diretoria não distribui um panfleto na entrada do setor ou não passa um vídeo nas TVs do lounge? Não precisa criticar ninguém, mas mostrar como é importante o apoio constante ao time. Pode até citar/mostrar exemplos de torcidas de outros países, que não param de empurrar o time em nenhuma circunstância e o levam a vitórias que pareciam impossíveis. Enfim, acho que ainda há “salvação” para o setor Visa.
Raul Ricardi
Cunio,
Concordo que estes COXINHAS são duros de aguentar, mas como vc mesmo disse, este é o setor mais caro do estádio e devido a isso,eles estão gerando receitas importantes para nosso QUEBRADO Verdão.
Fui neste setor por duas ou tres vezes no máximo e me senti bem até começar o jogo, quando realmente estes pseudo palmeirenses começam a falar e xingar quem estiver com a bola.
Mas penso que eles são fruto de uma mutação do palmeirense normal que por obra da natureza já nasce crítico ao extremo, me lembro que quase arrumei uma encrenca feia no jogo contra o Nacional na Libertadores deste ano, mas estava na arquibancada, ou seja, este tipo de torcedor tem no Palestra todo, infelizmente não há como fugir.
Estes caras torcem para o Palmeiras até nós tomarmos um gol, ou perdermos alguma partida.Daí para frente se tornam inimigos e sempre vêm com aquele comentário: SEU TIME HEIN!!! NÃO GANHA DE NINGUÉM!!!
São Palmeirenses só na vitória, bem diferente de nós que amamos o clube em todos os momentos, sem nos furtarmos de alguma críticas construtivas que são muito necessárias.
Temos duas torcidas dentro de uma só, uma que é apaixonada e torce sempre a favor, e outra que torce dependendo dos resultados, fazer o que???
Abraço!!