Ainda o VAR, ainda o Vuaden, ainda a Copa do Brasil
Por Oiti Cipriani
A partida entre Palmeiras x São Paulo, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, terminou na última quinta-feira, 14/7, por volta de 22:30 no campo de jogo.
Porém continua rendendo assunto até hoje, e continuará na memória dos palmeirenses, como o gol de cabeça de Leivinha, em 1971, anulado pelo então árbitro Armando Marques, alegando ter sido com a utilização das mãos.
Este jogo terá o mesmo diapasão e também continuará sendo falado por muito tempo.
Isto se deve a atuação do VAR, assinalando um tiro penal contra o Palmeiras, que gerou e está gerando muitas controvérsias. A divulgação do áudio (pela demora, será que não foi devida e convenientemente editado?) do dialogo mantido entre os árbitros integrantes do VAR e o árbitro central Leandro Vuaden, onde o VAR, que é um instrumento de apoio, “convence” o árbitro principal que houve pênalti, cometido pelo defensor do Palmeiras sobre o atacante do São Paulo.
A revolta dos palmeirenses está se dando pela aparente, repito, aparente posição de impedimento do atacante na origem da jogada e não foi revisto e analisado, traçando as linhas que provam ou não, que o atacante recebeu a bola fora de condições de jogo.
Ouvindo o áudio, não dá para identificar as vozes, mas vamos reproduzir aqui suas falas, e colocar as três dúvidas geradas pelo lance:
1) Quando o lançamento do campo de defesa do São Paulo para o ataque, ouve-se uma voz dizer claramente a palavra “ajustado”. Esta palavra indica que o atacante está na posição limite de impedimento, então, obrigatoriamente linhas deveriam ser traçadas, e não o foram;
2) Outra frase que foi dita: “checando possível mão do atacante“. Este ato foi totalmente ignorado na sequência da checagem. E não foi mostrada nenhuma câmera mostrando o jogador atacante de frente;
3) Na câmara de trás, vê-se nitidamente o atacante antes da disputa por espaço, puxando a camisa do defensor e o árbitro de vídeo ignorou solenemente a infração, que anularia a hipótese de pênalti.
Já colocamos, em várias postagens anteriores, o protocolo de atuação do VAR, mas não custa repetir, para ficar calcada na memória de todos que acompanham e são apaixonados por este esporte chamado futebol:
“A decisão original dada pelo árbitro não será alterada a menos que a revisão do vídeo mostre claramente que a decisão foi um ‘erro claro e óbvio’.”
Esclarecemos que erros cometidos pela atuação do VAR não são objetos de anulação da partida, como estão pretendendo alguns torcedores.
No caso do pênalti assinalado, o árbitro estava muito próximo do desenvolvimento do lance, e o considerou como normal, e como postado na análise do jogo, foi uma disputa de espaço, e não teve nada de erro claro e óbvio, na situação ocorrida.
A atuação do árbitro do VAR foi tão desproporcional à letra do protocolo acima enunciado, que todos os componentes do VAR no jogo foram afastados. Causa espanto, o árbitro principal que participou da farsa não ter sido também afastado preventivamente, pois, afinal a decisão final é sempre dele (lembramos do jogo final do Campeonato Paulista, entre estes mesmos dois times, que o árbitro Raphael Klaus foi chamado para anular o segundo gol do Palmeiras e rejeitou a interferência do árbitro de vídeo, confirmando-o).
Fazendo uma constatação … em câmera lenta e/ou imagem frisada, até um beijo na pessoa amada pode ser considerada agressiva e julgada erroneamente, e o futebol, com todo o dinheiro envolvido, onde milhões são aplicados em campos de treinamento, pagamentos astronômicos em jogadores e equipes técnicas, não pode ficar à mercê de erros e interferências de pessoas com capacidade duvidosa de conhecimento, treinamento e profissionalização.
Para minimizar erros de avaliação ou decisões equivocadas, na Premier League da Inglaterra, foi investido muito dinheiro e as bolas possuem um chip que mostra, através de um relógio no pulso do árbitro, se a bola ultrapassou inteiramente a linha de gol ou não, e não ficam dependendo de imagens, muitas vezes sem clara definição por localização de equipamentos, ou do posicionamento do árbitro assistente, que está postado a 35 metros da ocorrência.
Está ainda sendo estudado o desenvolvimento, para colocar em prática a utilização de aparato eletrônico, que determinará se um jogador estará em posição de impedimento ou não, e neste caso a linhas não terão as dúvidas de que os humanos que a estão operando.
Este aparato aludido não será muito barato, mas pelos valores envolvidos no “negócio” chamado futebol, acabará compensando pelo seu custo benefício.
Concluindo, vamos aguardar o desenrolar da situação, pois a interferência de uma pessoa despreparada para a função, vai causar um enorme prejuízo esportivo financeiro ao clube prejudicado. Antes que venham falar que isto é choro de time perdedor, trata-se primeiramente de lisura e justiça em um jogo que envolve paixão de milhões de pessoas e prejuízos a investimentos de instituições e patrocinadores.
Comments (3)
Porco Nervoso
O audio liberado do VAR causa náuseas.
Aroni
E no Palmeiras 🤫 psiu! Nenhuma manifestação 🤐 Êta eliminação boa, hein? Foco no Brasileirão, COM TIME TITULAR (como apenas os “cornetas” cobraram já na derrota para o Ceará), pois é um tíulo inédito para Sociedade Esportiva Abel Ferreira.
Marcelo Pacheco
Perfeito. Mas precisamos dar um basta nisso e recorrer à Justiça