Análise arbitragem Fernando Rapallini SEP 0x0 CAM

Por Oiti Cipriani

  • PALMEIRAS 0X0 ATLETICO MG
  • Data: 09/08/2023
  • Libertadores da América 2023, 8as de final, partida 2
  • Árbitro: Fernando Rapallini (ARG)
  • Assistente 1:  Juan Belatti (ARG)
  • Assistente 2: Facundo Rodriguez (ARG)
  • Quarto árbitro: Pablo Echavarria (ARG)
  • VAR: Jorge Baliño (ARG)

Árbitro

Crédito Divulgação SEP; foto de Cesar Greco, by Canon

Em 2011, Rapallini começou a arbitrar a Primera División Argentina. Sua primeira partida como árbitro foi em 19 de junho de 2011 entre Godoy Cruz x All Boys. Em 2014, ele foi incluído na lista de árbitros da FIFA. Ele oficiou sua primeira partida internacional sênior em 5 de junho de 2015 entre Chile e El Salvador.

Como parte de um programa de intercâmbio de árbitros entre a Conmebol e UEFA, Rapallini foi selecionado em 21 de abril de 2021 como árbitro para o UEFA Euro 2020, realizada em junho e julho de 2021. Foi a primeira vez que um árbitro sul-americano foi escolhido para apitar o Campeonato da Europa. Na fase de grupos, foi árbitro do jogo Ucrânia-Norte da Macedônia, dia 17 de julho de 2021, na Arena Nacional de Bucareste.

Foi também árbitro de video (VAR) da final da Libertadores 2020 entre Palmeiras x Santos.

Análise do trabalho do árbitro

O árbitro, com 1 minuto de jogo entendeu como atitude temerária a entrada de Gabriel Menino e apresentou cartão amarelo. Não é usual os árbitros pendurarem um jogador com pouco tempo de jogo como foi nesta situação, mas a atuação dele foi correta, foi uma ação acima do tom.

Porém, posteriormente, em jogadas semelhantes não o fez, como logo na sequência, em jogada individual de Zé Rafael, parada com falta, com a mesma proporção do cartão mostrado, com a agravante de ter interrompido um ataque promissor, quase na entrada da área.

Após esta situação, teve um critério igualitário. Aparentemente no livro de regras deste árbitro, empurrões não existe e não deve ser punido. Ocorreram vários, contra e a favor de ambos os times, ignorados totalmente. Foi marcar o primeiro empurrão quase ao final do segundo tempo sobre o atacante Hulk.

A arbitragem não foi clara em suas decisões, mas manteve um critério, mesmo ignorando algumas situações da regra de futebol.

O Atlético reclamou muito de um pênalti, onde a bola rebateu em um jogador de defesa e no retorno em direção a fora da área, tocou no braço de Gabriel Menino. A própria regra determina que nesta situação não deve ser marcada penalidade, considerando ser uma de rebote e o braço estar em posição natural. Também não houve pênalti reclamado pela torcida em Rony, no primeiro tempo.

Disciplina

Mostrou seis cartões durante o jogo, quatro para jogadores do Palmeiras, todos por atitude temerária, todos corretos, sem contestação. Para o Atlético foram dois, um por atitude temerária e outro por reclamação.

Foram assinaladas 29 faltas, 12 contra o Palmeiras e 17 contra o Atlético. Aqui cabe um reparo na falta de critério do árbitro, na distribuição de cartões: várias faltas do Atlético foram acima do tom e não teve a mesma rigidez do árbitro.

Controle de tempo

Acresceu três minutos no primeiro tempo; muito econômico, pois houve entrada de equipe médica em campo, substituição e retardamento de reposição de bola da equipe do Palmeiras.

No segundo tempo foram acrescidos seis minutos, onde foi coerente, pelas substituições, e pela confusão após a não marcação de tiro penal reclamada pelo time mineiro.

Assistentes

O Assistente número 1 foi substituído antes do início do jogo, por ter se sentido mal e desta maneira o Assistente 2 passou a ser o número 1 e o quarto árbitro passou a ser o Assistente 2.

No jogo, o Assistente 1 inverteu um lateral na sua frente e em dois escanteios ficou na dúvida, aguardando a decisão do árbitro. Este parece ter o habito de “carimbar” marcação do árbitro.

O Assistente 2 (que era 4º arbitro) não comprometeu o trabalho.

Ambos tiveram um trabalho protocolar dentro da média.

VAR

Foi consultado no pênalti reclamado e corroborou a decisão de campo, Se ocorreram mais consultas, foram muito discretas e não pode-se perceber,

Conclusão

Conforme relatamos acima, teve seu trabalho foi de mediano para bom, excetuando-se o critério nas punições disciplinares. Uma nota 7 reflete bem o trabalho executado.

***

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Comments (2)

  1. O Rony levou um totozinho na sola da chuteira por trás, antes do zagueiro dar um chutão pra escanteio.
    Como foi muito sutil, o juiz e o VAR preferiram não marcar…

  2. Palmeiras 0x0 Atlético: jogo duro, classificação merecida –

    […] NotíciasOsservatorio Arbitrale […]

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