Análise da arbitragem de Andrés Mantone CER 0x3 Palmeiras

Por Oiti Cipriani

CERRO PORTEÑO 0 X 3 PALMEIRAS  

  • Copa Libertadores da América
  • Data: 24/03/2023
  • Árbitro: Andrés Matonte (Fifa/URU)
  • Assistente 1: Nicolas Taran (URU)
  • Assistente 2: Martín Soppi (URU)
  • Quarto árbitro: José Argote (VEN)
  • VAR: Andrés Cunha (URU)

Árbitro

Crédito Divulgação SEP; foto de Cesar Greco, by Canon

Andrés Matías Matonte Cabrera é um árbitro internacional de futebol uruguaio, que que tem como profissão professor de educação física, nascido em 30 de março de 1988 (idade 35 anos) em Montevidéu, Uruguai.

Depois de iniciar sua formação em arbitragem com 20 anos de idade, em 2017 debutou no Campeonato Uruguaio de Futebol, no empate 0-0 entre Fénix e River Plate.

Desde 2019 é árbitro internacional FIFA, e tem atuado em torneios como os Sul-americanos Sub-15 e Sub-17 de 2019. Atuou ainda no Pré-olímpico Conmebol 2020, na Copa Árabe da FIFA 2021, e nas Eliminatórias Sul-americanas rumo ao Catar 2022. 

Graças a seu desempenho nas competições internacionais, foi escolhido para compor o quadro de árbitros centrais da Copa do Mundo do Qatar. 

Em 2023, nos diversos campeonatos, arbitrou 19 jogos, apresentando 102 cartões amarelos e 5 vermelhos, incluindo este jogo, objeto de análise.

Análise do trabalho do árbitro

Vimos no transcorrer do jogo ser um árbitro que não assinala qualquer contato físico e deixa o jogo correr com rédeas soltas. Então, com esse critério, utilizado deixou de marcar diversas faltas, que deveriam ser punidas pelas regras vigentes e não o foram. Por outro lado, faltas menores ora assinalava, ora deixava passar, mostrando total falta de critérios.

Não teve influência no marcador final, visto a diferença técnica entre os times ser muito grande. Participou de situação um tanto quanto inusitada em jogos, em uma falta a favor do time paraguaio, mostrou que só deveria ser cobrada após o apito (ato de levantar o apito para o alto, indicando que somente após sua autorização). Esta falta foi cobrada e convertida em gol, com os jogadores do Palmeiras formando a barreira de proteção e o gol foi anulado acertadamente.

Disciplina

Assinalou 12 faltas do time paraguaio e 16 do time brasileiro. Mostrou 6 cartões durante o jogo, com 2 amarelos e 1 vermelho para cada equipe. Neste quesito, teve uma atuação muito fraca.

Para a expulsão do jogador Baez do Cerro, estava próximo do lance, em jogada clara de “jogo brusco grave” e mostrou somente cartão amarelo.

Alertado pelo VAR, foi ao monitor e, pela sua expressão corporal, relutou muito em aceitar as ponderações, mas acabou aceitando-as, mesmo sendo a entrada por cima da bola e cancelou o amarelo e mostrou o vermelho.

Depois, para comprovar que a primeira expulsão foi contra sua vontade, de maneira ridícula, para compensar, expulsou o jogador Richard Ríos do Palmeiras, em que foi empurrado, e para manter o equilíbrio, jogou o braço para trás e o jogador adversário simulou ser agredido. O jogador palmeirense foi expulso, quando um cartão amarelo resolveria bem a questão.

Recuperação de tempo

Acresceu 4 minutos no primeiro tempo e 3 no segundo tempo. Pouco tempo de acréscimo, para um jogo com 28 faltas e expulsões, análise do VAR, substituições, entrada de equipe médica, etc. 

Assistentes

Os assistentes tiveram um trabalho regular. O Assistente 2, informou um toque de mão do jogador Piquerez, que o árbitro estava com a visão encoberta e esta atuação gerou cartão amarelo para o jogador do time brasileiro.

Ambos tiveram um trabalho, aceitável.

VAR

Acertou na expulsão do jogador paraguaio e se omitiu na expulsão do jogador brasileiro.

Conclusão

Conforme relatamos acima seu trabalho não teve influência no resultado final, apesar das omissões e punições em jogadas semelhantes. Uma nota 5,5 reflete bem o trabalho executado.

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