Análise da arbitragem de Wilmar Roldán Palmeiras x Atlético
- Palmeiras 0(6) x (5)0 Atlético MG
- 10/08/2022 – 21:30– ALLIANZ PARQUE
- ÁRBITRO: Wilmar Roldan (COL)
- ASSISTENTE 1: Alexander Guzman (COL)
- ASSISTENTE 2: Wilmar Navarro (COL)
- QUARTO ÁRBITRO: Carlos Ortega (COL)
- VAR: Julio Bacuñan (CHI)
Por Oiti Cipriani
Os clubes de ponta do futebol, principalmente brasileiros, deveriam ter uma pessoa especializada em arbitragem, que orientasse e informasse aos jogadores qual o “modus operandi” de um árbitro, principalmente em relação à Copa Libertadores da América.
Os jogadores, habituados que estão com a arbitragem brasileira, quando jogam com arbitragem estrangeira, sempre se dão mal: por se lançarem ao chão em qualquer contato físico; ou reclamando do mesmo contato físico, que normalmente eles, árbitros de fora do pais, não marcam.
Alguns árbitros sul americanos até aceitam o diálogo com os jogadores, mas não aceitam, jamais, jogadas ou entradas mais bruscas, mais desleais, e não hesitam em alijarem do jogo o atleta mais viril ou desleal. Alguns árbitros escalados para este campeonato já são sobejamente conhecidos de todos que acompanham o futebol e mais especificamente a Taça Libertadores.
Então não tem o porquê de se surpreender com as decisões e punições por eles aplicadas (relembrem a expulsão de Felipe Melo, aos 3 minutos de jogo, contra o Cerro Porteño em 2018).
O Jogo
No jogo desta quarta-feira, as atitudes e decisões do árbitro Wilmar Roldan não foram diferentes do preâmbulo acima descrito. Deixou o jogo correr, com contatos físicos, que aqui no Brasil os árbitros marcam ou quando deixam de marcar não tem critério igual mantido, ora marcam, ora não marcam em jogadas rigorosamente iguais, e o condutor deste jogo, manteve o critério de jogadas iguais, punições ou marcações iguais.
Como árbitro experiente que é (arbitro internacional FIFA desde 2008), “cortava caminhos” no campo e estava sempre próximo da jogada.
Na parte técnica fez um excelente trabalho, como era de se esperar de um profissional deste quilate.
Disciplina
Puniu com 2 cartões amarelos o time do Palmeiras e com 6 o time do Atlético, assinalando 11 e 19 faltas respectivamente. Puniu com 2 cartões vermelhos para os atletas Danilo e Scarpa (Pal) e 1 para o atleta Vargas (Atl), com total justiça e correção as três expulsões, considerando-se que o atleta do time mineiro foi pelo segundo amarelo e para os jogadores do Palmeiras foram vermelhos direto.
NOTA: No jogo de ida, o árbitro Facundo Tello (Arg) assinalou 11 faltas para o Palmeiras e 23 para o Atlético, com aplicação de somente 2 cartões amarelos para o time mineiro. Curiosidade: o árbitro argentino da primeira partida tem uma média maior de aplicação de cartão que o árbitro desta quarta-feira em São Paulo – 5,7 contra 4,7.
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Recuperação de tempo
Acresceu 3 minutos no primeiro tempo e 5 minutos no segundo tempo, com correção (estes 5 minutos acrescidos, para a torcida palmeirense pareceu uma eternidade). Os presentes na Arena, reclamaram muito de o jogo ter sido encerrado em uma falta lateral, na intermediária, a favor da equipe alviverde.
Todavia, o árbitro tem poder discricionário de terminar o jogo quando o tempo determinado para acréscimo estiver acabado ou prolongá-lo, a seu critério. Excetuando-se em caso de cobrança de tiro penal, que obrigatoriamente tem que aguardar sua cobrança, no restante, o árbitro decide quando terminar ou prolongar.
Vamos lembrar uma situação para exemplificar que a decisão fica a critério do árbitro; em 2015, final da Copa do Brasil, no Allianz Parque, o árbitro Heber Roberto Lopes, encerrou o jogo rigorosamente aos 45 minutos do segundo tempo, sem qualquer acréscimo, para levar o jogo às penalidades para a decisão do campeonato (Gol final de Fernando Prass, dando o título para o Palmeiras).
Assistentes
Assinalaram 5 impedimentos durante todo o jogo, e mantiveram um trabalho de bom nível, bem entrosados com o árbitro central. O assistente 2 assinalou um impedimento do atleta Gustavo Gomes, bem ajustado, que na sequência foi reclamado pênalti do goleiro atleticano no jogador do Palmeiras, que deveria ter revisão do VAR e não foi solicitada e sequer proposta.
VAR
Teve ação preponderante na expulsão do atleta Danilo do Palmeiras, com total acerto. Poderia ter tomado a decisão de solicitar ao árbitro central aguardar para traçar a linha de impedimento no suposto pênalti acima aludido, mas isto não diminui o bom trabalho realizado.
Conclusão
Concluindo, em que pese as reclamações da torcida palmeirense, a equipe de arbitragem fez um bom trabalho, com decisões e punições acertadas. Árbitro sóbrio, sem gestual espalhafatoso, discreto. Para resumir, em uma avaliação numérica de 0/10, teria uma nota 8,5.
Comments (1)
Dilce Tiegui Baldo
Desculpe. Mas discordo em alguns pontos.
O veiga teve uma joelhada nas costas que pra mim foi falta e o juiz não anotou, o Escarpa e o Dudu foram caçados em campo com agarrões e nada de falta. Se tivesse tido cartão amarelo nessas faltas o joga se tornaria mais calmo e talvez não fosse necessário as espulsões.