Análise da arbitragem SEP 2×0 Inter Limeira

Por Oiti Cipriani

  • PALMEIRAS 2 X 0 INTERNACIONAL DE LIMEIRA
  • Data: 09/02/2023
  • Árbitra: Edina Alves Batista
  • Assistente 1: Neuza Inês Back
  • Assistente 2: Henrique Perinelli de Oliveira
  • Quarto árbitro: Rodrigo Gomes Paes Domingues
  • VAR: Vinícius Furlan

Análise do trabalho do árbitro

Divulgação SEP; crédito Cesar Greco by Canon

Quando saiu a escala este jogo pensei qual Edina eu veria no campo. Seria a Edina que fez um trabalho de excelência em fevereiro de 2020, no jogo Palmeiras x Santos ou seria a Edina que armou um picadeiro em pleno Allianz Parque em janeiro de 2023 no jogo Palmeiras x São Paulo.

Nenhuma das duas: foi uma Edina híbrida… nem aquela movida a nitrogênio de 2020 e nem aquela movida a carvão do mês de janeiro próximo passado.

Devemos ressaltar que ela não sofreu pressão de nenhuma área técnica. O técnico Abel Ferreira, diferente de seu modo elétrico, passou o jogo inteiro sentado no banco de reservas e o técnico Doriva, igualmente não reclamou.

Isto deveria facilitar a arbitragem e facilitou. Mas a árbitra novamente meteu os pés pelas mãos, com menos ênfase que no último jogo dela no Allianz Parque. Qual o motivo da crítica? Ela assinalou três tiros penais contra a equipe do interior. O segundo com interferência do VAR. E todos existiram, sem qualquer contestação.

  1. No primeiro penal, o jogador Endrick driblou o goleiro e estava com o gol a sua disposição, teve o pé agarrado por ele. Pênalti, mas … e o cartão? Nenhum. Fiquei tanto na dúvida se havia mudado as orientações, que do próprio local, consultei meu amigo Rafael Porcari, e ele disse que “não, continuava tudo como antes”.
  2. No segundo pênalti ela estava a 5 metros do lance, e não viu o carrinho do defensor no Endrick? Precisou do VAR chamar para revisar no monitor? Ou ficou com medo de assinalar dois penais contra a mesma equipe? Mais um sem exibição de cartão.
  3. No terceiro penal, o jogador Giovani passou pelo defensor em alta velocidade e sofreu um carrinho por trás. Pênalti. E o cartão? Mais uma vez foi suprimido.

Mas não só lá. Do lado de cá Gustavo Gómez fez uma falta no primeiro tempo, para cartão. Onde estava o cartão da moça? No bolso e lá permaneceu.

Foi mostrar o primeiro cartão para um jogador do Inter quase no final do jogo, que foi o único.

Afora a ausência quase total de exibição de cartões, na parte técnica teve dificuldade em manter o critério. Ora punia, ora ignorava o mesmo tipo de jogada.

Assinalou 8 faltas cometidas pelo Palmeiras e 18 pelo Inter. Se fosse seguir um critério único, ou poderia ser maior ou menor o número de faltas.  

Outro detalhe que chamou a atenção: falta-lhe velocidade para acompanhar uma jogada rápida, com bolas alongadas da defesa para o ataque. O time do interior fez muito este tipo de jogada de bola saindo da defesa direta para o ataque e sua aproximação era bem demorada.

Recuperação de tempo

Acresceu três minutos no primeiro tempo, com a parada pela chamada do VAR;

No segundo tempo foram acrescidos 4 minutos para 5 paradas para substituição. Aqui poderia ter sido maior o tempo de recuperação.

Assistentes

A assistente número 1 não ajudou a árbitra em uma falta em seu raio de ação e a soma de impedimentos assinalados foi três contra a equipe visitante.

Ambos tiveram um trabalho aceitável,

VAR

Quando interveio o fez com acerto. No mais foi um jogo tranquilo para os árbitros de vídeo.

Conclusão

Chama a atenção a displicência ou falta de critérios da Comissão de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol. Esta moça fez um péssimo trabalho a apenas 18 dias atrás em jogo do Palmeiras. Por precaução, não seria mais sensato não escalá-la em tão curto espaço de tempo?

Conforme relatamos acima, seu trabalho não foi um trabalho de excelência. Nessa partida teve mais sorte que capacidade. Uma nota 6,5 reflete bem o trabalho executado.

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Comments (3)

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  3. Quando não precisa, marcam 3 penaltys pra nós…
    Se fosse contra o cheirinho, talvez marcassem só o penalty em cima do Giovani.

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