Arbitragem de Braulio da Silva Machado: BOT 3×4 SEP

Por Oiti Cipriani

BOTAFOGO 3 X 4 PALMEIRAS

  • CAMPEONATO BRASILEIRO – 31ª RODADA
  • Data: 01/11/2023
  • Árbitro: Braulio da Silva Machado (Fifa-SC)
  • Assistente 1: Bruno Raphael Pires (Fifa-GO)
  • Assistente 2: Rafael da Silva Alves (Fifa-RS)
  • 4º árbitro: Grazianni Macial Rocha (RJ)
  • VAR: Rafael Traci (VAR Fifa-SC)

Árbitro

Árbitro de Santa Catarina, nascido em 18 de maio de 1979. Ingressou no quadro de árbitros internacionais em 2019. No campeonato brasileiro deste ano, incluindo o jogo da noite desta 4ª feira, foi escalado em 16 oportunidades, mostrando 97 cartões amarelos, 6 vermelhos e assinalou 8 tiros penais.

Análise técnica do trabalho do árbitro

Vamos dividir este jogo em duas partes. No primeiro tempo, foi um jogo de uma equipe, visto o time paulista não oferecer a mínima resistência. 

Com este cenário, teve um trabalho tranquilo. 

No segundo tempo com o time do Palmeiras entrando no jogo, começaram a aparecer os equívocos do árbitro, assinalando faltas que não ocorreram, com o claro intuito de seccionar o jogo (se lembram da máxima de bola parada é a favor do árbitro?).

E o Sr. Braulio usou e abusou desta prerrogativa. 

Com o time da casa com o elástico marcador a seu favor, não coibiu o retardamento por parte do goleiro. Deixou passar duas vezes infrações às regras cometida por este atleta, que em um chute facilmente defensável, ele tocava a bola com as mãos e depois voltava a segurá-la. Isto constitui infração às regras, e deve ser punida com Tiro Livre Indireto. 

No caso do lance polêmico, o da expulsão do atleta do Botafogo, só teria sentido se fosse por pratica de jogo brusco grave, jamais por situação clara de gol. Foi comentado no final da transmissão que o cartão dado ao atleta foi por ele ter sido o último homem de defesa! Isto é um mito criado pela própria mídia esportiva. Não existe esta situação nas regras de futebol. 

Para exercer a punição por expulsão em situação clara de gol, o árbitro tem que analisar os 4D’s (Domínio de bola, Direção do atacante, Distância do gol e Defensores em sua configuração tática). Porém, em minha interpretação, o jogador palmeirense estava correndo na diagonal, em direção à linha de fundo, apesar que havia um jogador do Palmeiras (Rony) livre no meio da área. 

O defensor atingiu o atacante com um chute na barriga. Ai faria mais sentido a expulsão. Mesmo assim não foi com força desproporcional, e sim uma disputa de bola. 

Entendo por outro lado que o pênalti assinalado a favor do Botafogo foi mal marcado (compensação da expulsão?): claramente o atacante Tiquinho tropeçou nas pernas do Rony e o VAR respeitou a decisão de campo. 

Depois do gol de empate, o árbitro acentuou o “picotar” do jogo. Qualquer esbarrão era interrompido com marcação de falta.

AVALIAÇÃO: 6,5

Disciplina 

Mostrou 11 cartões durante o jogo: seis para jogadores do Botafogo e cinco para jogadores do Palmeiras. Alguns cartões foram apresentados sem nenhum critério. Situações de entradas mais fortes, em clara ação temerária, não foram punidas, enquanto faltas mais leves, eram punidas com cartão. 

Tecnicamente puniu o time mandante com 12 faltas e o time visitante com 13 faltas.

AVALIAÇÃO: 6,5

Controle de tempo

Acresceu três minutos no primeiro tempo e nove no segundo. No primeiro tempo foi correto, porém, no segundo tempo, com ida ao monitor do VAR, tempo para a expulsão, pênalti, substituições, retardamento por parte do time carioca, foi muito econômico em seus acréscimos.

AVALIAÇÃO: 7,0

Assistentes

O assistente número 2 anulou gol do Palmeiras com acerto. Realm.ente o atacante Breno Lopes estava em impedimento. E ainda validou o gol de Flaco López, que apareceu sozinho para empurrar a bola para dentro do gol, todavia, ele estava atrás da linha da bola, que descaracteriza o fora de jogo. 

No total assinalaram três impedimentos, todos do Palmeiras. 

Ambos tiveram um bom trabalho.

VAR

Chamou o árbitro para revisar a jogada de Adryelson com Breno Lopes, conforme descrevemos na análise técnica. Se isentou no tiro penal.

Conclusão

Conforme relatamos acima, seu trabalho não correspondeu em honrar o escudo de árbitro internacional que carrega no peito. Foi confuso e se acomodou nas práticas de retardamento, inclusive colaborando com ela, exigindo que a bola fosse colocada 20 cm a frente ou atrás, fazendo palestras e discursos em qualquer reposição de bola. 

MÉDIA FINAL: 6,6

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