Arbitragem de Davi de Oliveira Lacerda em BOT 0x1 SEP
Crédito: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon
Por Oiti Cipriani
BOTAFOGO 0 X 1 PALMEIRAS
CAMPEONATO BRASILEIRO 2025 – R20ª
- Árbitro: Davi de Oliveira Lacerda (ES);
- Assistente 1: Bruno Raphael Pires (GO)
- Assistente 2: Douglas Pagung (ES);
- 4º árbitro: André Luiz Skettino Policarpo Bento (MG);
- VAR: Rodolpho Toski Marques (PR)
Árbitro
Árbitro capixaba de 29 anos (06/12/95), iniciou na série A do Brasileiro no final de 2023. O jogo desta noite no Estádio Nilton Santos foi o terceiro do Palmeiras arbitrado por ele neste campeonato: vitória contra o Vasco (1×0) e empate contra o Vitoria (2×2). No atual campeonato foi 16º jogo, mostrando 72 cartões amarelos e dois vermelhos (um direto e um pelo segundo amarelo), assinalando 4 penalidades máximas. Foi uma escala com pouca confiança quando saiu seu nome, devido a inexperiência e a importância do jogo. Vamos discorrer abaixo seu trabalho
Análise Técnica
Lances polêmicos
Se pudermos chamar de “polêmico”, foram dois pedidos de pênalti, uma para cada lado, onde realmente a bola bateu no braço dos defensores, que estavam colados ao corpo. Portanto, nada a marcar.
Trabalho de campo
A desconfiança acima aludida não se confirmou em campo e não refletiu em seu trabalho. Fez um jogo bastante seguro, utilizando um critério de deixar o jogo correr e não marcar qualquer esbarrão ou jogada de corpo. O grande diferencial de outras arbitragens brasileiras que estamos vendo neste campeonato, foi a utilização de um critério único. Marcava contra o time A, e em jogada idêntica, marcava contra o time B. Ou deixava o jogo correr com a mesma interpretação. Com esta postura levou o jogo com relativa facilidade.
Nota: esta mesma interpretação e critério raramente vemos na arbitragem brasileira.
AVALIAÇÃO: 8,5
Disciplina
Comprovando nossa afirmativa acima, foram assinaladas somente 13 faltas durante o jogo, sete contra o Botafogo e seis contra o Palmeiras.
Com o número baixo de faltas, mostrou três cartões durante o jogo, um para Danilo do Botafogo e dois para os jogadores do Palmeiras, Aníbal Moreno e Murilo. Podemos entender que o cartão para Murilo foi excesso de zelo, visto ele estar contundido, tanto que foi substituído nesta situação e o árbitro erroneamente entendeu como retardamento de jogo.
Mas … como no Brasil é o país onde impera o jeitinho e mania que querer levar vantagem em tudo e no futebol não é diferente, quando ocorre realmente o fato, fica encoberto pelo manto da enganação.
Se todos os árbitros assim agissem, mesmo com excesso de rigor, talvez não teríamos as falcatruas contra o adversário e principalmente contra o público que ocorrem em nossos campos com as inúmeras simulações de contusão e retardamento de jogo.
AVALIAÇÃO: 8,0
Controle de tempo
Acresceu dois minutos no primeiro tempo;
No segundo tempo foram acrescidos sete minutos. Bom tempo de recuperação de jogo, em decorrência de substituições, atendimento médico, etc.
- Tempo total de jogo: 99’00”
- Tempo de Bola Rolando: 65’28”
AVALIAÇÃO: 8,0
Assistentes
Ambos tiveram um trabalho normal, assinalando cinco impedimentos. No impedimento marcado contra o Palmeiras, após chute de Vitor Roque e defesa do goleiro, provavelmente iria para o VAR, pois aparentemente, repito, aparentemente pela tv um jogador de defesa dava condições. Como nada ocorreu, não houve maiores consequências.
VAR
Não foi chamado a intervir, a não ser na situação de praxe, no gol assinalado.
Conclusão
Conforme relatamos acima, foi uma agradável surpresa a arbitragem deste jovem árbitro capixaba. Foi muito bem no jogo. Esperamos que não se perca na carreira e caia na vala comum da arbitragem brasileira.
MÉDIA FINAL: 8,2
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