Arbitragem de Esteban Ostojich Palmeiras 2×2 Athletico

Por Oiti Cipriani

Palmeiras 2×2 Athletico – Allianz Parque, 06/09/2022

  • Árbitro: Esteban Ostojich (URU) 
  • Assistente 1: Carlos Barreiro (URU)
  • Assistente 2: Andrés Nievas (URU)
  • Quarto árbitro: José Burgos (URU)
  • VAR: Nicolas Gallo (COL)

Esteban Daniel Ostojich Vegah, uruguaio, árbitro de futebol desde 2013, e desde 2016 é árbitro FIFA. Nascido em12 de abril de 1982, portanto 40 anos de idade, da cidade de San José de Mayo.

Com ele no apito o Palmeiras já teve 4 jogos, com duas vitórias e duas derrotas, inclusive o jogo da Libertadores 2020, contra o River, que o VAR, mesmo desta noite, invalidou um gol do time argentino por impedimento no início da jogada.

Outra derrota foi em um torneio amistoso no Uruguai, para o Nacional em 2016 (Copa Antel), que perdeu em disputas de tiros penais. As vitórias foram contra o Tigres (5×0) e Godoy Cruz (4×0).

Esteban Ostojich tem ótimo condicionamento físico, é muito bom disciplinarmente e tem desempenho técnico razoável. Utiliza-se muito do Var, é muito atento e muito bom.

Nesta temporada, na Copa Libertadores, arbitrou 7 jogos, incluindo o da noite desta 3ª feira, apresentando até então 40 cartões amarelos e 7 cartões vermelhos. No total de temporada apitou 23 jogos, com 169 cartões amarelos e 11 cartões vermelhos.

Esclarecimentos

Normalmente evito, quando vou a estádios, analisar e comentar vendo as imagens posteriormente, porém, dependendo do local que estou, não tenho uma visão detalhada do que ocorreu, na grande maioria dos pontos de assistência dos jogos.

Mas refleti sobre esta minha posição, e vou mudar meu procedimento, visto que os “cinzeiros de motocicleta”, tipo Central do Apito e seus similares, comentam vendo as imagens “n” vezes e na grande maioria das vezes brigam com as imagens, por qualquer motivo que seja, ou por estarem com a camisa de seu time do coração por baixo, ou por ordens editoriais.

Então, para não cometer injustiça ou deixar passar alguma ocorrência importante, farei revisão de lances que gerem dúvidas nas decisões tomadas em campo. Isto não significará que estarei certo ou errado em minhas opiniões, mas será meu ponto de vista nas análises.

O Jogo

No preâmbulo de apresentação do árbitro, disse que era bom disciplinarmente, porém, estava em péssima fase técnica. Isto se confirmou no jogo de ontem. Fez uma arbitragem desastrosa, inverteu faltas, não teve critério algum em suas marcações, ora marcava, ora deixava seguir lances rigorosamente iguais. Deixou de marcar uma penalidade no atleta Rony do Palmeiras, que sofreu visível empurrão pelas costas, quando se livrou da marcação e se encaminhava para receber um escanteio, que é jogada mortal do time.

Em que pese as reclamações dos jogadores paulistas, não se dirigiu ao monitor de VAR para fazer uma revisão, e posteriormente, também não revisou uma cotovelada do jogador paranaense Alex Santana no defensor do Palmeiras.

Não vou querer ser mais realista que o rei, como fazem alguns “cinzeiros de motocicleta” em afirmar com todas as letras que a ação não teve intensidade para punição “x” ou “y”, pois é impossível determinar intensidade vendo a imagem de TV, a não ser que seja um gênio da física, o que definitivamente não o são.

Disciplina

Puniu com dois cartões amarelos o time do Palmeiras e com quatro o time do Athletico, assinalando 16 e 15 faltas respectivamente. Puniu com cartão vermelho, com total justiça, a entrada infantil e irresponsável do jogador Murilo, a chamado do VAR (desta vez se dignou a ver a inoperância do árbitro).

Quando da agressão acima citada ou no penal, devia estar distraído com a participação das torcidas no jogo.

Recuperação de tempo

No primeiro tempo acresceu um minuto somente, tendo a intervenção do VAR na expulsão, e também em outra jogada do ataque do Palmeiras (sem ser aquela acima aludida), então foi muito econômico.

No segundo tempo, acresceu 5 minutos, ignorando o retardamento do jogo cometido pelo time paranaense, após o gol de empate, substituições, além de que, de uma forma conveniente, amarrou o jogo durante os acréscimos, sempre que o time mandante estava de posse de bola, interrompendo o jogo como não o fizera anteriormente.

Assistentes

Assinalaram dois impedimentos durante o jogo. O assistente número 1, “marcou” duas faltas em sua área de ação. O que chamou a atenção foi que ele “carimbava” assinalações do árbitro em faltas próximas a ele.

“Carimbar” significa corroborar com a marcação do árbitro, atuação perfeitamente dispensável, pois a partir do apito a partida está interrompida.

VAR

Baseado em sua atuação em 2020, no jogo do Palmeiras contra o River, em São Paulo, dissemos que era muito bom. Ontem foi infeliz em não interferir em erros visíveis, como determina o protocolo da FIFA para o VAR, em dois lances capitais.

Conclusão

A conclusão foi enfatizada logo na abertura acima: foi uma arbitragem desastrosa pelos motivos explanados.

Em uma escala de 0/10, pela interferência no andamento do jogo, nota 5,5.

***

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Comments (6)

  1. Fomos Roubados. Com R maiúsculo.

    • É verdade, a arbitragem estava bem tendenciosa, não foi a primeira vez e nem será a última, já estamos calejados.
      Mas o maior responsável pela eliminação chama-se Murilo. Em 2º lugar o Danilo, que deixou o time na mão nas semifinais.
      Daria pra se classificar com o juiz roubando e tudo, não dá pra entender como um jogador que foi um dos heróis na classificação contra o Galo fazer uma merda deste tamanho.
      Placar estava 1×0, jogo bem controlado, faltava segundos para acabar o 1º tempo, aí o jumento vem e dá uma voadora na coxa do adversário no meio de campo, sem a menor necessidade. Que adianta ser herói na fase anterior e chutar o balde dessa maneira?
      Será que o treinador não usou o exemplo do Danilo na preleção?
      Tudo muito estranho, gostaria muito de saber do próprio Murilo o que passou na sua cabeça oca momentos antes da falta.
      Não podemos esquecer que a derrota em Curitiba foi ele que pixotou também, dando uma cabeçada pra cima dentro da pequena área.

      • Cara, eu aceito qualquer derrota na bola. Fico p… mas aceito. Mas agora que existe o VAR, não tem justificativa. Teve uma cotovelada e um pisão depois. A expulsão do Danilo foi correta, pois foi revisada pelo VAR. Por que não revisaram os outros lances? O Palmeiras foi tirado da Copa do Brasil e da Libertadores. Não dá pra aceitar isso. No brasileiro, vai ser igual?

        • Também fico indignado perdendo desse jeito.
          Mas fico mais ainda sabendo que daria pra ganhar mesmo com a arbitragem contra.

      • Porco, você resumiu muito bem. O jogo estava 1×0 e muito bem controlado. Não dá pra entender o tamanho da b.urri.ce do Murilo faltando segundos pra acabar o primeiro tempo. A tendência era voltar pro segundo tempo e pressionar novamente e buscar o segundo gol. Mesmo com 10 jogadores conseguimos o segundo gol, mas 11 contra 11 o Palmeiras não tomaria o empate nunca! Tanto q poderia ter feito 3×0 se o fdp do árbitro e do Var marcassem o pênalti claríssimo em cima do Rony. Qdo a gente perde pq foi muito mal ou pq o adversário era realmente superior, fica até um consolo , mas perder dessa forma com arbitragem contra e b.urr.ice de um jogador q põe tudo a perder, é difícil de digerir .

  2. Palmeiras 2×2 Athletico: empate e eliminação – 3VV

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