
Arbitragem de Francois Letexier SEP 1×0 BOT Mundial FIFA
Por Oiti Cipriani
Palmeiras 0(1)x(0)0 Botafogo
Data: 28/06/2025
Local: Filadélfia – Estádio Lincoln Financial Field
Copa do Mundo de Clube FIFA 2025 – 8as de final
- Árbitro: Francois Letexier (FRA);
- Assistente 1: Cyril Mugnier (FRA);
- Assistente 2: Mehdi Rahmouni (FRA);
- Quarto árbitro: Glenn Nyberg (SUE);
- VAR: Jerome Brisard (FRA)

Árbitro
Arbitro francês de 36 anos (23/04/1089), internacional FIFA desde 2017, considerado um dos principais árbitros a nível mundial no momento.
Trabalhou na temporada 24/25, com total de 31 jogos, com 15 dentro do território francês e 16 jogos internacionais sob a tutela da FIFA ou UEFA, mostrando 137 cartões amarelos e 11 vermelhos (quatro cartões vermelhos direto e sete pelo segundo amarelo). Assinalou 11 tiros penais.
O jogo da tarde de sábado pela Copa do Mundo na Filadélfia está computado nestes números.
Análise técnica
Lances polêmicos
Pênalti de Vitinho ao tocar a mão na bola, deslizando pelo gramado. Reproduzimos abaixo a orientação da IFAB para lances deste tipo:
“Tocar a bola com a mão ou braço deslizando no chão pode ser considerado falta, dependendo do contexto e da intenção do jogador. Se o toque for involuntário e o braço estiver em posição de apoio (como ao cair), não é falta. No entanto, se o jogador ampliar a área do corpo com o braço ou mão de forma não natural para tocar na bola, é considerada infração.”
“Toque involuntário:
Se um jogador cai e a bola toca sua mão/braço que está apoiada no chão para amortecer a queda, não é falta.
Interpretação do árbitro:
O árbitro avalia a situação para determinar se o toque foi intencional ou não, e se a posição do braço/mão foi natural ou não.”
Portanto olhando sob o prisma das orientações para esta situação, em que pese as reclamações dos brasileiros torcedores do Palmeiras, o árbitro estava bem colocado e entendeu que a posição do braço em contato com a bola era natural, corroborado pelo VAR, e nada marcou.
Podemos até discutir que o braço de apoio estava aberto e aumentou seu raio de ação, mas entre torcedores acharem e o árbitro decidir, existe um abismo muito grande e quem decide é o arbitro.
Trabalho de campo
Em termos técnicos foi uma excelente arbitragem. Usando os mesmo critérios e decisões para jogadas semelhantes. Muito bom preparo físico, para a temperatura ambiente no horário do jogo. Podemos incluir como falha a não marcação do tiro penal, mas a luz das orientações, agiu conforme sua interpretação da jogada.
AVALIAÇÃO: 8,0
Disciplina
Foram assinaladas 31 faltas; 11 contra o Palmeiras e seis contra o Botafogo.
Mostrou 12 cartões durante o jogo, seis para cada equipe. Deixou de mostrar cartão para o jogador Marlon Freitas em uma jogada temerária. Os dois cartões amarelos e consequentemente o vermelho para Gustavo Gómez foram corretos.
AVALIAÇÃO: 8,0
Controle de tempo
Acresceu seis minutos no primeiro tempo;
No segundo tempo foram acrescidos cinco minutos.
Na prorrogação foram acrescidos três minutos no primeiro tempo e seis no segundo tempo. Podemos questionar os tempos acrescidos na prorrogação, mas não podemos criticar, visto que diferentemente dos árbitros brasileiros, tentou compensar o retardamento de jogo praticado pelo Palmeiras no segundo extra.
Vamos contextualizar estes acréscimos: entre as reposições de tiro de meta, laterais, escanteios, faltas, etc., o Palmeiras demorou 40’42” e o Botafogo 28’43”, que perfaz 69’25” de tempo perdido.
- Tempo total de jogo: 140’20”
- Tempo de Bola Rolando: 69’54”
AVALIAÇÃO: 8,0
Assistentes
Ambos tiveram um bom trabalho, assinalando quatro impedimentos do Palmeiras e um do Botafogo.
VAR
Poderia ter interferido no pênalti acima descrito, mas, diferente do VAR brasileiro, que quer apitar o jogo através do vídeo, os europeus procuram ter a mínima interferência nas decisões interpretativas do árbitro dentro de campo.
Conclusão
Conforme relatamos acima, não foi uma arbitragem de manual, como foi a anterior do arbitro polonês, mas foi muito boa a arbitragem.
MÉDIA FINAL: 8,0
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