Arbitragem de Jean Pierre Gonçalves CAP 2×2 SEP

Por Oiti Cipriani

ATHLETICO 2 X 2 PALMEIRAS 

• Data: 02/07/2023
• Árbitro: Jean Pierre Goncalves Lima (RS)
• Assistente 1: Bruno Raphael Pires (Fifa-GO)
• Assistente 2: Mauricio Coelho Silva Penna (RS)
• Quarto árbitro: Luiz Alexandre Fernandes (PR)
• VAR: Daniel Nobre Bins (Fifa-RS)

Árbitro

Árbitro nascido em 13/07/1979, 43 anos, natural de Pelotas. Em 2022 foi considerado um dos melhores árbitros do Campeonato brasileiro. Apitou 9 jogos em 2023, incluindo o desta tarde de domingo em Curitiba, incluindo campeonato regional de RS, e séries A e B do Campeonato Brasileiro.

Ao todo mostrou 42 cartões amarelos, 3 vermelhos e assinalou 6 tiros penais.

Análise do trabalho

Vamos iniciar esta análise afirmando que teve forte influência no andamento do jogo.

Logo aos 2 minutos, chamado pelo VAR, assinalou tiro penal de Zé Ivaldo no atacante Endrick do Palmeiras.

A falta ocorreu, com a bola em jogo, e dentro da área penal. Até aí, perfeita a atuação do VAR e da comprovação da ocorrência. Para tirar um 10, se acovardou e mostrou somente cartão amarelo para o infrator, em ação típica de agressão ou tecnicamente, prática de jogo brusco grave, portanto, cartão vermelho.

Se tivesse agido corretamente, o jogo teria ou poderia ter outra configuração.

Conforme orientações, expulsou, com o segundo cartão amarelo o jogador Garcia; podemos contestar a orientação, visto o jogador não ter a intenção de interromper com o uso do braço o percurso da bola, estando inclusive de costa,

A pergunta é: se este toque no braço fosse no meio de campo, teria punição disciplinar?

NÃO. Mas … orientação não se discute, cumpre-se.

Todavia, podemos contestar sim o primeiro cartão mostrado para o mesmo jogador, sob alegação de estar retardando o reinício do jogo em um lateral.

À luz das regras, a punição foi correta, porém, o que extrapola o entendimento de torcedores, é a falta de uniformidade para o mesmo tipo de ação. Pouquíssimos árbitros punem e a grande maioria faz vista grossa, utilizando a máxima de “bola parada é a favor dos árbitros”.

Normalmente, em cada 10 análises de arbitragem que faço, em 9 falo de retardamento de jogo sem punição pelos árbitros.

No restante, deixou faltas claras, contra as duas equipes, sem punição técnica, enquanto outras menos intensas, puniu.

Disciplina

Mostrou 5 cartões amarelos durante o jogo, 4 para o clube paranaense e 2 para o clube paulista, que foi convertido para vermelho, conforme acima explanado.

Assinalou 20 faltas cometidas pelo mandante e 9 pelo visitante, assinaladas conforme o critério (ou falta de) detectado no penúltimo parágrafo acima.

O jogador Vitor Roque reclamou acintosamente do Assistente 2 em duas faltas assinaladas corretamente e nem advertência verbal recebeu. Foi advertido no final por não respeitar a distância regulamentar para reinício de jogo

Controle de tempo

Acresceu 7 minutos no primeiro tempo e no segundo tempo foram acrescidos 8 minutos.

Ambos foram com bom discernimento, em razão de ida ao VAR nos dois tempos, contusão, marcação de tiro penais, substituições. Neste item nada a contestar.

Assistentes

Assinalaram no total 5 impedimentos e o Assistente 2 assinalou duas faltas em seu raio de ação. Ambos tiveram um bom trabalho.

VAR

Agiu por duas vezes nas marcações de tiros penais. Não sabemos o teor do diálogo no primeiro pênalti, se recomendou a expulsão do atleta faltoso e não foi ouvido pelo árbitro central.

Conclusão

Conforme relatamos acima, sua falta de coragem no início do jogo pode ter tido influência no resultado. Portanto, uma nota 6 reflete bem o trabalho executado.

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