Arbitragem de João Vitor Gobi em SEP 1×0 BOT

Por Oiti Cipriani

Palmeiras 1×0 Botafogo-SP

Arena Barueri
Campeonato Paulista R12
09/03/2024

  • Árbitro: Árbitro: João Vitor Gobi
  • Assistente 1: Leandro Matos Feitosa
  • Assistente 2: Raphael de Albuquerque Lima
  • Quarto Árbitro: Fagson Júnior dos Santos Silva
  • Árbitro de Vídeo: Vinícius Furlan

Árbitro

Árbitro da nova geração, nascido em 21/11/1995 (28 anos), formado em 2013.

Este é o 10º jogo da série A1 que apita neste ano de 2024, tendo mostrado 53 cartões amarelos e seis cartões vermelhos, sendo quatro diretos, e dois com o segundo amarelo.

Assinalou quatro tiros penais.

É um dos candidatos à vaga de árbitro FIFA, quando os dois atuais atingirem a aposentaria compulsória por idade.

Análise técnica

Já assisti alguns jogos arbitrados por este profissional. Tecnicamente arbitra com o livrinho de regras debaixo do braço. Assim, desta forma, leva o jogo, interrompendo-o quando as regras são feridas, independentemente do grau de falta cometida.

Deixa a desejar na parte disciplinar, aceitando passivamente reclamações, rodinhas em torno de si, em qualquer decisão mais sutil. E neste jogo não foi diferente.

Assinalou algumas faltas bem leves e deixou passar outras de mesmo teor. No lance capital do jogo, a expulsão do defensor do Botafogo, houve efetivamente o puxão de camisa do atacante Rony. Todavia, foi bem sutil e o atacante valorizou. Única dúvida, se estava com a bola dominada em situação clara de gol (*). Me pareceu que antes do puxão, estavam emparelhados na velocidade.

No pênalti reclamado sobre Flaco López, foi uma disputa por espaço em busca da bola, portanto lance absolutamente normal. Entretanto, antes, fora da área, houve um empurrão sobre o atacante palmeirense, não marcado.

Teve o trabalho parcialmente facilitado pelo domínio territorial do Palmeiras, com 75% de posse de bola e grande parte deste domínio, no campo do adversário, o que permitia ao arbitro estar sempre próximo do desenvolvimento do jogo..

Disciplina

Assinalou 14 faltas contra o Palmeiras e 11 contra o time do interior. Mostrou quatro cartões durante o jogo: dois para jogadores do Palmeiras, e dois para jogadores do Botafogo.

Excetuando-se o cartão para Lázaro, do Palmeiras, por puxar a camisa do adversário, os restantes foram todos por ação temerária.

O cartão para Jean Vitor do Botafogo, foi excesso de zelo, pois não caracterizou-se como falta para punição disciplinar.

Controle de tempo

Acresceu três minutos no primeiro tempo. No segundo tempo foram acrescidos cinco minutos.

Foi econômico em ambos! No primeiro tempo teve a suposta contusão do goleiro, e o tempo de reposição de bola. No segundo tempo as substituições levaram algum tempo, inclusive com o time visitante se confundindo em substituição que retardou mais ainda o andamento do jogo.

Assistentes

Os assistentes tiveram um bom trabalho e assinalaram somente dois impedimentos da equipe do Palmeiras e se limitaram a informar bola fora de campo. O Assistente número 2 assinalou um impedimento totalmente duvidoso, porém, como a bola saiu pela linha de meta, não houve maiores consequências. Se o gol tivesse sido assinalado, certamente iria para análise do VAR.

Ambos tiveram um bom trabalho.

VAR

Aparentemente não foi consultado.

Conclusão

Conforme relatamos acima, seu trabalho foi protocolar e tirando a duvida da expulsão, levou o jogo a bom termo.

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Comentário adicional

A FIFA na semana que passou, divulgou que o tempo de bola retido pelo goleiro passou de 6 para 8 segundos.

A dúvida que fica é: será cumprido ou somente é mais uma letra da regra tornando-se mera perfumaria?

Quando os árbitros serão mais rigorosos com a cera do goleiro? Em momentos da partida em que o time está interessado no marcador, o goleiro faz uma defesa, semelhante a tantas outras que ele faz na durante os treinamentos, e se joga no chão simulando contusão. Ou ainda, segura a bola com firmeza e se joga ao chão para aumentar o tempo de bola parada.

No jogo deste sábado em Barueri, não foi diferente! O goleiro Michel fez exatamente estas duas práticas relatadas acima, e em ambas as situações o árbitro não agiu. Quando este goleiro tinha a bola sob domínio, olhava o cronômetro na tela e o tempo de reposição da bola levava de 15 a 18 segundos, sob a vista complacente do árbitro.

E só mais uma:

A comentarista do CaséTV (por sinal, péssima comentarista, candidata ao prêmio de Rainha do Óbvio), disse que a expulsão do atleta do Botafogo foi por ele ser “O ÚLTIMO HOMEM”.

Isto é título de filme da “bang bang” italiano. Não existe último homem na regra! O atleta foi expulso porque, no entender do árbitro, era uma situação clara de gol que foi impedida com uso de falta.

As TV´s estão contratando ex-atletas de futebol feminino, como foi no caso deste jogo, para comentar. Ok, nada contra, tá tudo certo. Mas que essas ex atletas preparem-se adequadamente para exercer essa nova profissão. Caso contrário, sem o devido preparo e sem o conteúdo correto, ficam soltando estas pérolas no ar.

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Laia Mais…