Arbitragem de Raphael Claus Corinthians 0x1 Palmeiras

Por Oiti Cipriani

Corinthians 0x1 Palmeiras
Itaquerão – 13/08/2022 – 19h00

  • Árbitro: Raphael Claus (FIFA-SP)
  • Auxiliar 1: Danilo Ricardo Simon Manis (FIFA-SP)
  • Auxiliar 2: Rodrigo Figueiredo Henrique Correa (FIFA-RJ)
  • Quarto árbitro: João Vitor Gobi (SP)
  • VAR: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral (VAR-FIFA-SP)

Neste campeonato brasileiro, onde a arbitragem tem sido a vedete dos jogos por aparecer, negativamente, mais que os jogadores, a Comissão de Arbitragem tratou de se proteger e escalou uma equipe mundialista (todos os três componentes da equipe estão previamente escalados para o mundial do Catar) para dirigir o jogo.

Afinal estavam em campo o líder e vice-líder da competição. Esta decisão seguramente garantiria uma arbitragem de alto nível, o que acabou acontecendo.

O Jogo

Crédito Cesar Greco/Divulgação

Raphael Claus dirigiu o jogo com muita tranquilidade. Como já dito em matérias de jogos anteriores, arbitrados por ele, goza de total respeito dos jogadores, e isto é meio caminho andado para uma boa e tranquila arbitragem.

Deixou o jogo correr na medida certa, parando ou liberando as jogadas com muito discernimento. As faltas assinaladas foram interrompidas com precisão, excetuando-se a última participação em jogada de Rafael Navarro que ganhou a disputa limpamente e teve sua evolução parada por suposta falta, que não ocorreu, e o jogador do Palmeiras iria sair sozinho frente ao goleiro adversário, com muita possibilidade de assinalar um gol (vulgarmente chamado nos meios esportivos como “perigo de gol”).

Mostrou muito boa aproximação do desenvolvimento das jogadas, estando sempre próximo, para decidir com clareza.

Disciplina

Puniu com 2 cartões amarelos cada equipe, e 15 faltas contra o Corinthians e 10 faltas contra o Palmeiras. Com a exibição de um cartão logo aos 3 minutos para o jogador do Corinthians, Fausto Vera, jogou uma ducha de agua fria na temperatura do jogo, e manteve as rédeas da disciplina.

Único lance que gerou dúvidas foi a forte entrada de Roger Guedes no defensor Gustavo Gómes, e foi mostrado o cartão amarelo imediatamente. Todavia, o árbitro foi chamado à cabine do VAR, para analisar possível expulsão, e optou por manter a punição original.

Olhando o lance com isenção, diríamos que se estivéssemos em jogo de Society, mereceria um cartão azul (o jogador é alijado do jogo e pode ser substituído, punindo apenas o jogador e não a equipe), porém, como estamos falando de futebol, o cartão amarelo ficou bem aplicado.

Único senão em sua atuação neste lance, foi a não aplicação do segundo cartão amarelo (note-se que o primeiro não havia sido cancelado, então estava vigente), pela invasão do mesmo jogador faltoso (Roger Guedes) no perímetro da cabine do VAR, que teria como consequência o segundo amarelo e expulsão.

Recuperação de tempo

Acresceu dois minutos no primeiro tempo. Como o jogo teve boa dinâmica de desenvolvimento, com uma única parada para verificação da falta acima aludida, ficou coerente. No segundo tempo acresceu 4 minutos, com 6 paradas para substituição e atendimento do goleiro Weverton, então acreditamos ser muito econômico; poderia ser 1/2 minutos a mais.

Assistentes

Conforme acima informado, os dois assistentes estão previamente escalados para a Copa do Mundo no Catar, tiveram um trabalho bem tranquilo e com acerto em todas suas decisões. Assinalaram 5 impedimentos durante o jogo (1/4).

VAR

Chamou o árbitro somente para uma revisão, na falta de Roger Guedes. No decorrer total do jogo, se manteve dentro do protocolo da função.

Conclusão

Concluindo, foi uma boa arbitragem no cômputo geral da partida, tirando a omissão em relação ao fato do jogador acima citado invadir uma área onde não deveria estar, e, portanto, passível de punição disciplinar. Numa escala de 0/10, entendo que uma nota 8 está bem definida. 

***

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Comments (5)

  1. Primeiro Campeão Mundial 51

    Na verdade ele foi mal, mas é que o sub-nível de saudação da arbitragem brasileira, faz com que arbitragens ruins, pareçam boas. A solada do Roger Guedes é inquestionável, foi no jogador e não na bola, de cima pra baixo, com as travas da chuteira. Como ainda era cedo no jogo, o juiz quis preservar o espetáculo, o que NÃO é sua função.

    E a marcação inexistente de falta do Navarro naquele contra ataque, impediu uma chance muito grande de gol do Palmeiras. Tendo terminado 1 x 0, o Palmeiras correu sério risco de sofrer um empate, já que se fizesse esses 2 x 0, com o tempo faltando de jogo, seus quase impossível o Corinthians chegar ao empate. E por fim, na orientação atual da FIFA, e que vem sendo seguida pela maioria dos árbitros, muitos dariam o pênalti pro Corinthians, no lance de bola na mão: nós ficamos tranquilos pq nos favoreceu, e na regra antiga, realmente não foi pênalti. Mas como vem sendo seguida a recomendação atual, pode-se fizer que tivemos uma vantagem que, outros times não vem tendo no campeonato.

    Resumindo, a arbitragem foi bem ruim, mas com certeza, de médio pra boa, se comparada a outras arbitragens de pragas como Wilton Cesar Sampaio, Daronco, Vuaden…

    • PCM 51, a bola bate primeiro na barriga, depois no braço estendido ao longo do corpo, não é penalty nem com regra nova, mas se tivesse expulsado o Guedes, eles marcariam o penal…

  2. Wilian Valdemir Zaccaria

    Fico com você Oiti foi bem a arbitragem

  3. Dilce Tiegui Baldo

    Concordo com a opinião do colunista o árbitro do jogo Corinthians e Palmeiras foi muito melhor que o da comebol, mais preciso e coerente.

  4. Corinthians 0x1 Palmeiras: e o Verdão dispara! 3VV

    […] Leiam na coluna de Oiti Cipriani sobre o desempenho de Raphael Claus. […]

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