Arbitragem de Raphael Claus Palmeiras 4×0 Água Santa
Por Oiti Cipriani
PALMEIRAS 4×0 ÁGUA SANTA
Data: 11/03/2023
- Árbitro: Raphael Claus
- Árbitro Assistente 1: Danilo Ricardo Simon Manis
- Árbitro Assistente 2: Mauro André de Freitas
- Quarto Árbitro: Thiago Luis Scarascati
- Quinto Árbitro: Luiz Alberto Andrini Nogueira
- VAR: Marcio Henrique de Gois
Árbitro
Raphael Claus é um árbitro muito conhecido do torcedor brasileiro. FIFA desde 2015, formado pela Federação Paulista de Futebol em 2002, foi um dos indicados como representante do Brasil na última Copa do Mundo do Qatar.
É um árbitro que goza de prestígio e respeito dos jogadores e técnicos de futebol brasileiros. Se não fosse este respeito angariado em muitos anos de arbitragem no Brasil, este jogo não terminaria em paz como terminou.
Explicaremos abaixo.
Análise do trabalho do árbitro
No primeiro tempo, começou o jogo marcando tudo, segurando o ímpeto inicial e depois soltou as rédeas do jogo, e deixando-o fluir.
Mas … fluir não é contrariar as regras. Deixou de anotar uma violenta carga nas costas sobre o jogador Dudu e posteriormente apresentou somente cartão amarelo para o jogador número 7 do Água Santa, por desferir uma cotovelada no rosto do jogador Rafael Veiga.
Fomos verificar a súmula do jogo e apresentou esta justificativa:
“Água Santa, 7, Lucas Henrique da Silva, 29:00 1T; Motivo: Por golpear seu adversário com o braço de forma temerária.”
Esta mesma justificativa foi para o cartão amarelo para o atacante Dudu, em confusão ocorrida ao final do primeiro tempo na lateral do campo (confesso que não pude confirmar esta ação por ter ocorrido do outro lado onde eu me encontrava no Allianz).
Se o lance do Dudu foi tão acintoso como o do jogador do Água Santa, Dudu também deveria ter sido expulso, por uma questão de critério. Se foi um golpe no rosto, não seria cartão amarelo, mas sim vermelho, para ambos os casos.
O árbitro decidiu contemporizar e não expulsou nem um nem outro.
No segundo tempo, com o marcador de 3 x 0 para o time do Palmeiras e o jogo e o título praticamente decididos, voltou ao padrão Claus de arbitragem. Parece que apita com preguiça ou arrogantemente se acha mais importante que o jogo.
Paralelo à preguiça, fez uma arbitragem “tipo Robin Hood”, tirando do mais forte e dando aos mais fracos, ou seja, qualquer encostada ou choque de jogadores do Palmeiras, era punido e o contrário não, mostrando total falta de critério em suas decisões.
Assinalou, pelo relatado na súmula, 18 faltas cometidas pelo Palmeiras e 15 pelo Água Santa.
Por plataforma de análises e estatísticas foram 19 faltas do Palmeiras e 11 do Água Santa.
Como as faltas são computadas pelo quarto árbitro, a estatística da plataforma é mais confiável.
Disciplina
Mostrou 11 cartões durante o jogo, com 6 para os jogadores do Palmeiras, por bla bla bla e 5 para jogadores do Água Santa.
Recuperação de tempo
Acresceu 3 minutos no primeiro tempo.
Este diminuto acréscimo na primeira etapa foi ridículo, em razão de todo o tempo perdido nos 45 minutos iniciais da partida. Senão vejamos:
- Comemoração de 3 gols do Palmeiras, onde em um dos gols o jogador Gabriel Menino foi comemorar com a torcida (e com justiça recebeu cartão amarelo);
- Outros dois gols também foram comemorados demoradamente;
- O goleiro Weverton paralisou o jogo para amarrar a chuteira;
- A confusão entre jogadores em campo, reservas e comissão técnica;
- E não podemos esquecer: os retardamentos da equipe do ABCD quando o joga estava 0x0 e 1×0. O goleiro Igor Vinhas cansou de retardar a reposição de bola em jogo.
Por tudo isso o acréscimo deveria ser de no mínimo 8 minuto no primeiro tempo. No mínimo.
No segundo tempo foram acrescidos 3 minutos. Fosse um jogo que não estivesse decidido, também seria pouco, pois houveram 6 paralisações para substituições e entrada de maca para atendimento de contundido.
Aí foi a vez do Palmeiras: com o resultado a seu favor, o time alviverde perdeu a pressa e repetiu o que o Água Santa fez no primeiro tempo. Todavia, com o resultado de 4×0, jogo e título decididos, e a torcida gritando Olé a cada toque de bola do Palmeiras, o árbitro usou de bom senso e encerrou o jogo para não acontecer uma briga generalizada.
Tempo de Bola Rolando
Como tenho feito habitualmente, fiz a cronometragem do tempo de bola rolando. No primeiro tempo foi de 21’35” e no segundo tempo de 27’18”, totalizando 48’53”.
Na súmula do jogo foram anotados 33 minutos no primeiro tempo e 30 minutos no segundo tempo.
Para o leitor ter uma ideia, o jogo teve em seu total 96 minutos corridos. Com o número de paralisações que ocorreram, retardamento, atendimento, para atingir os 63 minutos de bola rolando da maneira como estava na súmula, o árbitro deveria ser estendido até a partida até os 123 minutos.
Assistentes
Os assistentes assinalaram 3 impedimentos, de forma correta. O assistente número 2 auxiliou o árbitro em uma falta cometida pelo Palmeiras, quando este se encontrava longe da jogada. Ambos tiveram um bom trabalho.
VAR
Este árbitro não costuma chamar ou ouvir o VAR. Neste jogo, chamou o VAR para informar sobre a confusão generalizada do primeiro tempo. Claus dirigiu-se ao monitor, porém, manteve a decisão de campo, não ouvindo as recomendações do árbitro de vídeo.
Conclusão
Conforme relatamos acima, seu trabalho não correspondeu a seu prestígio, fama e respeito que obteve em todos estes anos de carreira.
Uma nota 6,5 reflete bem o trabalho executado.
***
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Comments (2)
Porco Nervoso
O Marsiglia está chorando até agora porque o Claus não expulsou o Dudu…
Mas não citou a cotovelada que ele levou 1 segundo antes.
Na semana anterior, ele falou que o pisão no Piquerez foi “acidental”. Está sem condições de jogar até hoje.
Menos clubistas nas transmissões, por favor.
Ronaldo Antonio Ramires
parabéns pelo trabalho dessa análise ou melhor desse relatório da arbitragem da final paulista Sr. Oití
agora uma pergunta sobre as mútuas agressões entre Dudu e adversário você acha que o Claus agiu corretamente teve cabeça fria para não estragar a partida pois poderia escambar para um segundo tempo sem fim principalmente por parte do Água Santa que via a viola em cacos ?