Arbitragem de Savio Pereira Sampaio FOR 1×0 SEP
Por Oiti Cipriani
FORTALEZA 1 X 0 PALMEIRAS
- Árbitro: Savio Pereira Sampaio (FIFA-DF)
- Assistente 1: Bruno Raphael Pires (FIFA-GO)
- Assistente 2: Eduardo Gonçalves da Cruz (MS)
- Quarto árbitro: Luiz Cesar de Oliveira Magalhaes (CE)
- VAR: Wagner Reway (VAR-FIFA-PB)
Árbitro
Árbitro de 38 anos, pertencente a Federação Brasiliense de futebol, mais um árbitro promovido ao quadro internacional (como a grande maioria deles) na troca de favores, com utilização dos porões da CBF, visto ser um árbitro sem a mínima condição de ser nem mesmo básico CBF, fraco tecnicamente e disciplinarmente.
Arbitrou em 2023 12 jogos, com apresentação de 63 cartões amarelos e 1 vermelho, incluindo o jogo desta noite.
Análise do trabalho do árbitro
Neste jogo o árbitro teve mais sorte que competência. Sorte que o Palmeiras abriu mão de jogar, se limitando a trocar bolas, evitando jogadas mais agudas e se resguardando, apoiado no marcador construído em São Paulo.
Nem com esta facilidade de arbitrar o jogo o fez se sobressair em sua condução. Confuso em sinalização, se posiciona mal em campo, não tem um deslocamento rápido, fazendo com que esteja sempre distante do desenvolvimento das jogadas.
Segue o padrão de todos os árbitros brasileiros, com raras exceções, de não ter critério em punir tecnicamente as infrações do jogo (estou me tornando repetitivo com este argumento), mas, como disse, esta é a característica de todos os árbitros brasileiros, que deveriam ser referência em termos de qualidade e são caricaturas de árbitros de futebol.
Deviam fazer valer e respeitar o escudo que carregam no peito e não o fazem. Vamos lembrar um jogo na Vila Belmiro, no início dos anos 2000, quando o árbitro FIFA Oscar Ruiz, da Colômbia, veio apitar um jogo do Santos, e o goleiro Edinho (filho de Pelé) discordando de uma marcação do árbitro, ironicamente bateu palmas para ele. Foi expulso imediatamente, com o árbitro apontando para seu escudo, mostrando que tinha que ser respeitado o símbolo que carregava no peito.
Este tipo de atitude que falta para os árbitros brasileiros. Ou são covardes, ou obedecem a uma diretriz de aliviar ações intempestivas dos jogadores, sob o argumento de não estragar o jogo, e estes tornam-se cada dia mais atrevidos e desrespeitosos com a arbitragem, e os árbitros fazem trabalhos pífios e não tomam atitudes para se fazer respeitar.
Disciplina
Marcou 19 faltas do time cearense e 22 do time paulista. Mostrou 5 cartões durante o jogo, distribuídos com 1 para o Fortaleza e 4 para o Palmeiras. Excetuando-se o goleiro Weverton, punido por retardar o reinício do jogo, os restantes foram por ações temerárias dos jogadores.
Na matéria anterior apresentei um detalhe da regra que diz que infringir persistentemente as regras do jogo, é passível de advertência com cartão amarelo. É um pouco incoerente uma diferença de 3 faltas, a quantidade a mais de cartões apresentados, considerando que o defensor do time da casa, Titi, bateu quanto quis e não foi sequer advertido verbalmente.
Novamente Abel Ferreira foi punido com cartões amarelo e posteriormente cartão vermelho. Neste episódio pode até ter razão (não achei) em reclamar de uma falta, mas no caso foi uma reclamação sem o menor sentido. Está na hora de se conscientizar que é marcado pela arbitragem brasileira, então deve ficar mais dentro de suas funções e orientar o seu time, e não querer reclamar constantemente da arbitragem.
+ Veja aqui a coletiva de Abel Ferreira no pós jogo.
Recuperação de tempo
Acresceu 8 minutos em ambos os períodos. Aqui cabe uma constatação. Este árbitro já arbitrou 2 jogos do Palmeiras no Allianz Parque: contra o RBB este ano e contra o Fluminense em 2022. Em ambos os jogos, sua média de acréscimos é de 3 no primeiro tempo e 5 no segundo, e nestes jogos chamou atenção o retardamento de jogo praticado pelos visitantes e manteve a média de 3+5.
Neste jogo, no primeiro tempo, o time da casa precisando do marcador, agilizou o seu andamento e o Palmeiras, como dissemos acima, limitou-se a se defender e como a maior parte do jogo a bola estava em poder do time atacante (55% e 45%), não houve um retardamento exagerado.
Ocorreram duas entradas de equipe médica do Palmeiras, não se justificando acréscimo de 8 minutos. No segundo tempo até se justifica, pelas paralisações de substituições e retardamento do goleiro do Palmeiras (punido com cartão amarelo).
Assistentes
O assistente número 1, Bruno Rafael Pires (FIFA), assinalou um impedimento do Fortaleza em bola recuada de um jogador do Palmeiras. Erro primário para um assistente internacional. No restante tiveram uma atuação normal.
VAR
Não foi acionado nenhuma vez.
Conclusão
Conforme relatamos acima, teve seu trabalho facilitado pelo andamento do jogo e não teve influência no marcador. Única ressalva a seu trabalho foi na parte disciplinar.
Uma nota 6,5 reflete bem o trabalho executado.