Arbitragem de Wilton Pereira Sampaio: SEP 1×0 VAS

Por Oiti Cipriani

PALMEIRAS 1X0 VASCO DA GAMA

  • Data: 27/08/2023
  • Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO – FIFA)
  • Assistente1: Victor Hugo Imazu dos Santos (PR)
  • Assistente 2: Leone Carvalho Rocha (GO)
  • Quarto árbitro: Douglas Marques das Flores (SP)
  • VAR: Igor Junio Benevenuto de Oliveira (MG – VAR-FIFA)

Árbitro

Árbitro conhecido do público brasileiro, pelas muitas confusões que já causou em jogos pelo País. Todavia, esta tarde/noite, fui ao jogo preparado para dizer que a frase cunhada e popularizada por Nelson Rodrigues, “toda a unanimidade é burra”, foi derrubada por este profissional, que é unanimidade entre as torcidas brasileiras: ninguém gosta de seu trabalho!

Mas … ele fez um trabalho muito bom. Frustrou, neste caso, positivamente, minhas expectativas.

Análise do trabalho do árbitro

O árbitro foi bem neste jogo. Um item que sempre critico em árbitros brasileiros é a falta de critério. Mesmo burlando algumas regras do jogo, se seguir o mesmo critério, até se entende, jogando o desprezo pela letra da regra, na vala comum da interpretação, que é um imenso guarda-chuva que muitas vezes, abriga grandes barbaridades.

E neste jogo o árbitro seguiu o mesmo critério nos 103 (cento e três) minutos de jogo. Podemos questionar uma jogada contra o atacante Arthur, que poderia ser punida, além de técnica, disciplinarmente, por ação temerária ou impedir um ataque promissor e foi marcada somente punição técnica.

O maior pecado neste jogo, não foi cometido pelo árbitro, mas pelas regras esdrúxulas de que milímetros do atacante a frente, estará impedido. Já falamos sobre este assunto na matéria de fevereiro de 2022 (https://3vv.com.br/novo/a-regra-do-impedimento-e-a-punicao-da-alegria-do-gol/).

Este tipo de regra é crime lesa-futebol. Neste caso específico, qual vantagem o atacante levou sobre o defensor, por estar 5 cm com o bico da chuteira a frente? Ou estar com um ombro inclinado a frente?

Nenhuma! A defesa teve inúmeras oportunidades de se livrar da bola e por inépcia, não o fez. Aí vão buscar uma jogada em três ou quatro lances atrás para informar que o jogador estava milímetros à frente (repetimos: não levou vantagem nenhuma da posição).

Mas a regra está aí e deve ser cumprida… infelizmente. Mas foi um pecado anular um gol maravilhoso deste, por uma regra que não prioriza o momento e objetivo máximo do futebol que é o gol. Pelo contrário, pune.

Não aconteceu o pênalti reclamado pelo Palmeiras sobre Arthur. Breno Lopes merecia cartão amarelo por jogada semelhante àquela sofrida por Arthur no primeiro tempo e não foi punido.

Disciplina

Mostrou quatro cartões durante o jogo. Dois para os jogadores do Palmeiras, (Luan e R. Rios) por ação temerária e dois para a equipe do Vasco (Bambu e Zé Gabriel) por reclamação.

Assinalou 34 faltas: 20 contra o Palmeiras e 14 contra o Vasco.

Controle de tempo

Acresceu cinco minutos no primeiro tempo, pela contusão e substituição de Dudu e pela ação do VAR. No segundo tempo foram acrescidos seis minutos, pelas substituições e entrada de equipe médica e depois acrescidos mais dois minutos, pelo atendimento ao goleiro Leo Jardim.

Bem aplicado os acréscimos.

Assistentes

Os assistentes assinalaram somente três impedimentos: dois do Palmeiras e um do Vasco. No mais se limitaram a informar bola fora do campo de jogo. Chamou atenção o Assistente no 2 carimbar as decisões do árbitro (assinalar o mesmo tipo de falta, após o árbitro interromper o jogo).

Ambos tiveram um bom trabalho e não comprometeram o árbitro.

VAR

Procurou pelo em ovo, em anular o gol do Vasco. Vi pelo telão no Allianz Parque e não estou inteiramente convencido que o impedimento ocorreu. Mas ressaltamos, se ocorreu, deveria ser marcado e foi.

Regras e leis não se discutem, se cumprem, mesmo não concordando com sua abordagem.

Conclusão

Conforme relatamos acima, surpreendentemente executou um bom trabalho. Uma nota 8 reflete bem o trabalho executado.

***

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Comments (3)

  1. Caro OIti,
    Vou discordar de você quanto a regra do impedimento valer e ser usada para marcar impedimentos de 5 cm, pois isso sempre ocorrerá, independente do ponto do corpo do jogador onde for definido para valer.
    Abraços.

  2. O que nos deixa indignado é a forma que a imprensa trata o assunto a partir de um comentário infeliz de um sujeito clubista que usa a ferramenta da RGT pra influenciar os outros demais clubistas da TV.
    O rapaz disse que Richard Rios iniciou uma nova jogada e que o impedimento não deveria ser marcado APENAS por esse motivo.
    What?
    Quantas trocas de passe o time do Palmeiras realizou para caracterizar uma nova jogada?
    O que eu vi foi o Richard Rios tentando sem sucesso aliviar o perigo de gol e imediatamente o jogador do Vasco acertando um belo chute.
    O que deveria ser feito e não aconteceu era ter uma câmera invertida para ver a posição do jogador do Palmeiras que estava encoberta. Aí sim daria pra ver com mais clareza se estava impedido ou não.

  3. Ronaldo Antonio Ramires

    depois de tantas cagadas em centenas de jogos, difícil acreditar em um oito para esse assoprador de apito.

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