Arbitragem na R17: muitos erros

Por Danilo Cersosimo

Caros
leitores, é com imenso prazer que estou de volta ao 3VV. Gostaria de
agradecer imensamente ao Cláudio Baptista que ocupou este espaço com
muita categoria e com grandes artigos.

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Partida
pálida entre Palmeiras e Ipatinga. Ainda assim o árbitro Gutemberg de
Paula Fonseca (RJ) conseguiu cometer erros grosseiros. Eis os lances:

1º Tempo – Gol Anulado do Gladstone: apenas
a cabeça do jogador estava adiantada e no rigor da regra o auxiliar
acertou ao invalidar o gol. Mas notem que os bandeiras só têm tido
visão computadorizada contra o Palmeiras, dado que tivemos gol anulado
contra o Santos em lance com o próprio Gladstone sem que este tocasse
na bola – que entrou direto na cobrança da falta de Leandro. Enquanto
isso, no Jardim Leonor os bandeiras na dúvida, dão o gol.

1º Tempo – Pênalti em Alex Mineiro: o zagueiro puxa o braço do atacante e comete falta – besta, mas falta – e dentro da área é pênalti.

2º Tempo – Pênalti não marcado em Alex Mineiro:
nosso avante domina a bola claramente dentro da área e é atropelado
pelo beque mineiro, caindo fora da área. Até o Arnaldo César Coelho
concordou que foi pênalti (nem sempre dá pra ir contra o óbvio
ululante).

2º Tempo – Pênalti não marcado em Élder Granja:
em bela jogada o lateral veio driblando desde a entrada da área e ao
invadi-la foi derrubado pelo zagueiro do Ipatinga, numa falta clara.
Mais um pênalti não assinalado pelo árbitro.

Cartão Amarelo – Valdívia:
o chileno visa a bola, acerta a bola e… recebe cartão amarelo!!
Ressalte-se que nesse jogo o Camisa 10 em nenhum momento falou,
perturbou ou gesticulou com o árbitro, o que não justifica tamanha
implicância com Valdívia. Num futebol tão medíocre os craques são os
mais punidos!

Cartão Amarelo – Kléber: num lance totalmente normal
– no máximo pode ser classificado de ríspido – nosso atacante foi
punido com um injusto cartão amarelo que o tira do jogo contra o
Vitória. De Juca Kfouri a Godói, passando por Neto, Mauro Beting, entre
outros, todos parecem concordar: a arbitragem está condicionada a perseguir o jogador.
É verdade que Kléber cometeu seus erros no passado, pelos quais alias,
já pagou, algo raro nesse país, infelizmente, e mesmo assim continua a
ser taxado de violento e desleal.

Luxemburgo reclamou na
imprensa e criticou o presidente da Comissão de Arbitragem, o
ex-árbitro Sergio Correa. Vale ressaltar que Oscar Roberto Godói falou
claramente na Rede Bandeirantes que Sergio
Correa é vingativo e está retaliando as críticas de Luxemburgo à
arbitragem através do condicionamento de alguns árbitros.
Tal comentário é grave e deveria ser aprofundado, pois se trata de manipulação de resultados! Ou estou enganado?

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Todos
esses erros poderiam ser considerados apenas obra de um juiz
incompetente, mas quando se junta às declarações do Godói e ao
histórico de erros de arbitragem no Brasileirão nos últimos anos
(Zveitão 2005, Bambis 2006/07) temos que ficar preocupados.

Erros
de arbitragem acontecem e até aqui vinham sendo relativamente
equilibrados entre os times ao longo do campeonato, mas nas últimas
três rodadas vimos que:

– O SPFW foi beneficiado contra a Portuguesa
e o jogador Dagoberto, que agrediu um adversário com um coice e um
pontapé na cara do auxiliar sequer tomou cartão e ao que parece não
será levado a julgamento. Incomoda também o fato da imprensa rotular o
Kléber e aliviar para o Dagoberto, famoso cai-cai e protagonista de
algumas entradas violentas;

– Vimos também o SPFW ser beneficiado contra o Figueirense, que teve a seu favor dois pênaltis escandalosamente claros não marcados pelo árbitro;

– E pra finalizar vimos os bandeiras validarem dois gols impedidos de André Lima
e prejudicarem o Vasco da Gama no último domingo no estádio do Morumbi;
o vídeo abaixo do globoesporte.com ilustra bem os referidos erros: http://video.globo.com/Videos/Player/Esportes/0,,GIM864601-7824-POLEMICAS+NA+VITORIA+DO+SAO+PAULO+SOBRE+O+VASCO,00.html

O assistente que teve dúvidas pró-SPFW chama-se Ênio Carvalho e a partir de agora ficaremos de olho no comportamento deste bandeirinha.

Note-se que o
pênalti não marcado em Leandro Amaral aconteceu quando o jogo ainda
estava 2×0 e poderia ser um alento a uma eventual reação dos cariocas
,
que já padecem das suas próprias limitações, mas que não precisavam ser
tão prejudicados pela arbitragem. É bem verdade que houve um pênalti em
Dagoberto não incluído neste vídeo, mas o saldo final é que por erros
de arbitragem o SPFW abriu 2×0 no placar.

O discurso Bambi…

Pra finalizar, vale ressaltar um discurso que vem tomando forma e força nas últimas rodadas. Tal discurso, é óbvio, é produzido no Jardim Leonor, vem com uma boa embalagem e a imprensa já comprou:
o de que o SPFW é um time de chegada, que quando embala ninguém segura,
etc e tal. O mesmo discurso que era feito durante a Libertadores quando
eles queriam se equiparar ao Boca Juniors e sua fama de time copeiro…

O que isso tem a ver com arbitragem? Tudo, pois ao que parece
estes se deixam levar facilmente pelo discurso praticado pelo mundo do
futebol e parecem nutrir uma certa admiração pela embalagem que vende
esse produto chamado SPFC.

Temos que ficar atentos e combater
esse tipo de manipulação da opinião pública, seja com o rótulo que se
tenta impingir a certos jogadores, seja com discursos de promoção a um
time ou outro. A Mídia Palestrina está aqui pra isso.