Arenas – Diferença brutal de comportamento

Por Claudio Baptista Jr.
Foi notícia durante os jogos da Copa do Mundo o comportamento da torcida japonesa que levava aos jogos sacos de lixo que eram utilizados durante a partida para fazer festa e após para depósito do lixo gerado pelos torcedores.
GLOBO ESPORTE → Um exemplo de civilidade: japoneses voltam a recolher seu lixo após partida
Comportamento diferenciado quando comparado aos nossos torcedores de uma forma geral.
serie-arenas-diferenca-B
serie-arenas-diferencas-C
Apenas essa comparação de imagens pode nos trazer uma série de reflexões.
Essa diferença de comportamento é apenas cultural?
Envolve a forma de se torcer?
Reflete de alguma maneira o tratamento que o torcedor é submetido? Qualidade do produto futebol como um todo envolvendo segurança, conforto, respeito as leis e normas, etc…
Tudo isso e muito mais ou nada a ver?
Fato é que as diferenças de comportamento são brutais.
Entretanto, temos exemplos interessantes de como a pessoas podem se comportar de formas diferentes em função do ambiente que estão envolvidos. Vejam as instalações do metro em São Paulo limpas, mas as ruas sujas sendo que são as mesmas pessoas que os utilizam independente das diferenças.
Porque isso acontece?
No meu ponto de vista existe campo para se trabalhar a respeito quando olhamos nosso novo estádio.
E o Palmeiras em conjunto com os demais integrantes do consórcio poderiam estabelecer medidas que visassem tirar proveito desse exemplo japonês.
Já pensaram que a Allianz Parque pode ir além das suas instalações voltadas ao meio ambiente?
Criar e executar programas voltados ao meio ambiente regulados por procedimentos, auditorias, melhoria contínua dos índices, envolver o torcedor e usuários do complexo entre muitas outras.
A Allianz Parque e os torcedores do Palmeiras poderiam sair na frente gerando um diferencial em relação a outras torcidas e estádios.
Aqui no 3VV já falamos diversas vezes a respeito e quando pensamos em criar uma marca, um diferencial para nosso estádio, sem dúvida o comportamento da torcida e o meio ambiente devem estar inseridos neste contexto, e caminhando junto com outras disciplinas (ex: tecnologia, marketing, etc…).
23/12/2010 → ARENAS – CERTIFICAÇÕES ISO
05/05/2011 → ARENAS – CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO AMBIENTAL
01/03/2012 → ARENAS – OUTRO ESTÁDIO VERDE
03/08/2012 → ARENAS – SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
23/08/2012 → ARENAS – UM ÍCONE PARA A CIDADE DE SÃO PAULO
04/10/2013 → ARENAS – ALLIANZ PARQUE E O MEIO AMBIENTE
Abraço,
Claudio.
 

Comments (11)

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  2. Regina Rodrigues

    Infelizmente, é uma questão de educação. E o Brasil está anos-luz de distância da consciência que os japoneses têm.

  3. A grande diferença entre nós e os japoneses (aqueles que são mesmo do japão) é simplesmente cultural. Em geral, e com raras exceções, o brasileiro é egoísta e sem-educação (e me incluo nesse grupo, pois sou brasileiro). E isso não é fruto de maldade ou má fé, e sim de costume. Os costumes da cultura japonesa são milenares, e nós estamos evoluindo, a passos de tartaruga doente (o que é normal) como sociedade. Além de tudo, somos meio exibicionistas. Os japoneses tem o costume de ter tudo arrumado, certinho, limpo, sempre. Nós não. Em geral, só limpamos a casa quando vamos receber uma visita, fizemos um esquema organizado para os torcedores chegarem ao estádio, mas apenas quando os estrangeiros estavam aqui durante a Copa. Então, resumindo, por enquanto a sociedade brasileira está muito atrasada nesse aspecto (disciplina e educação) e só teremos estádios limpos se aplicarmos punições para quem sujar e quebrar, que pode ser em forma de pagamento de multas (financeira), impossibilidade de voltar ao estádio e, em caso de reincidência, responder criminalmente pelo ato, tudo na esfera da pessoa física.

  4. Os japoneses fizream aquilo na copa pois estão acostumados com seu país, onde os impostos são muito mais bem utilziados que no Brasil. Lá, se você poupa o estado de coletar o seu lixo depois de um jogo, o dinheiro poupado será gasto em saúde e educação, por exemplo. No Brasil, se vc poupa a coleta de lixo de sua cidade, o dinheiro do imposto poupado vai PRO BOLSO DE ALGUM LADRÃO!!!!

    • Verdade cruel.

    • O ladrão não deixa de roubar porque alguém não recolher seu lixo. Ficamos com a sujeira e a roubalheira.
      Este é o tipo de atitude – dos japoneses – que depende só de nós, que frequentamos o estádio. Que tal cada um levar seu próprio saco de lixo verde para o Estádio (e, se der, mais alguns para quem estiver em volta)?
      Alguém que viu pode gostar da ideia e levar mais alguns no próximo jogo, e isto se espalharia até virar um hábito de toda a torcida.

      • Um pacote com 100 unidades custa R$ 8,99 na Staples, por exemplo:
        http://www.staples.com.br/saco-de-lixo-20-litros-pacote-com-100-unidades-verde-bom/p
        Já vou comprar alguns pra levar às próximas partidas.

      • Francisco, era exatamente isto que eu pensava em escrever enquanto lia. A torcida do Palmeiras pode iniciar uma ação diferenciada das demais, e contagiar a todos. Imaginem a nossa arena após um jogo de futebol, os torcedores começarem a pegar o lixo e colocá-lo dentro dos saquinhos, isto com certeza seria explorado pela mídia. Além de termos a melhor arena do Brasil, teríamos a melhor ação de uma torcida de um clube, mostrando que nós estaríamos no mesmo patamar de nosso estádio.

    • Pinho – Bauru, SP

      concordo!

  5. Vim fazer intercâmbio na Inglaterra e aqui conheci uns japoneses, também em intercâmbio. Quando há encontros na casa de alguém, eles sempre juntam toda a sujeira (deles ou não) antes de irem embora. Dessa forma, acho que seja algo cultural, é educação. Não há muito a ver com a forma de torcer e sim com a maneira em que eles levam a vida deles no dia-a-dia.

  6. Os conceitos comportamentais, são distintos, pois na Europa há manifestações próximas as dos torcedores Japoneses, pela doutrina educacional, e consciência perante ao clube e seu papel social e influencia politica . No Brasil é difícil manter grupos que possam adsorver as posturas e atitudes em médio e curto prazo, pois são inúmeras queixas, que nunca foram ouvidas, mas que agora são impostas, pelo gigantismo, pelo preço abusivo, e pela força policial , que destina seu destempero , em reagir de forma truculenta aos manifestos , e agressões inúteis ao patrimônio alheio!

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