Arenas – Mais Coberturas

Por Claudio Baptista Jr.
Uma continuidade ao assunto de coberturas totais para estádios que falamos na última coluna.
Percebe-se o maior aparecimento delas nos locais onde o clima é mais rigoroso, tanto para o frio como para o calor extremo.
Assim, vou citar abaixo dois estádios que terão as coberturas instaladas e possuindo um conceito que é a da cobertura permanente.
O primeiro deles é o Vickins Stadium do estado de Minessota – EUA. Vejam as imagens abaixo.
O teto permanente tem sua principal motivação o clima frio da região e foi projetado com uma angulação que evite o acúmulo de neve.
Também tem o conceito da transparência, a fim de tornar o ambiente interior mais similar ao externo possibilitando a maior entrada de claridade e visão para fora do estádio.
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Já em Singapura, será instalada no novo estádio nacional a maior cobertura retrátil do mundo, possibilitando proteção até para parte da área externa do estádio.
Mas o tema não se refere a coberturas permanentes?
Sim, pois nesse caso pretende-se que a cobertura se retraia somente nos momentos em que não ocorram jogos e eventos internos para possibilitar a incidência solar e de ventos ao gramado natural.
A cobertura foi desenvolvida com materiais e tecnologia que visam minimizar os efeitos das ondas de calor e internamente haverá até um sistema de climatização que insuflará ar individualmente nos assentos aumentando a sensação de conforto dos expectadores. Para os estádios da Copa do Mundo do Qatar em 2022 também se pretende instalar sistemas similares de climatização interna e individual.
Nas imagens abaixo vocês perceberão a imponência da construção.
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Desta forma, vejam que esta funcionalidade realmente vem aos poucos ganhando seu espaço.
Particularmente ainda prefiro, caso um dia uma cobertura para o gramado também possa ser instalada no nosso estádio, que seja retrátil e usada para dar flexibilidade em função das variações climáticas e não como algo que cubra nosso estádio permanentemente.
A partir desses breves relatos, gostaria de ter a opinião de vocês. Pensem no futuro da Allianz Parque.
Abraço,
Claudio.

Comments (10)

  1. Cláudio, a únicas utilidades no caso do Brasil de um teto retrátil, é permitir que os jogos de futebol sejam sempre disputados em campo sêco (e outros eventos esportivos), e um conforto maior para o público-pista dos shows. Pensar em teto do tipo “metálico-corrediço” é loucura pois o custo x benefício é baixo. Pensar em um teto do tipo PTFE-guarda chuva (com custo bem menor) teria que ser avaliado na ponta do lápis. Tetos permanentes são completamente inviáveis para esportes praticados com grama natural. Mesmo usando 7% de sintético (limite máximo para ser considerado natural), a grama simplesmente não “pega” (nem com lights machines). Aliás, o fracasso na construção do Sapporo Dome e seu teto fixo, gerou a necessidade da instalação de um campo deslizante para salvar o projeto (com o custo indo para a Lua…100% público !). Abraço.

  2. Boa noite a todos, meus parabéns pelos artigos Claudio Baptista Jr., pois com a área total útil de 93.279 metros quadrados, da sede social Palestra Itália , sendo ocupada por 93.159 metros de área construída , em virtude do ALLIANZ PARQUE, a Sociedade Esportiva Palmeiras , esta no limite exato para que seja aprovada a “reforma´´, de seu antigo estádio, sendo impossível termos um projeto que seja aprovado para termos uma cobertura retrátil, sendo ao meu ver desnecessária, que foi anteriormente mencionada, lembrando que os limites construtivos, foram rígidos em todos os aspectos, em relação aos inúmeros detalhes que compõe , a fiscalização , por parte da municipalidade, gerando 27 documentos, onde ate o nível de ruído produzido por veículos nos quatro leitos carroçáveis, do entorno do empreendimento , foram avaliados, e auditados, um exagero que demonstra a preocupação em atrapalhar e desdenhar, ao invés de orientar e produzir ideias, e projetos compatíveis, desta maneira caro amigo e competente Claudio Baptista, hoje a “utopia´´, de La Nostra Casa , esta fortalecida pelo primor técnico, das etapas que edificam um marco da engenharia e arquitetura nacional, em detrimento ao núcleo de compostagem da “zona leste´´, com linhas arquitetônicas pobres , sem estudos de impacto ambiental, mas com recursos publico desvergonhados , que aquilata o ALLIANZ PARQUE , para o mundo !

  3. Claudio Baptista Jr.

    Yzquierdo, acho difícil que o clube e a WTorre estejam tratando algo nesse momento junto com a prefeitura. Infelizmente acho que teremos que aguardar as ações da prefeitura e tenho a impressão que veremos o entorno do nosso estádio recem construído ainda alagando por diversas vezes.
    Abraço

  4. Claudio Baptista Jr.

    João Carlos, hoje o cenário é esse mesmo. Estamos no limite de área construída.
    As leis do município estão defasadas e não existe algo específico para estádios.
    Assim essa questão vai além da parte técnica e financeira.
    Mas como esse tema não é imediatista, no futuro ainda acredito na readequação da lei que permita tal construção.
    Abraço.

  5. Claudio Baptista Jr.

    Ariel, penso que mesmo com um ótimo funcionamento da drenagem, o gramado pode ficar prejudicado com uma chuva bem intensa. Mas é aquilo que mencionei no texto. Hoje o investimento é muito alto, principalmente aqui onde o clima não é tão rigoroso.
    Mario, concordo. Por isso prefiro a retrátil.
    Abraço.

    • Olá Cláudio! Desculpe bater nesta tecla novamente, mas, e as inundações no entorno do estádio? Há movimentos da WTorre e do Clube cobrando a urgência das obras anti-enchentes naquela região?

  6. A questão aí, não é se é bom ou ruim, benéfico ou não, a questão é a área construída que a Allianz Parque ocupa, e sua porcentagem em relação ao terreno, e o que a prefeitura permite hoje, pelo que sei a WTorre gastou tudo que podia, então cobrir, retratil ou não, extrapolaria o permitido, projeto não seria aprovado, por aumentar a área impermeável.

  7. Ficarei contente se o estádio ficar pronto ano que vem.

  8. Cobertura permanente = grama sintética. Ok para o futebol americano, mas nosso futebol está longe dessa realidade.

  9. Penso que se o sistema de drenagem funcionar de um modo ideal, isto é impedindo completamente a formação de poças de água, a cobertura retrátil perde completamente o sentido de ser no nosso estádio.

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