De Olho no Apito: 1a semi-final, PC de Oliveira é o árbitro
Por Danilo Cersosimo
Como já divulgado pela mídia e pelo próprio 3VV o árbitro da primeira partida das semifinais será Paulo César de Oliveira.
Num
primeiro momento não gostei, mas a escolha do árbitro foi feita por
sorteio – filmado pela televisão. O que eu questiono são os três nomes
que entraram no sorteio: Paulo César de Oliveira, Wilson Luiz Seneme
(que o SPFW tanto fazia questão de elogiar) e José Henrique de
Carvalho. Notem que Sálvio Spínola – vetado pelo SPFW – não entrou no
sorteio.
Os dois primeiros ocupam posição de destaque na arbitragem paulista: Paulo César de Oliveira ocupa a posição número 1 do Ranking da FPF e é árbitro FIFA. Já o Seneme ocupa a posição número 3 e está na categoria “Ouro-A”, o que quer que isso signifique…
Já
o José Henrique de Carvalho é um árbitro mais novo, ocupa a posição 6
do referido ranking e também está na categoria Ouro-A. Suas atuações
nesse campeonato foram irregulares, tendo seu ápice no jogo entre Corinthians vs Guaratinguetá,
onde o mesmo aplicou dois cartões amarelos para o mesmo jogador do
Guará e anulou um gol escandalosamente legal a favor dos interioranos,
beneficiando o Corinthians.
A estratégia da Federação Paulista
e da Comissão de Arbitragem foi preservar os árbitros principais para
as finais, medida que não surtiu o efeito esperado, pois mesmo apitando
poucos jogos os mesmos ficaram marcados por arbitragens polêmicas.
No caso do Sr. Paulo César de Oliveira ele ficou marcado pelo festival de cartões amarelos e vermelhos no jogo Palmeiras e Bragantino – portanto, vamos ficar atentos ao rigor dele contra os jogadores pendurados do SPFW,
que são muitos e segundo o próprio PC Oliveira ele sabe quais são –
numa declaração dada a alguns órgãos de imprensa hoje. Portanto, no
caso de omissões nesse sentido me permitirei concluir que o senhor
árbitro preferiu apitar à moda caseira e fazer média.
HISTÓRICO COM O PALMEIRAS
PC Oliveira apitou dois jogos do Palmeiras nesse campeonato:
Juventus 0 x 4 Palmeiras – em Ribeirão Preto;
Bragantino
2 x 5 Palmeiras, em Bragança Paulista, jogo marcado pela expulsão
injusta de Marcos e pela marcação pitoresca de pênalti no mesmo lance,
onde o agressor Malaquias do Bragantino sequer foi advertido com
amarelo, apesar do coice desferido contra Marcos.
Pelos números
do FootStats notamos que durante todo o Campeonato Paulista o árbitro
PC Oliveira aplicou em média o mesmo número de cartões amarelos tanto
para mandantes (21) quanto para visitantes (18), assim como aplicou
cartões vermelhos na mesma proporção: 3 para mandantes e 3 para
visitantes. No caso dos 3 cartões vermelhos aplicados aos mandantes
todos foram contra adversários do Palmeiras – e todos foram aplicados
de maneira justa! – sendo 1 contra o Juventus e 2 no conturbado jogo
contra o Bragantino.
Para maiores detalhes em relação aos
números do Paulo César de Oliveira nesse campeonato cliquem na imagem
abaixo e acessem os dados completos do FootStats.
TENSÃO PRÉ-JOGO?
Fico me alongando nessa questão dos cartões porque esse quesito será fundamental para a decisão: o adversário tem 9 (NOVE!) jogadores pendurados, ao passo que nós temos 2: Pierre e Martinez. Estou com um palpite – vejam bem, é apenas palpite, não é afirmação – que
o árbitro tenderá a fazer média e tirar um jogador nosso –
provavelmente Pierre – e uns 2 jogadores deles – provavelmente os mais
insignificantes… Isso não é um hábito somente do Paulo César
de Oliveira, mas sim um padrão da arbitragem brasileira, ainda que os
números do referido juiz mostrem uma média de 5,5 cartões amarelos por jogo.
Talvez
minha preocupação exposta acima seja apenas a TPJ (tensão pré-jogo),
mas não tenho boas recordações desse árbitro em jogos do Palmeiras.
Se
não me engano tudo começou no Rio-SP 1998 num jogo entre Palmeiras vs
SPFW no Brinco de Ouro [o Morumbi estava interditado], quando o mesmo expulsou Zinho injustamente e prejudicou imensamente o Verdão, sendo responsável direto pela derrota de 1×0 e causando uma revolta geral nos jogadores e no Felipão.
Estou
bastante preocupado com a pressão feita pela diretoria são-paulina
durante a semana, no sentido de posar de vítima, num discurso que
embalou parte da imprensa (seja a maliciosa ou a despreparada) por
conta da não anulação dos cartões amarelos. Aliás cabe relembrar que
zerar o número de cartões dos jogadores não estava previsto em
regulamento, portanto eles queriam virar a mesa no meio do campeonato –
e por conta da choradeira para jogar duas partidas no estádio deles.
Espero que essa pressão não reflita no comportamento do árbitro, muito menos que antipatia do Coronel Marinho por Luxemburgo também não traga influências negativas para a decisão de domingo.
A decisão é domingo. Nós estamos preparados. Se o árbitro fizer seu papel com correção, tenho fé no Palmeiras.
Chegou a hora.