Dívida dos clubes versus receita – Parte 2

Por Luis Fernando Tredinnick

Financistas Alviverdes,

Meus amigos me chamaram a atenção que quando eu considero as receitas de 2019, deveríamos desconsiderar, além das receitas com a venda de jogadores, as receitas de premiações. O Flamengo em 2019 ganhou a Libertadores e o Brasileiro. Não há uma descrição detalhada de quanto foi a receita de premiações, mas como no balanço há uma linha chamada “Participação, exposição e performance” é possível deduzir que a receita de premiações para o Flamengo foi de cerca de R$ 100 milhões.

Abaixo o gráfico com essa nova consideração:

Então como fica o tamanho da dívida em comparação com a receita dos clubes? É só olhar no quadro abaixo:

Como a gente deve entender esse gráfico? O gráfico representa o número de anos que ele levaria para pagar toda a dívida caso não precisasse gastar em mais nada. O Palmeiras e o Flamengo levariam pouco mais de um ano. O São Paulo levaria pouco mais de um ano e meio. O Corinthians levaria dois anos e o Santos três anos. E o nosso candidato a “ponto fora da curva”, o Atlético-MG levaria 5 anos.

Só lembrando: o Flamengo tem uma dívida líquida de 574 milhões e o Santos de 528 milhões. Ainda que esses valores sejam muito próximos é fácil perceber que o Santos tem um problema muito maior do que o Flamengo em relação às dívidas.

As dívidas, como muitas coisas da vida, são sempre um problema relativo (à receita ou ao lucro, no caso). Administrar dívidas é, em muitos casos, fazer as receitas crescerem. Mas isso é assunto para outra coluna.

Saudações AlviVerdes

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